domingo, 6 de junho de 2010

Caos nos aeroportos: Guarulhos virou "Bagulhos" e o de Vitória parou


No Espírito Santo, a população sofre com as precárias condições do Aeroporto Eurico Sales, popularmente conhecido por Aeroporto de Goiabeiras, e tratado de forma irreverente por setores da imprensa local como "Rodoviária", "Paradão" ou até "Aeroporco".

Mas o caos nos aeroportos brasileiros não se restringe apenas aos estados pequenos. Embora não sirva de consolo, São Paulo, a oitava maior economia do mundo, não tem seu principal aeroporto sequer na lista dos 100 melhores do planeta e fica atrás atrás dos outros países emergentes. Não é por acaso que Guarulhos (foto) fica cada vez mais conhecido entre os usuários pelo revelador apelido de "Bagulhos".

Por Guarulhos entram no Brasil dois terços dos turistas e executivos estrangeiros. Como diz a Revista Exame, se a primeira impressão é a que fica, será difícil achar alguém que goste da experiência.  Só para deixar a sala de desembarque com as malas nas mãos e o visto aprovado, o viajante perde cerca de 1 hora e meia.

Segundo pesquisa anual da consultoria britânica Skytrax, com quase 10 milhões de viajantes de 100 países, Guarulhos é o 121 º colocado em qualidade dos serviços numa lista de 210 aeroportos. Posição vergonhosa para uma economia que já é a oitava maior do planeta e almeja ser a quinta. Inaugurado em 1985, desenhado para receber voos domésticos e de alguns países da América do Sul, se tornou o maior polo de chegadas ao país. Em 20 anos, recebeu investimentos paliativos, enquanto o mercado no país evoluiu sem parar.

O movimento de passageiros cresceu mais de 70% desde o início da década. O choque entre as duas realidades é a sobrecarga no aeroporto: neste ano, ele deve ser utilizado por quase 23 milhões de passageiros, volume 33% acima da atual capacidade, de 17 milhões. Nos horários de pico, o saguão principal parece uma saída de estádio de futebol, com longas filas se entrecruzando. Não há opções de lazer nem acesso à internet. A sala de embarque é acanhada, com pédireito baixo. Em caso de problemas meteorológicos e voos cancelados, o ambiente fica sufocante. 

O primeiro problema enfrentado por quem chega a Guarulhos é a retirada da bagagem. Há apenas 12 esteiras nos dois terminais, todas coladas, deixando pouco espaço para os carrinhos.  Nos bastidores, o sistema de gerenciamento de Guarulhos também é obsoleto: funcionários transferem manualmente as malas do porão dos aviões para um trator levá-las às esteiras, que operam à velocidade de apenas 600 itens por hora.  São 40 minutos de demora em Guarulhos. (C/ informações da Revista Exame)

O Blog: Na semana, o ministro Jobim, da Defesa, contestou estudo do IPEA ( veja no blog) sobre o caos nos aeroportos que serão usados na Copa. O Aeroporto de Vitória não faz parte da relação, mas é hora de o empresariado local, políticos e população cobrarem a construção de um aeroporto seguro para o Espírito Santo. Além de informações sobre como andam as apurações em torno da situação que envolve a ampliação prevista para o aeroporto capixaba, suspensa por determinação do TCU devido a irregularidades.

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