quinta-feira, 10 de junho de 2010

PV lança Marina à Presidência e candidata rasga elogios a Lula


Sem poupar elogios a Lula, a senadora Marina Silva (PV) deu a entender no primeiro discurso dela como candidata oficial do Partido Verde à presidência da República, que também pode representar a continuidade do governo Lula.

A ex-ministra do Meio Ambiente do governo do PT, ela ressaltou que Lula ajudou a tirar 20 milhões de pessoas da linha da pobreza, e mostrou que não é preciso “fazer o bolo crescer para depois dividir”. “Ele mostrou que é distribuindo o bolo que a gente pode crescer”. Marina prometeu uma “terceira geração” dos programas sociais, que investissem também na inclusão produtiva dos cidadãos de baixa renda. Prometeu “sair do estado provedor para o estado mobilizador”.

Em 50 minutos em que monopolizou o microfone, Marina desfiou as ideias de um governo pautado pela economia sustentável, de baixo carbono. Entre as diretrizes de governo aprovadas pelo partido hoje, até mesmo a promessa de que as emissões derivadas de todo o período de campanha serão contabilizadas e publicadas na internet. “Sua neutralização ocorrerá com ações relativas a reflorestamento nos Biomas brasileiros”, diz o texto.

Mas, a senadora não se limitou ao tema Meio Ambiente, no qual pautou sua trajetória política. Ela também defendeu o acesso á educação e usou o próprio exemplo como uma história de sucesso.

Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos, com cerca de 7% da preferência dos eleitores, Marina foi otimista: “Espero que no dia 1º de janeiro do ano que vem a gente possa ter a primeira mulher negra presidente do Brasil”. Arrancou muitos aplausos e gritos de guerra da plateia, que não atingiu a expectativa dos organizadores, que esperavam entre 1,5 mil e 2 mil pessoas. O auditório foi reduzido de tamanho, e ainda assim não estava lotado.

A senadora criticou a polarização da campanha entre o PT de Dilma Rousseff e o PSDB de José Serra, que têm aparecido empatados em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. “Esse Brasil não pode ser adiado para amanhã. Ele começa agora. Não vamos aceitar o veredicto do plebiscito. Ele vai ser revogado pelo povo brasileiro”, disse.

A convenção começou pela manhã, com a aprovação pelos delegados do partido da chapa presidenciável e o limite de gastos da campanha, R$ 90 milhões. Entre os oradores convidados a assistir à convenção sentados ao palco, ao lado de Marina, destacou-se o teólogo Leonardo Boff. Entre os discursos, um palhaço invadiu o palco, fazendo críticas a políticos como Sarney, Marcos Valério e Lula. Por um momento, achou-se que era parte da festa. Mas logo o som foi elevado, e seguranças retiraram o manifestante do palco.

O candidato a vice, Guilherme Leal, a quem Marina Silva chamou de “filho de paraense, comedor de açaí” foi um dos últimos a discursar. Leal rejeitou críticas de que Marina não teria perfil técnico para assumir a presidência da República, e por ela foi socorrido quando por diversas vezes se atrapalhou com o discurso e o aparelho de teleprompter. "Quem faz política com P maiúsculo não treina como fala, apenas faz como gostaria de ver os políticos fazerem. Foi o que você fez”, disse ele. (C/ Agência Estado)

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