sábado, 20 de fevereiro de 2010

Filme sobre catadores de lixo do Brasil é premiado em Berlim

O documentário "Lixo Extraordinário"("Waste Land"), coprodução entre Brasil e Reino Unido exibida na seção Panorama do Festival de Berlim, ganhou neste sábado, 20, os prêmios do público e da Anistia Internacional (AI).

Dirigido por Lucy Walker e com 99 minutos de duração, o filme mostra um trabalho que o artista plástico brasileiro Vik Muniz desenvolveu com catadores de lixo do Jardim Gramacho, bairro do município fluminense de Duque de Caxias.

O filme foi o mais votado pelo público que compareceu às projeções da seção Panorama, prêmio que será entregue amanhã, no Dia do Espectador, fechando o Festival de Berlim. Além disso, "Lixo Extraordinário" recebeu neste sábado o prêmio da Anistia Internacional junto com a produção palestino-egípcia "Son of Babylon", dirigida por Mohammed Al-Daradji.

Após receber o prêmio da AI, Walker disse à Agência Efe que os catadores de lixo são pessoas "dignas, valentes e inspiradoras" e afirmou se sentir "muito feliz" pelo fato de que o prêmio vai permitir que mais espectadores os conheçam. Segundo a cineasta, é uma "honra" que seu documentário, também premiado no último festival de Sundance, sirva para explicar "ao mundo" a vida dessas pessoas.

Walker insistiu na importância da reciclagem do lixo afirmando que "cada ação individual conta e é importante" e assegurou que trazer seu documentário para Berlim e conquistar um prêmio "foi um sonho". O júri do prêmio da Anistia Internacional destacou o grande valor e compromisso político e social tanto de "Lixo Extraordinário" como de "Son of Babylon".

"Son of Babylon" é um "road-movie" que narra com humor a situação no Iraque semanas depois da queda do regime de Saddam Hussein. A história é contada a partir do ponto de vista de um menino curdo que percorre o norte do país em busca do pai. Os prêmios do júri internacional do Festival de Berlim, presidido pelo diretor alemão Werner Herzog, serão divulgados nesta noite durante a festa de encerramento do evento.

C/ Agência Estado

O Blog: Tinha que ser Vik Muniz (já escrevi sobre ele neste blog). Artista, plástico, autoditada, porta-voz dos que não têm voz direito à voz.

Justiça eleitoral cassa Kassab, prefeito de São Paulo


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice, Alda Marco Antonio (PMDB), tiveram o mandato cassado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, por recebimento de doações consideradas ilegais na campanha de 2008. A decisão, em primeira instância, torna Kassab o primeiro prefeito da capital cassado no exercício do mandato desde a redemocratização, em 1985. Como o recurso tem efeito suspensivo imediato, os dois podem recorrer da sentença sem ter de deixar os cargos.

Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Silveira disse neste sábado, 20, ao Jornal da Tarde que já julgou os processos de Kassab, nove vereadores e dos candidatos derrotados na eleição à Prefeitura em 2008, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), todos alvos de representação do Ministério Público Eleitoral (MPE), mas que não poderia informar quais dos réus foram cassados antes da publicação, na terça. Falta julgar o presidente da Câmara Municipal, Antonio Carlos Rodrigues (PR), e duas empresas acusadas de repasse ilegal.

O juiz afirmou, contudo, que manteve nas suas decisões o mesmo entendimento que levou à cassação de 16 vereadores no fim do ano passado. No caso, todos os políticos que receberam acima de 20% do total arrecadado pela campanha de fonte considerada vedada foram cassados. "Se passou de 20%, independentemente do nome, tenho aplicado a pena por coerência e usado esse piso como caracterizador do abuso de poder econômico na eleição, um círculo vicioso que dita a campanha e altera a vontade do eleitor", afirmou Silveira.

Além de cassar o diploma do prefeito e da vice, a sentença os torna inelegíveis por três anos.

C/ Agência Estado

Dilma à revista Época:" Você acha que sou um poste?"

Em sua primeira entrevista como candidata à Presidência, a ministra Dilma Rousseff desafia os adversários a demonstrar maior experiência de governo do que ela. Confira a matéria de Eumano Silva, Guilherme Evelin e Helio Gurovitz na revista semanal.

"Dilma Rousseff já fala como candidata à presidência. Falou pela primeira vez numa entrevista a ÉPOCA, concedida na última quinta-feira, dia de abertura do Congresso do PT que a aclamou como o nome do partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Escolhida candidata por Lula, Dilma se apresenta como a melhor alternativa para dar continuidade aos projetos do atual governo.


E faz questão de rebater a acusação dos adversários de que seja apenas um títere do presidente: “Duvido. Duvido que os grandes experientes em gestão tenham o nível de experiência que eu tenho. Duvido”. Mas, questionada sobre a possibilidade da volta de Lula em 2014, Dilma aceita a hipótese. “Sem sombra de dúvida, ele pode. O presidente chegou a um ponto de liderança pessoal, política, nacional e internacional que o futuro dele é o que ele quiser”, diz a ministra-chefe da Casa Civil – posto de Dilma até 2 de abril, quando deverá deixar o cargo para disputar as eleições presidenciais.

Na entrevista de quase duas horas, no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência da República, Dilma expôs suas credenciais para comandar o Brasil, debateu planos de governo e falou claramente o que pensa sobre temas como o tamanho do Estado na economia, as privatizações, o aborto, a descriminalização das drogas, o câncer e a iminência de se tornar avó. Dilma chegou e saiu sorridente – como uma candidata pronta para desfazer a imagem da tecnocrata inflexível com que foi frequentemente caracterizada antes de sonhar com o Palácio do Planalto.

ÉPOCA – O que qualifica a senhora para ser presidente da República?

Dilma Rousseff – O governo Lula deu um passo gigantesco. Construiu um alicerce em cima do qual você pode estruturar a transformação de que o Brasil precisa. A partir de 2005, o presidente me deu a imensa oportunidade de coordenar o segundo governo dele. Estávamos enfrentando uma crise muito forte (o escândalo do mensalão) e uma disputa que tentava inviabilizar o governo. Ainda não tínhamos conseguido implantar a estabilidade de forma definitiva. A inflação e as contas públicas estavam sob controle, mas o crescimento ainda era baixo. As reservas também. Aí o investimento entrou na ordem do dia, e modificamos o jogo no segundo mandato do governo Lula. Tive a oportunidade de entrar exatamente nessa grande crise.


ÉPOCA – Em algum momento o presidente disse que a senhora seria candidata?

Dilma – O presidente nunca chegou para mim e disse: “Você vai ser a sucessora do meu governo”. Ele avaliou que participei da elaboração das principais políticas: o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o pré-sal, a TV Digital, a banda larga nas escolas. Todos os projetos do governo, de alguma forma, passaram pelo presidente e por mim. Uma das coisas que me credenciam para ser presidente é que conheço hoje o governo brasileiro de forma bastante circunstanciada, precisa e profunda. E conheço as necessidades para dar continuidade a esses projetos.

ÉPOCA – O que seria, num eventual governo da senhora, o passo seguinte?

Dilma – No Brasil, os governos sistematicamente não tinham projeto de desenvolvimento econômico-social que incluísse todos os brasileiros. A grande novidade do governo Lula é o olhar social. Não só porque estendemos benefícios econômicos aos mais pobres. Há uma profunda mudança cultural e moral quando você torna a população mais pobre do Brasil legítima interessada no desenvolvimento. A reação ao Bolsa Família mostra a aversão elitista a políticas sociais num país com a desigualdade do Brasil. Quando chamam o Bolsa Família de “bolsa-esmola”, é porque veem a política social como uma coisa ultrapassada. Alguns dizem que essa é a continuidade do passado. Não é. É a maior ruptura com o passado. Não dá para falar: “Eu fiz o Bolsa Família antes”. Ah é? Fez para quantos? O que buscamos é uma política para cuidar dos 190 milhões. Se você perguntar para mim: “Tá completo?”. Vou falar: “Nããão”.

ÉPOCA – Como presidente, o que a senhora faria que o governo Lula não fez? Como imprimiria sua marca?

Dilma – Vou participar até o dia 2 de abril do imenso esforço deste governo para mudar o Brasil. Isso me dá condições de olhar para a frente e falar que você não faz em oito anos uma transformação tão profunda. Há coisas que precisam de mais tempo para maturar. Talvez eu dê mais impulso e acelere mais, se eu ganhar a eleição, mas você vai precisar de uma sucessão de governos. Um exemplo: toda a política de inovação em pesquisa tecnológica. Conseguimos fazer um pedaço. Mas é preciso fazer no futuro muito mais: desenvolver uma cadeia de inovação para fármacos, uma para nanotecnologia, cuja infraestrutura já começou a ser feita. Entrar na economia do conhecimento é fundamental na próxima gestão. Teremos de dar suporte às universidades públicas, que estavam sucateadas, voltar a fazer pesquisa básica, dar suporte para termos trabalhadores especializados no ensino médio. Isso leva décadas.

ÉPOCA – Que papel a senhora vê para o Estado nesse processo? Ele tem de ser dono de empresas? Ou estabelecer regras para garantir um ambiente estável para os negócios prosperarem?

Dilma – Os países ocidentais e desenvolvidos organizaram seus Estados para dar suporte à sociedade e às empresas privadas. Tanto é assim que um dos maiores compradores e organizadores da demanda privada nos EUA é o Pentágono, né? Essa discussão de Estado empresário é uma discussão da década de 50. Não é a deste momento no Brasil. Agora, somos contra a privatização de patrimônio público ou de estatais como Petrobras, Furnas, Chesf, Eletrobrás, Banco do Brasil, a Caixa. Essa é uma posição de governo que não tem nada a ver com Estado empresário, mas com a preservação do patrimônio público.

ANP: arrecadação com royalties caiu 27,5% em 2009

A crise econômica mundial derrubou a arrecadação com royalties e participações especiais cobrados sobre a produção de petróleo em 2009.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), União, Estados e municípios repartiram R$ 16,420 bilhões durante o ano, valor 27,5% inferior ao registrado em 2008. A queda é reflexo dos baixos preços do petróleo e da valorização do real frente ao dólar, uma vez que a produção de petróleo subiu no período.

Os royalties, cobrados sobre todos os campos produtores do País, representaram R$ 7,967 bilhões da arrecadação total de 2009. Já as participações especiais, cobradas apenas sobre projetos de grande produção, representaram R$ 8,453 bilhões. No ano passado, a arrecadação total com a produção de petróleo foi de R$ 22,649 bilhões (R$ 10,938 bilhões em royalties e R$ 11,711 bilhões em participações especiais).

O resultado de 2008, porém, foi considerado atípico, diante da disparada dos preços do petróleo durante o ano - o barril chegou a ultrapassar os US$ 140 em julho, pouco antes do estouro da crise. "A queda dos royalties este ano está certamente relacionada à redução no preço do petróleo. O câmbio também pode ter influência", diz o consultor Rafael Schetchman, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Ele espera resultados melhores em 2010, uma vez que as cotações do petróleo têm se mantido em torno dos US$ 80 por barril, enquanto no início do ano passado chegaram a bater os US$ 40. "Além disso, a produção nacional de petróleo deve continuar subindo", acrescenta o especialista, que já ocupou a superintendência da ANP responsável pelo tema. Em 2009, a produção nacional de petróleo subiu 6,6%.

Do total arrecadado em 2009, a União ficou com R$ 5,624 bilhões; os Estados, com R$ 6,610 bilhões - dos quais R$ 4,884 bilhões foram destinados ao Rio -, e municípios repartiram R$ 3,530 bilhões. Outros R$ 629 milhões foram destinados a um fundo especial para distribuição entre todos os Estados e municípios brasileiros, de acordo com critérios do Fundo de Participação dos Municípios.

A estatística da ANP indica ainda que R$ 25 milhões foram pagos por determinação judicial a municípios que têm liminares reivindicando a receita. A produção nacional de petróleo ainda gerou R$ 62 milhões a proprietários de terras onde estão os poços produtores e R$ 146 milhões pela ocupação de áreas marítimas. Pela primeira vez desde 1999, a ANP não arrecadou bônus de assinatura pela concessão de áreas, uma vez que não houve leilão de blocos exploratórios.

C/ Agência Estado

O Blog: O Rio, estado produtor, recebeu cerca de R$ 5 bi da arrecadação de 2009- pouco menos que a União. E o Espírito Santo, também produtor, quanto recebeu em royalties?

Por aclamação, PT lança Dilma à Presidência da República

 A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi aclamada hoje pré-candidata do PT à Presidência da República, durante o último dia do Congresso do partido, em Brasília.

O novo presidente da legenda, Jose Eduardo Dutra, abriu os discursos do evento explicando a resolução aprovada ontem pelos delegados do PT, na qual radicaliza as propostas para o plano de governo para a pré-candidata Dilma.

O presidente petista afirmou que o partido vem repetindo em "palavras e em textos", que as diretrizes de programa de governo serão apresentadas à cândida e aos partidos aliados. "Cada partido indicará seu representante para elaborar o programa de governo, que será debatido com ela (Dilma Rousseff)", discursou Dutra.

O dirigente do PT também procurou justificar a não inclusão explícita do PMDB na parte do documento que trata das alianças eleitorais.

"A resolução é cristalina. Nós queremos, vamos trabalhar e vamos fazer aliança com todos os partidos que fazem parte da base de apoio do presidente Lula no Congresso. Temos um protocolo de intenções com o PMDB, assinado no ano passado, nós temos feito reuniões periódicas com o partido para tratar das questões regionais e vamos continuar trabalhando nisso", disse Dutra. Ele reafirmou ainda ser consenso que o maior partido da base apresentará o nome par compor a chapa com Dilma no momento oportuno.

As diretrizes do programa de governo de Dilma aprovados pelo 4º Congresso ontem defendem a jornada de 40 horas semanais, o combate ao monopólio dos meios de comunicação eletrônicos, a cobrança de impostos sobre grandes fortunas, o apoio total ao Programa Nacional de Direitos Humanos, entre outros.

C/ Agência Estado

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ufes terá que indenizar paciente por resultado errado em teste de HIV

A 5ª Turma especializada do TRF2 condenou a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) a pagar cerca de 70 mil reais de indenização por danos morais para uma paciente do Hospital Universitário Cassiano Antonio Morais (Hucam), mantido pela universidade. O hospital deu a ela um falso resultado positivo para o exame de HIV, e, em razão disso, a paciente acabou sendo internada. O exame foi feito no Laboratório do Estado do Espírito Santo (Lacen) a pedido do Hucam.

A decisão do Tribunal se deu em resposta à apelação cível apresentada pela UFES, contra a sentença da 6ª Vara Federal Cível de Vitória/ES, que já havia determinado o pagamento da indenização.

O relator do caso no TRF2, desembargador federal Fernando Marques, iniciou seu voto explicando que o Ministério da Saúde obriga a realização de um conjunto de procedimentos sequenciados para os testes que visam a detectar anticorpos anti-HIV, em indivíduos com idade acima de dois anos. Para ele, essa seqüência não foi cumprida no caso da autora da ação.

O magistrado explicou que, como os exames laboratoriais apresentaram resultados discordantes, “a paciente deveria ser submetida à investigação de anticorpos anti-HIV2, sendo necessária a coleta de nova amostra para confirmar a positividade, preferencialmente em um intervalo de trinta dias após a emissão do resultado da amostragem com resultado reagente, sendo que, no caso, a segunda amostra somente foi colhida noventa dias após o prazo recomendado pelo Ministério da Saúde”, explicou.

Fernando Marques também ressaltou que a responsabilidade pela falha é do Hucam, e não do Lacen, pois a demora na análise de uma segunda amostra, para confirmação, foi causada pelo hospital. Em seguida, o desembargador destacou que uma série de equívocos levaram à internação da paciente para tratamento de uma doença inexistente.

“O prontuário de evolução clínica da autora contém a informação de que teria seu pai, irmã, empregada e esposo falecido de Sida. Também consta a informação de que seu teste em Belo Horizonte foi positivo. Entretanto, tais informações são por ela refutadas, em seu depoimento pessoal, nos seguintes termos: ‘... que o exame feito em Belo Horizonte deu negativo; ... que somente o pai de seu filho foi acometido desta doença'".

Com isso, para o relator o que aconteceu foi o erro no preenchimento do prontuário, que levou a equipe médica a tirar falsas conclusões: “Sem dúvida, o mínimo que se espera da atuação médico-hospitalar é o correto preenchimento do prontuário dos pacientes, reproduzindo, com veracidade, as informações por eles prestadas, uma vez que elas servirão de base para a atuação futura do próprio médico ou de outros que venham a atuar no caso”, completou.

C/ o TRF

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Operação Naufrágio: Ministra do STJ acolhe pedido do MPF e revoga segredo de Justiça

Nesta quinta-feira (18), com o oferecimento de denúncia pela Procuradoria-geral da República, foi reautuado no Superior Tribunal de Justiça como a Ação Penal n. 623/DF o inquérito n. 589, que investiga o suposto envolvimento de desembargadores, juízes, advogados e servidores públicos, entre outros, em crimes contra a Administração Pública e a Administração da Justiça, perpetrados de modo reiterado e organizado.

A relatora, ministra Laurita Vaz, acolhendo pedido do Ministério Público Federal, revogou o segredo de justiça, por entender que o sigilo “não se faz mais necessário, tampouco recomendável”, ressaltando que, ultrapassada a etapa inicial da investigação, com o oferecimento da denúncia, “deve ser prestigiada a regra geral da publicidade, importante instrumento de controle da atuação dos órgãos estatais pelos diversos seguimentos da sociedade civil, característica marcante e inarredável do Estado Democrático de Direito.”

A relatora indeferiu, por ora, o pedido de afastamento dos acusados de suas funções, considerando que, quanto aos magistrados, estes já estão afastados por decisão prolatada em âmbito administrativo pelo próprio TJES, sendo que, nos termos do artigo 29 da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), competirá à Corte Especial deliberar sobre a questão, quando for apreciar o recebimento da denúncia.

A ministra ressaltou que “a fase inquisitorial caminha para seu término (como disse, faltam apenas as defesas preliminares), estando bastante próximo o momento adequado para, perante o órgão colegiado competente, se decidir sobre o afastamento dos magistrados denunciados, os quais, por ora, já estão afastados, ao que se sabe, pelo menos, enquanto não ultimados os respectivos processos administrativos.”

Assim, o próximo passo é a apresentação de defesa preliminar pelos acusados, no prazo de 15 dias, para, então, ser a acusação submetida à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça. 

A informação  delituosa em apuração gira em torno, basicamente, do patrocínio e intermediação de interesses particulares perante o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, na busca de decisões favoráveis a estes e/ou outras facilidades que possam ser obtidas por meio da interferência dos agentes que exercem cargos públicos estratégicos para o fim ilícito almejado, em troca de favores e/ou vantagens pessoais.

No curso da investigação, surgiram, ainda, evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba, expediente que serviria como elemento facilitador das ações delituosas dos investigados que, assim, poderiam contar com a colaboração de parentes e afins empregados em cargos estratégicos.

Segue a lista de acusados e as respectivas imputações:

1. ADRIANO MARIANO SCOPEL – Empresário – corrupção ativa majorada (artigo 333 parágrafo único do CP);

2-ALINALDO FARIA DE SOUZA – Desembargador do TJES – corrupção passiva privilegiada (artigo 317 parágrafo 2º do CP; corrupção passiva privilegiada – duas vezes (artigo 317 parágrafo 2º, na forma do artigo 71, ambos do CP); prevaricação (artigo 319 combinado com 71 do CP);

3. ALOÍSIO VAREJÃO – Vereador da Câmara Municipal de Vitória – corrupção ativa majorada (artigo 333 parágrafo único do CP);

4. BÁRBARA PIGNATON SARCINELLI - Servidora demitida do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, do qual era Diretora Judiciária de Registro, Preparo e Distribuição – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva privilegiada (artigo 317 parágrafo 2º do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1º combinado com artigo 29, ambos do CP); corrupção passiva privilegiada, prevaricação e falsidade ideológica (artigos 317 parágrafo 2º; 319 e artigo 299 parágrafo único, na forma do artigo 69, todos do CP); corrupção passiva privilegiada (artigo 317 parágrafo 2º do CP); Peculato (artigo 312 combinado com artigo 29 do CP) e abandono de função qualificada (artigo 323 parágrafo 1º do CP);

5. CRISTÓVÃO DE SOUZA PIMENTA – Juiz de Direito da Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Vitória – corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1º do CP);

6. DILSON ANTÔNIO VAREJÃO – Assessor do Vereador Aloísio Varejão – corrupção ativa (artigo 333 combinado com 29, ambos do CP) e exploração de prestígio majorada (artigo 357 parágrafo único combinado com artigo 29, ambos do CP);

7. DIONE SCHAIDER PIMENTEL ARRUDA – Servidora demitida do Tribunal de Justiça do Espírito Santo – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1º combinado com artigo 29, ambos do CP);

8. ELIEZER SIQUEIRA DE SOUZA – Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo – corrupção passiva privilegiada (artigo 317 parágrafo 2º do Código Penal);

9. ELPÍDIO JOSÉ DUQUE – Desembargador do TJES – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1º do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1.° do CP); corrupção passiva privilegiada (artigo 317 parágrafo 2º do CP);

10. FELIPE SARDEMBERG MACHADO – Servidor demitido do Tribunal de Justiça do Espírito Santo – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção ativa majorada (artigo 333 parágrafo único do CP);

11. FLÁVIO CHEIM JORGE – Advogado – quadrilha (artigo 288 do CP);

12. FRANCISCO JOSÉ PRATES DE MATOS – ex-Prefeito de Pedro Canário – crime de responsabilidade (artigo 1º I do Decreto-Lei nº 201/67) e corrupção ativa majorada (artigo 333 parágrafo único do CP);

13-. FREDERICO GUILHERME PIMENTEL – Desembargador do TJES – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1º do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317 parágrafo 1º do CP); corrupção passiva privilegiada (artigo 317 parágrafo 2º do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321 parágrafo único do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321 parágrafo único do CP); violação de sigilo funcional qualificado repetidamente (artigo 325 parágrafo 2º combinado com 71 do CP) e estelionato majorado (artigo 171 parágrafo 3º do CP); Peculato (artigo 312 do CP) e exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado (artigo 324 do CP);

14. FREDERICO LUIS SCHAIDER PIMENTEL – Juiz de Direito da Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual de Cariacica – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP); exploração de prestígio (artigo 357 do CP); exploração de prestígio (artigo 357 do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, do CP);

15. GILSON LETAIF MANSUR FILHO – Advogado – exploração de prestígio (CP artigo 357); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, combinado com artigo 29, ambos do CP) e corrupção ativa majorada (artigo 333, parágrafo único, do CP);

16. HENRIQUE ROCHA MARTINS ARRUDA – Advogado – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP);

17. JOHNNY ESTEFANO RAMOS LIEVORI – Advogado – quadrilha (artigo 288 do CP); exploração de prestígio (artigo 357 combinado com artigo 29 do CP); corrupção ativa majorada (artigo 333, parágrafo único, combinado com artigo 29 do CP); exploração de prestígio (artigo 357 do CP);

18. JOSENIDER VAREJÃO TAVARES - Desembargador do TJES – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, do CP); advocacia administrativa qualificada e corrupção ativa majorada, em concurso formal (artigos 321 parágrafo único; 333, parágrafo único, combinado com 29, combinado com70, todos do Código Penal); corrupção ativa (artigo 333 do CP, o segundo combinado com artigo 29 do CP); exploração de prestígio majorada (artigo 357 parágrafo único do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, do CP) e corrupção passiva privilegiada (artigo 317, parágrafo 2º, do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, do CP);

19. LARISSA PIGNATON SARCINELLI PIMENTEL – Juíza de Direito da 9ª Vara Criminal de Vitória – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP);

20. LARISSA SCHAIDER PIMENTEL CORTES – Servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP);

21. LEANDRO SÁ FORTES – Assessor da Presidência, demitido, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP);

22. PAULO GUERRA DUQUE – Advogado – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP); exploração de prestígio (artigo 357 combinado com artigo 29 do CP); corrupção ativa majorada (artigo 333 parágrafo único combinado com artigo 29 do CP); corrupção passiva majorada e exploração de prestígio (CP artigo 317, parágrafo 1º, combinado com 29, e artigo 357, na forma do artigo 69); exploração de prestígio (artigo 357 do CP)

23. PEDRO CELSO PEREIRA – Advogado – quadrilha (artigo 288 do CP); exploração de prestígio (artigo 357 do CP); corrupção ativa majorada (artigo 333, parágrafo único, do CP); corrupção ativa (artigo 333 do CP, o segundo combinado com artigo 29 do CP); corrupção ativa (artigo 333, combinado com 29, ambos do CP) e exploração de prestígio majorada (artigo 357, parágrafo único, combinado com artigo 29, ambos do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, combinado com artigo 29, ambos do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, artigo 29 do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, combinado com 29 do CP);

24. PEDRO SCOPEL – Empresário – corrupção ativa majorada (artigo 333, parágrafo único do CP);

25. ROBERTA SCHAIDER PIMENTEL – Servidora do Tribunal de Justiça do Estado Espírito Santo – quadrilha (artigo 288 do CP); corrupção passiva majorada (artigo 317, parágrafo 1º, combinado com artigo 29, ambos do CP); advocacia administrativa qualificada (artigo 321, parágrafo único, combinado com 29 do CP)

26. ROBSON LUIZ ALBANEZ – Juiz de Direito da 6ª Vara Cível de Vitória – corrupção passiva majorada – duas vezes (artigo 317, parágrafo 1º, na forma do artigo 71, ambos do CP).

C/ informações do STJ

MPF denuncia magistrados do Espírito Santo envolvidos em venda de sentenças

O Ministério Público Federal, por meio do subprocurador-geral da República Carlos Eduardo Vasconcelos, denunciou 26 pessoas, entre magistrados, servidores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ/ES), um membro do Ministério Público Estadual (MP/ES), advogados, empresários, um vereador de Vitória e um ex-prefeito.

A denúncia tem por base investigação feita no Inquérito 589/DF do Superior Tribunal de Justiça (STJ), conhecido como Operação Naufrágio, que apurou indícios da prática de infrações penais por autoridades do Poder Judiciário no Espírito Santo descobertos em outra investigação (Operação Titanic). A denúncia indica a participação dos denunciados em um “esquema de corrupção sem precedentes, que tinha por objeto a comercialização de decisões judiciais”.

Para viabilizar a atividade criminosa, a quadrilha teceu uma rede no TJ/ES a partir da posse de um dos denunciados na presidência do tribunal.

Por meio de várias decisões administrativas, os denunciados promoveram intervenções em ações judiciais, transformando o TJ/ES em um rentável balcão de negócios - que se iniciava com o protocolo da petição, passando pelo sorteio viciado do relator, até o julgamento do feito, com a prolação da decisão conforme interesses próprios ou de terceiros em troca de vantagens pecuniárias.

Do outro lado, advogados recrutavam clientes interessados no sucesso de suas demandas, o que significava o recebimento de honorários advocatícios e de propinas para eles próprios e para os funcionários públicos.

“Não resta dúvida de que o motivo para a formação da quadrilha e a consequente prática de outros crimes reside na busca do lucro fácil: uma prestação jurisdicional em que o que menos conta é o melhor argumento.

As vultosas quantias em litígio levadas à apreciação do TJ-ES tornavam a atividade da quadrilha extremamente lucrativa, proporcionando aos envolvidos um poder econômico e padrão de vida superiores ao que eram capazes de realizar com suas atividades profissionais lícitas”, diz o subprocurador, na denúncia.

De acordo com a peça, os denunciados usavam códigos em conversas telefônicas em que apelidaram o tribunal de “casa de caridade” e seus membros de “criancinhas abandonadas”, bem como comparavam a estrutura do órgão à hierarquia da Igreja Católica.

O dinheiro obtido pelas atividades ilícitas era guardado em casa em espécie ou era usado para adquirir bens para si ou terceiros, “em procedimento que muito se assemelha às hipóteses legais de lavagem de dinheiro”.

As investigações também revelaram a prática de nepotismo, fraude nos concursos públicos das carreiras da Justiça Estadual e negócios com cartórios. Os cargos estratégicos do TJ-ES foram ocupados por familiares e amigos dos denunciados – por meio de nomeação em cargo em comissão – para consecução de objetivos escusos. Quando o ingresso não ocorreu por nomeação para cargo em comissão, a entrada de integrantes do esquema se deu por meio de fraudes em concurso público.

De acordo com a denúncia, a fraude em concursos públicos tinha duas frentes: a intenção da quadrilha de manipular o ingresso de futuros juízes substitutos no concurso em andamento durante a gestão de um dos denunciados e a fraude consumada nos concursos anteriores para o provimento de cargos de nível médio e superior das carreiras do Judiciário capixaba. A manipulação do concurso para a magistratura não chegou a ser executada devido à realização da operação pela Polícia Federal.

As nomeações para diversos cargos estratégicos também possibilitaram a diversificação das atividades da quadrilha, que passou a “investir” em negócios com cartórios, especificamente a criação de um cartório em Cariacica.

Os denunciados são acusados de formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal), corrupção ativa majorada (art. 333, parágrafo único, do Código Penal), corrupção passiva majorada (art. 317, § 1º, do CP), corrupção passiva privilegiada (art. 317, § 2º, do CP), exploração de prestígio (art. 357 do CP), apropriação de rendas públicas municipais (art. 1º, I, do Decreto-lei nº 201/67), prevaricação (art. 319 do CP), falsidade ideológica (art. 299 do CP), advocacia administrativa (art. 321 do CP), violação de sigilo funcional qualificado (art. 325, § 2º, combinado com art. 71 do CP), estelionato majorado (art. 171, § 3º do CP).

Na denúncia, o MPF pede a revogação do segredo de justiça e o afastamento dos ocupantes de cargos públicos, bem como a perda do cargo, função pública ou mandato eletivo, e dos bens adquiridos com a prática dos crimes.  A denúncia será analisada pela ministra Laurita Vaz, relatora do caso no STJ.

C/ a PGR

Doações nas eleições: TSE exige taxa única para uso do cartão de crédito

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitou à Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) que estabeleça um valor único para a taxa a ser cobrada nas doações feitas por cartão de crédito aos partidos e candidatos nas eleições de outubro. Os ministros Arnaldo Versiani e Henrique Neves pediram que a taxa tenha o valor mais baixo possível. O assunto foi discutido em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (18) entre o TSE, Abecs e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O tribunal, que precisa aprovar as instruções das eleições de 2010 até o dia 5 de março, informou que um novo encontro entre as entidades deve ocorrer nos próximos dias. Versiani argumentou que os candidatos têm de ter acesso à identificação dos doadores. Desta forma, acrescenta o ministro, eles podem prestar contas à Justiça Eleitoral.

Já Henrique Neves ressaltou que seria importante os candidatos terem acesso ao extrato de recursos doados até o dia do pleito. Isso facilitaria no planejamento dos gastos.

C/ Valor on line

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Entrevista do Ministro Carlos Velloso sobre intervenção federal


O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso explica, em entrevista à TV Justiça, tudo sobre o instituto da intervenção federal, previsto no inciso X do artigo 84 da Constituição Federal.

O dispositivo determina que compete privativamente ao presidente da República decretar e executar a intervenção federal. Já o artigo 34 da Constituição, por sua vez, estabelece as hipóteses em que a União pode intervir nos estados.

Velloso, que é atualmente o jurista mais entrevistado do país sobre o tema, por conta da possibilidade de intervenção no DF, responde às seguintes questões: o que é uma intervenção federal, quem pode requerê-la e onde ela deve ser ajuizada, quais elementos devem estar presentes para que essa excepcionalidade possa ser solicitada, quem determina a intervenção federal, o que acontece com a unidade da federação que sofre uma intervenção e que autoridade é competente para indicar o interventor.

Intervenção no DF pode parar a PEC que cria piso para militares e bombeiros

A  tramitação da PEC 300, que institui o piso nacional para policiais militares e bombeiros, corre o risco de parar no Congresso. Se for decretada a intervenção federal no Distrito Federal, conforme pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a votação de propostas de emendas à Constituição (PECs) ficará suspensa durante todo o período de intervenção.

A justificativa é que, para haver emendas à Constituição, os poderes federativos precisam estar funcionando livremente, o que não ocorre em casos de intervenção.

O pedido de interferência no DF ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo presidente da República. A solicitação precisa também ser apreciada pelo Congresso. A intervenção consiste em a União assumir, temporária e excepcionalmente, o desempenho de competências do ente federativo. Ela ocorre por meio de decreto presidencial, que estabelece a amplitude, o prazo e as condições de execução dessa interferência. Depois de editado, o Congresso tem 24 horas para votar o decreto.

A interferência federal no DF foi solicitada por Gurgel na última quinta-feira (11), devido às denúncias de corrupção envolvendo o governador José Roberto Arruda (sem partido). O pedido foi encaminhado ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, logo após a prisão de Arruda na semana passada. Arruda foi preso por tentativa de suborno de testemunha.

Segundo o artigo 34 da Constituição, a União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, exceto para manter a integridade nacional, por causa de grave comprometimento da ordem pública, para assegurar a observância do princípio constitucional do sistema representativo, além de outros casos. Durante a vigência da intervenção, as autoridades podem ser afastadas de seus cargos, sendo esses postos retomados após o período, salvo em caso de impedimento legal.

“A medida postulada, notoriamente excepcional, busca resgatar a normalidade institucional, a própria credibilidade das instituições e dos administradores públicos bem como resgatar a observância necessária do princípio constitucional republicano, da soberania popular – atendida mediante a apuração da responsabilidade dos eleitos – e da democracia”, disse o procurador

C/ Congresso em Foco

O Blog: Há um número incontável de PECs em tramitação no Congresso, sobre vários temas. Quando foi proposta a intervenção federal no ES, na primeiro mandato do governador Paulo Hartung, a Presidência da República ( a quem cabe a decisão nesse caso, quando provocada pelo STF ou mesmo sem ser provocada) recuou, ao constatar que a intervenção no ES pararia o país.

Sai nova Pesquisa Ibope para Presidência: Dilma e Serra estão estagnados

 Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo, realizada entre os dias 6 a 9 deste mês,  que será divulgada nesta quinta-feira (18), indica que a corrida à sucessão presidencial de outubro continua polarizada pelos pré-candidatos do PSDB e do PT, respectivamente o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Nessa mostra, Serra tem 36% das intenções de voto e Dilma 25%. Em terceiro lugar está o deputado federal Ciro Gomes (PSB) com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV) com 8%. O porcentual de votos brancos e nulos somou 11% e dos que disseram não saber em quem vai votar atingiu 9%.

A última pesquisa divulgada pelo Ibope foi no dia 7 de dezembro do ano passado. Na mostra, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Serra registrava 38% das intenções de voto, seguido de Dilma Rousseff com 17%, Ciro Gomes com 13% e Marina Silva com 6%. Naquela pesquisa, o porcentual de votos brancos e nulos atingiu 13% e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 12%.

No cenário sem Ciro Gomes, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta José Serra com 41%, Dilma Rousseff com 28%, Marina Silva com 10%, brancos e nulos 12% e não sabem ou não opinaram 9%.

Na simulação de um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano lidera com 47% e Dilma registra 33%.

A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro Gomes, com 41%, seguido de Marina Silva com 39%, Dilma Rousseff com 35% e José Serra com 29%.

A pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.

A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do País. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.

A pesquisa, que será divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo Diário do Comércio, foi realizada com 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o Brasil. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo nº 3196/2010.

C/ Agência Estado

Defensoria propõe que preso doe sangue em troca de redução da pena

A Defensoria Pública do Espírito Santo resolveu ajuizar Ação Civil Pública para que os presos participem da campanha de doação do Governo capixaba a favor dos hemocentros do Estado. Atualmente, esses centros sofrem por falta de estoque de sangue, principalmente o RH negativo. Em troca da doação voluntária, o preso teria um dia da pena descontada da sua condenação total.

Para fundamentar a ação, a Defensoria invoca o direito da dignidade humana dos detentos. Reforça que a Constituição Federal atribuiu a eles inúmeros direitos, assim como o Código Penal e a Lei de Execução Penal (LEP). A Defensoria destaca também trecho da LEP em que diz: “Ao internado e ao condenado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei”. Ou seja, eles não podem ser tolhidos do direito de doar.

“Além do mais, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, diz a ação assinada pelo defensor Carlos Eduardo Rios do Amaral.

Para ele, o objetivo maior e sublime da execução penal é a ressocialização do agente responsável pelo delito. O defensor cita trecho do artigo Direitos dos presidiários, uma análise da Constituição de 1988, da advogada Márcia Silveira Borges de Carvalho: “O ato cristão e humano de doação de sangue, voluntário e espontâneo, pelo condenado, demonstra, inequivocadamente, seu anseio de retornar pacificamente à sociedade e ao convívio social harmônico e fraterno”.

Na ação, o defensor Rios do Amaral reforça as funções institucionais da Defensoria e pede que o estado seja obrigado a garantir aos presos condenados, que cumprem a pena em regime fechado ou semiaberto, o livre exercício do direito de doar sangue e, assim, remir dias de pena. O defensor também pede que seja convocada audiência pública para discutir o direito dos presos.

C/ o Consultor Jurídico

PT dá como certa derrota de Dilma em São Paulo

O PT já dá como certa a derrota da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Estado de São Paulo. Das cinco eleições em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, apenas em 2002 ganhou no Estado. A disputa entre os dois principais partidos na sucessão presidencial é pela cifra da derrota no maior colégio eleitoral do país, que soma 29,5 milhões de votos (23% do total).

O objetivo do PT é deixar a ministra, no máximo, a três milhões de votos do candidato tucano. No PSDB, a conta para dar ao governador José Serra a vantagem necessária para neutralizar a previsível dianteira petista no Norte e Nordeste varia de 4 milhões a 6 milhões de votos. Em 2006, Lula perdeu por 3,8 milhões para Geraldo Alckmin no Estado.

A estratégia petista para mitigar a derrota visa as zonas sul e leste da capital, áreas historicamente petistas tomadas pelo PSDB, e a classe média de um conjunto de cidades do interior lideradas por Ribeirão Preto.

Além da disputa pelas vitrines de Serra que têm recursos do PAC, o discurso petista deve concentrar-se, segundo documento interno da legenda, em três vulnerabilidades da gestão tucana: reprovação escolar, aumento de latrocínios e enchentes. A maior dificuldade do PT para enfrentá-las é a indefinição de seu palanque na disputa paulista. Em sete eleições estaduais desde 1982, o PT chegou ao segundo turno apenas uma vez.

C/ Valor on line

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

"Ladrões de Brasília" invadem ruas do Maranhão

Eles estão à solta nas ruas de São Luís. Os ladrões de Brasília circulam livremente pela capital maranhense, brincando o carnaval, atirando maisena nos foliões, regados a música e bebida.

Isso não quer dizer que abriram as portas das prisões brasilienses e os detentos vieram pular o carnaval no Maranhão. Na verdade, Ladrões de Brasília é o nome de um bloco, formado por dez donos de automóveis Brasília – carro fora de linha da marca Volkswagen – e seus respectivos carros.

O bloco sai pela primeira vez pelas ruas da capital maranhense, animado pelo momento político que vive a capital do país.

A ideia do bloco surgiu há alguns meses, sem a pretensão de adotar qualquer viés crítico. “Aconteceu que eu tenho uma Brasília 1975 e havia deixado ela na oficina, mas, quando fui buscar, tinham roubado o motor e os faróis do carro. Daí, surgiu a ideia de fazermos o bloco”, conta Bamba, criador do bloco, músico e agitador cultural de São Luís.

Mas o momento político que Brasília vive – com as denúncias de corrupção e com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, passando o carnaval preso – serviu de prato cheio para que a tônica do bloco se transformasse em piada política.

A receptividade das pessoas é boa, afinal, chamam a atenção os carros antigos e mal conservados com o nome do bloco escrito pela lataria. “Por onde o bloco passa, as pessoas riem, gritam, batem palmas e se divertem”.

Bamba aproveita o tom da festa e faz uma brincadeira relacionando o nome do bloco com a irregularidade das Brasílias de propriedade dos integrantes da agremiação. “Também estamos com medo de que prendam os [integrantes do] Ladrões de Brasília e a própria Brasília, por aqui. Afinal, o documento só está pago até 2005 e faltam as lanternas, né?”.

C/ Agência Brasil

Cabral não aceita Dilma em dois palanques no Rio

O governador Sérgio Cabral (PMDB) aproveitou a passagem de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presdência da República , pelo Rio de Janeiro, na segunda-feira de Carnaval, para avisar que não aceita que a ministra suba também no palanque do ex-governador Anthony Garotinho (PR), seu ferrenho opositor.

"Acho o seguinte: quando há dois palanques, pode ser um problema. Como é que Dilma vai num dia para o palanque da situação e  depois para um de oposição. Vai acabar perdendo o voto até da minha mulher.

No fim do mês passado, Dilma de reuniu com Garotinho e desde então surgem especulações de que ela poderá subir no palanque do ex-governador, o que fez Cabral protestar.

C/ Globo on line

O Blog: Dilma, num esforço supremo, depois do carnaval em Olinda e Salvador, segura a filha adotiva de Madonna. Haja pique para a campanha!

Presidente da Rosas de Ouro diz que a Globo exigiu mudança no samba

A presidente da Rosas de Ouro, escola campeã do Carnaval paulistano, afirmou que continua a favor de parcerias com empresas, como a realizada por sua agremiação para o desfile deste ano.

A escola teve de mudar a letra de seu samba por pressão da Globo. A expressão "cacau é show" foi alterada para "cacau chegou" --a agremiação é apoiada pela marca de chocolates Cacau Show.

"Há um mês, tive de mudar uma palavra do samba-enredo. Não foi fácil para a comunidade aceitar. Mas, agora, vamos voltar para a letra original", disse Angelina Basílio durante a comemoração do título, ainda no Anhembi, nesta terça-feira (16). "Fizemos um trabalho impecável e vamos levar essa taça para a ponte da Freguesia do Ó [local da sede da escola]. Agora podemos dizer que o cacau é show", completou a presidente. "A Rosas de Ouro acredita em parceiros."

A decisão do título saiu na última nota do último quesito (comissão de frente). Até então, a Rosas estava empatada com a Mocidade Alegre. "A vitória na última nota foi maravilhosa", disse Angelina.

Após a revelação da vitória, ela cumprimentou a comissão da Mocidade, que também tem uma mulher como presidente, Solange Cruz Bichara Rezende. "Me diziam: 'Você é mulher e vai pegar a presidência?'. Mas não desisto. Sempre acreditei no meu trabalho. Havia uma voz lá no fundo que me dizia: 'Persevere, lute'. E foi um desfile impecável, tecnicamente perfeito. Estou muito feliz com a vitória", declarou Angelina.

Para o carnavalesco Jorge Freitas, o título foi fruto de uma longa jornada da escola, que foi vice nos últimos anos. "É a coroação de um grande trabalho. A Rosas de Ouro vem fazendo grandes trabalhos nos últimos três anos, e finalmente fomos coroados", afirmou Freitas.

C/ Folha on line

Rosas de Ouro vence Carnaval de São Paulo

Com um enredo sobre o chocolate e um desfile que levantou o público na última sexta-feira, quando foi a penúltima escola de samba a desfilar no Anhembi, a Rosas de Ouro foi a grande vencedora do carnaval de São Paulo em 2010, alcançando 270 pontos na votação de cinco jurados. A Mocidade Alegre, com 269,75 pontos ficou em segundo lugar, numa disputa acirrada, só definida após a contagem dos votos para Comissão de Frente, último quesito a ter os votos revelados.

O resultado começou a ficar mais nítido após a votação do quesito Bateria, quando três escolas mostravam-se empatadas com 180 pontos, Rosa de Ouro, Mocidade e Acadêmicos do Tucuruvi. O empate prosseguiu após conhecidos os votos para Harmonia, mas a Tucuruvi perdeu pontos na votação seguinte, para Evolução, quando Rosas e Mocidade atingiram 240 pontos. O quesito seguinte, Comissão de Frente, definiu a vencedora entre as duas.

A Rosas contou a história do cacau desde povos antes de Cristo até a fábula de Willy Wonka, retratado no filme "A Fantástica Fábrica de Chocolates" (Mel Stuart, 1971). Os ritmistas, por sinal, usavam fantasias inspiradas no personagem, e a modelo e atriz Ellen Rocche, madrinha de bateria, fazia o papel de rainha da fábrica. Essência de chocolate no ar foi uma das novidades com que a escola da Freguesia do Ó, zona norte da capital paulista, contagiou o público na avenida.

Havia 15 anos que a escola não vencia o Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo. Mas detinha quatro títulos em sua história, três a menos que a Mocidade Alegre, campeã do ano passado e que, neste carnaval, cantou a história e o simbolismo do espelho. Na contagem dos votos, as escolas de samba Leandro de Itaquera e Imperador do Ipiranga ficaram com os piores resultados e foram rebaixadas para o Grupo de Acesso.

C/ Agência Estado

PM leva livros de autoajuda para Arruda na prisão

O governador licenciado do Distrito Federal José Roberto Arruda, preso desde quinta-feira ( veja no blog) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, recebeu nesta terça-feira (16) livros de autoajuda levados por um policial militar. Ele foi detido por suspeita de interferir nas investigações sobre o suposto esquema pagamento de propinas a parlamentares conhecido como mensalão do DEM.

Das mãos do tenente Francisco de Souza, da Diretoria de Inativos e Pensionistas da Polícia Militar do DF, Arruda recebeu os livros Como Permanecer Animado por 24 Horas e Da Derrota para a Vitória. O PM disse que "recebeu uma ordem divina para ajudar o governador".

Desde domingo, o governador licenciado tem direito a banho de sol diário de até 15 minutos. Arruda está preso em uma sala, sem grades, com uma cama de solteiro e banheiro com chuveiro de água quente. A televisão que ficava na sala foi retirada e o governador não tem acesso à internet nem telefone, mas seus parentes e advogados podem levar jornais e revistas. As três refeições diárias também são trazidas por familiares.

C/ Veja on line

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Arruda ganha direito ao banho de sol na PF do Distrito Federal

O governador licenciado do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) passou a ter direito a banho de sol na Superintendência da Polícia Federal (PF), onde está preso desde quinta-feira. O primeiro foi no final da tarde de domingo.

O banho de sol deve durar de dez a 15 minutos e ser tomado no fim do dia, por determinação da PF. Arruda faz a caminhada em um área interna da superintendência, longe das lentes da imprensa, que continua de plantão na entrada do local. Na caminhada, Arruda é escoltado por agentes. Depois de se exercitar, ele passa por um exame médico para checar se houve alguma alteração de pressão, por exemplo.

Arruda está preso na sala do diretor-geral do Instituto Nacional de Criminalística. Ele dispõe de uma cama de solteiro e de banheiro com chuveiro com água quente. A televisão que ficava na sala foi retirada e o governador não tem acesso à internet nem telefone, mas seus parentes e advogados podem levar jornais e revistas.

Um policial fica 24 horas dentro da sala com Arruda e outros ficam do lado de fora. A Polícia Federal não informa o número de agentes envolvidos na segurança de Arruda.

C/ O Fluminense

No Espírito Santo, o DEM cogita aliar-se a PMDB e PT

Aliado do PSDB de José Serra no plano nacional, o DEM costura no Espírito Santo uma parceria com PMDB e PT, pilares da candidatura de Dilma Rousseff.

Os ‘demos’ capixabas flertam com o apoio à candidatura de Ricardo Ferraço (PMDB) ao governo do Estado. Ferraço é, hoje, vice-governador do Espírito Santo. Vai às urnas escorado no prestígio do governador Paulo Hartung (PMDB).

O petismo local foi convidado a indicar o candidato a vice da chapa de Ferraço. Assim, confirmando-se todos os arranjos, vai-se formar a curiosa aliança PMDB-PT-DEM.

Em notícia veiculada nesta segunda (15), o repórter Felipe Quintino informa que a atração de aliados tornou-se um desafio para o PSDB do Espírito Santo. Chama-se Luiz Paulo Vellozo Lucas o candidato do tucanato ao governo estadual. É deputado federal, amigo do presidenciável José Serra.

Arrastar o DEM para dentro da coligação tucana tornou-se, entre todos, o principal desafio de Vellozo Lucas.

Pela lógica, o movimento seria natural, já que, na seara nacional, o DEM é o principal parceiro da candidatura presidencial do tucano Serra. Mas Vellozo Lucas enfrenta uma emboscada do ilógico. Ouça-se o que diz o secretário-geral do diretório do DEM-ES, vereador Vitório Max Mata: “Não podemos colocar as questões nacionais à frente das locais”.

Vitório argumenta que, ligando-se à candidatura pemedebê de Ricardo Ferraço, o DEM tonifica suas chances na disputa de 2010. Passaria a sonhar com a eleição de pelo menos um deputado federal para representar o Estado na Câmara, em Brasília.

Como se vê, os interesses regionais podem aproximar nos Estados forças que, em Brasília, parecem irreconciliáveis.

No fundo, PT e DEM padecem de males semelhantes. O mal do DEM é o excesso de cabeças associado à escassez de miolos. O PT padece da mesma insuficiência de massa encefálica, mas com uma cabeça só, a de Lula.

(Escrito por Josias de Souza em seu blog/ Folha on line)

O Blog: A grande novidade do post de Josias é que Max da Mata se chama Vitório, coisa que pouca gente sabe.

Acessibilidade: Serra e Cláudio Vereza lutam para dar ao cadeirante a chance de tomar o banho de mar.


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), entrou nesta segunda-feira (15) no mar com tênis, calça jeans e camiseta tipo polo na Praia da Guilhermina, na Praia Grande, durante o lançamento do projeto Praia Acessível - que vai oferecer cadeiras de rodas adaptadas para que deficientes físicos possam tomar banho de mar.

Serra evitou falar de política, mas, no melhor estilo pré-eleitoral, aproveitou a praia lotada em pleno feriado de Carnaval para acompanhar os cerca de 20 deficientes que estrearam as cadeiras. Empurrou uma delas, entrou no mar até que o nível da água atingisse a altura da cintura e brincou de jogar água no grupo durante cerca de cinco minutos.

Ele decidiu empurrar uma das cadeiras assim que ouviu a sugestão um popular e, ao que tudo indica, também resolveu entrar no mar com roupa e tudo em cima da hora: não havia qualquer assessor com uma toalha e o governador retornou ao carro oficial encharcado. 

O lançamento do projeto Praia Acessível ocorreu em uma tenda montada na Praia de Guilhermina. A ideia é distribuir cerca de cem cadeiras, na primeira fase, entre diversas praias do litoral (as primeiras serão Guilhermina; Perequê, em Ilha Bela; e Boqueirão, em Santos). 

No Espírito Santo, permitir que portadores de necessidades especiais tenham tenham acesso à praia é um sonho de muita gente que o deputado Cláudio Vereza (PT) quer ajudar a realizar.

Para tanto, ele enviou ao governador Paulo Hartung (PMDB) a Indicação 13/2010. na qual sugere que Estado e Prefeituras em parceria instalem esteiras especiais, de palha ou fibra de plástico, para possibilitar a passagem de cadeira de rodas e carrinhos de bebês pela areia.

O deputado lembra que no Rio de Janeiro, a municipalidade firmou parceria com a Ong Espaço Novo Ser e implanta o projeto Praia para Todos."Colocaram uma esteira que vai do calçadão até a areia. A praia é um dos espaços públicos mais democráticos e essa correção precisa ser feita para termos uma praia inclusiva também aqui no Espírito Santo” defende Vereza.

A Ongxperiência carioca, onde a ONG Espaço Novo Ser teve a iniciativa, idealizada pelo biólogo Ricardo Gonzalez Rocha Souza, que é cadeirante. Além da cadeira anfíbia ( veja foto), adaptada para entrar no mar, o projeto também agrega outras medidas de promoção da acessibilidade à praia, como sinalização sonora, piso tátil e rampas de acesso.

C/ Informações do Estadão, Assembléia Legislativa e fotos de Rejane Lima

Governador em exercício pedirá a Lula que evite intervenção no DF

O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, vai ser recebido Quarta -Feira de Cinzas (17) pelo presidente Lula. O governador havia pedido o encontro na semana passada. Domingo (14), o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, informou que a audiência está agendada para a tarde de quarta.

Paulo Octávio disse que quer conversar com Lula sobre a "turbulência política" no DF, a possibilidade de intervenção e "obter apoio para garantir a governabilidade". Apesar dos esforços para atrair aliados - até na oposição - e viabilizar um governo de coalizão, Paulo Octávio não pode mesmo contar com o apoio do próprio partido.

 Depois de entregar a presidência do DEM no Distrito Federal, Octávio avaliou a sua situação partidária: "Não cogito (sair do DEM), e espero que isso não aconteça. Não tem sentido, porque acabei de assumir o governo", afirmou, ao final de uma visita às obras do Hospital de Base. Ele alega que não recebeu nenhuma ligação do comando da sigla para tratar do assunto, que disse saber pela imprensa.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) reafirmou claramente a posição de pedir a expulsão de Paulo Octávio, caso ele mesmo não tome a iniciativa. Ele reiterou que na próxima quinta-feira (18) vai apresentar pedido de intervenção no diretório do Distrito Federal e o desligamento de membros do DEM que estiverem no governo.

Desde a quinta-feira passada, quando o STJ (veja no blog) determinou a prisão do governador José Roberto Arruda, Paulo Octávio articula a sua sobrevivência política e, ao mesmo tempo, tenta viabilizar um governo de coalizão que ajude o STF a não decretar a intervenção no DF. Lula disse em Goiânia, na sexta-feira passada, que acatará a decisão de intervenção, se o STF decidir pela medida.

C/ o Portal Estado

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Seleção apresenta camisa da Copa 2010 em Salvador.

A seleção brasileira deu o pontapé oficial para a Copa do Mundo neste domingo em meio à euforia do Carnaval da Bahia, apresentando durante a folia a camiseta que será usada no torneio.

A quatro meses da competição, na África do Sul, a seleção deu início à contagem regressiva em Salvador em ritmo afro-brasileiro.

Carlinhos Brown, um dos ícones da cultura afro e do carnaval baiano, teve a honra de ser o primeiro a exibir a nova camisa azul ao se apresentar a dezenas de milhares de foliões nas ruas de Salvador neste domingo.

"Isto é mais que uma camiseta, é um manto de amor", disse Brown, ao vestir a camiseta em sua sacada, cercada por centenas de fãs.

"Vamos torcer para que nos traga sorte", gritou à multidão.

Não é nenhuma coincidência que Brown, de 47 anos, foi escolhido para apresentar o novo uniforme, desenvolvido pela Nike, já que sua cor de sorte é exatamente o azul.

Embora a seleção brasileira seja associada à camisa canarinho, a de cor azul se estabeleceu como uma peça de sorte desde a primeira conquista de um título pelo Brasil, em 1958.

Naquele ano, a seleção se viu forçada a vestir a camisa azul pela primeira vez na final contra a anfitriã Suécia, cujo uniforme também era amarelo. Único país pentacampeão mundial, o Brasil nunca perdeu uma partida em Copas do Mundo com a camiseta azul.

Fanático por futebol, Brown planeja usar novamente a peça azul na Quarta-Feira de Cinzas, quando ele e mais de 200 percussionistas encerrarão o Carnaval pelas ruas de Salvador.

C/ Informações do Estado de S. Paulo e foto Thiago Teixeira/Reuters

Madonna curte carnaval do Rio ao lado de Dilma, Eduardo Paes e Sérgio Cabral.


A cantora Madonna está em um camarote do sambódromo do Rio de Janeiro. Acompanhada do modelo brasileiro Jesus Luz e dos filhos, ela assiste aos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval. 

A cantora está no Brasil desde terça-feira (9). Ela chegou ao camarote do governo do Estado, na Marquês de Sapucaí, por volta das 22h30, no fim do desfile da União da Ilha, primeira escola a se apresentar neste domingo.

Além de Madonna, estão no camarote o governador Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

C/ Informações da Folha Online e foto Joel Silva

Dilma chega ao Rio para assistir ao desfile das escolas

Após ter acompanhado o carnaval em Recife e Salvador, ontem e hoje, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, chegou ao sambódromo do Rio de Janeiro faltando cinco minutos para as 22 horas, para a primeira noite de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Dilma revelou sua preferência pela Mangueira, escola que, no entanto, só desfilará amanhã (15).

Quando questionada sobre qual cidade era mais animada no carnaval, Dilma foi diplomática. "Somos tão criativos que conseguimos ser bons nos três carnavais", afirmou. Dilma disse ainda que considera o carnaval "uma libertação" para esquecer os problemas do dia a dia.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que acompanhava a ministra, brincou que estava atuando como "segurança da Dilma". A ministra disse que encerrará hoje, no sambódromo, a maratona carnavalesca e que vai descansar na segunda e na terça-feira.

 Ela pretende recarregar as energias para participar da convenção nacional do PT, de 18 a 20 de fevereiro, em Brasília. Na ocasião, Dilma deve ser oficializada como pré-candidata do partido à Presidência da República.

C/ Veja on line

Polícia Federal retira TV da sala onde Arruda está preso

O governador afastado José Roberto Arruda (sem partido-ex DEM) não poderá assistir ao desfile da Beija Flor, a escola em que o governo dele injetou R$ 3 milhões de patrocínio para encenar, na avenida, o enredo alusivo aos 50 anos de Brasília.

Por precaução, a Polícia Federal retirou o aparelho de TV da sala onde ele está recolhido, o gabinete da Diretoria Técnico-Científica (Ditec). Pela programação da Sapucaí, a Beija-Flor deverá encerrar o desfile do primeiro dia na madrugada desta segunda-feira (13).

Preso há três dias por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por tentativa de corrupção de testemunha no inquérito que investiga o mensalão do DEM, Arruda está deprimido, segundo relato das poucas pessoas que tiveram contato com ele, e evitou receber visitas.

C/ Agência Estado

Jovens de 12 anos podem fazer teste de Aids sem autorização dos pais

A segunda fase da campanha de prevenção à Aids do Ministério da Saúde, que começa depois do carnaval, estimulará a população, especialmente os jovens, a fazer o teste para diagnosticar a infecção pelo vírus. Dados do Ministério da Saúde mostram que o maior aumento do contágio é entre os jovens, as mulheres e os homossexuais com idade entre 13 e 19 anos.

Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira, feita pelo Ministério da Saúde em 2009 mostrou que 64,8% das entrevistadas do sexo feminino entre 15 e 24 anos eram sexualmente ativas e 44% realizaram o exame pelo menos uma vez.

O Estatuto da Criança e do Adolescente define adolescente a partir dos 12 anos. Com esta idade eles não precisam de autorização dos pais para fazer o teste.

Segundo Eduardo Barbosa, diretor adjunto do departamento DST/AIDS e Hepatites Virais, após fazer o exame, o adolescente é aconselhado a trazer um adulto para receber o resultado, mas ele tem o direito de confidencialidade e sigilo, se preferir.

“Se o exame der positivo o paciente é encaminhado ao atendimento psicológico, mas os profissionais de saúde precisam avaliar as condições do jovem para receber a informação, conforme orienta o Conselho Federal de Medicina”.

De acordo com o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS) o jovem de 12 anos ou qualquer outra pessoa interessada em fazer o teste deve se dirigir a um posto de saúde, ou a um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). O exame é gratuito e sigiloso.

Todos os testes devem ser realizados de acordo com a norma definida pelo Ministério da Saúde e com produtos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS) e por ela controlados.

C/ Agência Brasil

Família não visita Arruda, apenas amigos e advogado vão à PF

O governador José Roberto Arruda (sem partido, na foto com a mullher, Flávia), preso na superintendência da Polícia Federal, passou o domingo de Carnaval sem receber a visitar de nenhum familiar. Segundo o advogado Thiago Bouza, que visitou Arruda neste domingo (14), o governador está "abatido, mas cada vez melhor".

Thiago Bouza é da equipe que defende Arruda no inquérito da Caixa de Pandora. "Ele está consciente do que está acontecendo e sabe que pode demorar (para ser solto). O governador está recuperando as forças", disse o advogado. Nas conversas, de acordo com o advogado, Arruda não demonstrou nenhum interesse em saber da repercussão de sua prisão, nem dos desdobramentos da operação Caixa de Pandora.

Bouza e Arruda conversaram sobre a prisão do sobrinho do governador, Rodrigo, acusado de ser o operador da tentativa de suborno a uma testemunha do mensalão do DEM. Segundo Bouza, Rodrigo está "muito bem".

Apesar de nenhum familiar ter visitado Arruda neste domingo, o governador recebeu a visita de dois amigos. O presidente interino do DEM distrital, Osório Adriano, visitou o governador pela manhã, mas foi barrado.

O colega Paulo Wilson, que agendou a visita, havia sido barrado --mas conseguiu se encontrar com Arruda. Ele entregou ao governador o livro "1876", do escritor Gore Vidal. O governador em exercício, Paulo Octávio (DEM), não visitou Arruda desde que assumiu a vaga. Mais cedo, uma senhora que se disse avó do governador tentou entrar na superintendência da Polícia Federal, mas foi barrada.

C/ Agência Folha

Um na cola do outro: Dilma e Serra em busca de votos no Carnaval da Bahia


 
 
Os ministros da Integração Nacional e da Casa Civil, Gedel Vieira Lima e Dilma Rousseff, confraternizaram juntos na tarde deste domingo (14) de Carnaval no camarote oficial da Prefeitura de Salvador. 

Dilma, pré-candidata à sucessão presidencial, que estava momentos antes no camarote do Governo, foi convidada por Geddel para cumprimentos no local, que estava recheado de autoridades municipais ligadas ao PMDB, a exemplo do prefeito João Henrique e do presidente da Saltur, Cláudio Tinoco. 

“Vim conhecer essa energia do Carnaval baiano e estou maravilhada com essa grande festa”, disse a ministra. Já Geddel disse que a presença da petista no local valoriza a festa e é uma boa oportunidade de fazê-la interagir com a cultura baiana.

Dilma acabou não se encontrando com o governador de São Paulo e adversário provável nas eleições deste ano, José Serra, mesmo que este estivesse a menos de 30 metros de distância do camarote ao lado.

SERRA

O radialista Jota Jota conversou na tarde deste domingo com o governador de São Paulo José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência da República, que visita o Carnaval de Salvador, com exclusividade para a Tudo FM. Na entrevista, o tucano que deverá rivalizar com Dilma Rousseff, disse que gostou muito de tudo o que viu na capital baiana até agora e ressaltou a alegria, a organização e o alto nível de canções que são tocadas no trio elétrico.

 “É um estado de grandes compositores e grandes talentos, por isto no Carnaval não poderia ser diferente", exaltou.

No final da entrevista, provocado a falar sobre política, Serra sepultou o assunto . “Eu estou dizendo por aí que eu vim aqui para brincar o carnaval. Política a gente deixa para depois”.

FLASHES

*Por volta de 13h20, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, chegou ao camarote oficial do Governo do Estado acompanhada de diversas autoridades baianas. Sorridente, ela foi recebida por uma ovação da platéia que acompanha o bloco Internacionais, puxado pelo cantor Tomate.

*Dilma, acompanhada do governador Jaques Wagner,  distribuiu bandanas amarradas para a multidão que seguia o trio elétrico. O espaço separado para a pré-candidata petista teve pouca gente, o que permitiu ministra liberdade de espaço e também um assédio discreto.

* O governador de São Paulo José Serra (PSDB) chegou a Salvador na tarde de sábado (13) e deixaria a cidade já neste domingo (14). Segundo sua assessoria, no entanto, Serra, que assistiu ao Carnaval do circuito Dodô do camarote da cantora Daniela Mercury, decidiu esticar a estada na capital baiana para  curtir a folia de Momo desta vez no Centro da cidade, no circuito do Campo Grande.

*A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, ficou muito impressionada com o clima do Carnaval de Salvador, segundo o governador Jaques Wagner. Ele acompanhou a ministra da Casa-Civil pela saída do Ilê Aiyê e comentou: “É natural, não é? Não tem disso no Rio Grande do Sul”. ( O Blog: deveria ter acrescentado  também Minas Gerais, terra natal de Dilma).

* Wagner reconheceu também que Dilma não foi lá muito desenvolta frente à multidão por estar diante de uma experiência muito nova para ela. Neste domingo, Dilma  ficou no camarote oficial do Governo do Estado à tarde,  levada pela primeira-dama, Fátima Mendonça, sua cicerone oficial por Salvador.

*Ivete Sangalo não parou o trio para render homenagens à trupe petista ao desfilar na frente do camarote oficial do Governo do Estado no Campo Grande, mas deu a Dilma Rousseff um momento especial que o saudado José Serra não teve. Cantou o hit “Cadê Dalila?” com versos ligeiramente alterados para registrar a presença da ministra-chefe da Casa Civil no local. “Vai buscar Dilminha. Vai buscar Dilminha ligeiro...”.

C/ Bahia Notícias e outro

Ladrões invadem casa de Silvio Santos em São Paulo


 Quatro homens invadiram na noite deste sábado (13), a residência do empresário Silvio Santos, dono do SBT, no Morumbi, zona sul de São Paulo, levando objetos da casa e um veículo Tucson, que foi localizado depois próximo à residência, segundo informações inicias da Polícia Militar. A assessoria de imprensa do SBT, porém, nega que a casa assaltada é de propriedade de apresentador ou de familiares.

Os bandidos entraram na casa vizinha, na Rua Antônio de Andrade Rabelo, por volta das 22h15, e pularam o muro, invadindo a casa do empresário e apresentador de TV. Uma das filhas e genro de Silvio Santos, além de um copeiro, estavam no local, segundo informações da polícia.

De acordo com policiais do 89.º DP, onde o caso foi registrado pelo copeiro, que trabalha na casa há anos, ninguém ficou ferido e nenhum dos ladrões foi preso. Quando policiais militares chegaram ao local, os assaltantes já haviam fugido.

Segundo depoimento do copeiro, ele chegava à casa quando foi rendido por dois homens, pelo menos um deles armado, e exigiram que ele ficasse na guarita. Um dos assaltantes ficou com o funcionário, enquanto o outro foi para dentro da residência, onde estavam os outros dois comparsas.

Os criminosos queriam informações a respeito de um cofre, sobre o qual o copeiro informou não ter conhecimento. Instantes depois, o quarteto fugiu levando o veículo. O copeiro informou que, para ter acesso à residência, o grupo rendeu seguranças de um imóvel vizinho.

Os moradores ainda não foram à delegacia informar quais objetos foram levados, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Segundo a polícia, as câmeras do circuito interno de segurança filmaram a ação e as imagens devem ser solicitadas pelas autoridades na tentativa de identificação dos bandidos.

Não é a primeira vez que a casa de Silvio Santos no Morumbi é alvo de criminosos. Em 22 de agosto de 2001 uma das filhas do apresentador, Patrícia Abravanel, foi sequestrada ao sair da casa no Morumbi e libertada alguns dias após o pagamento do resgate.

C/ Agência Estado