sábado, 3 de abril de 2010

Glória Maria volta ao ar após 2 anos afastada da Globo

 A jornalista Glória Maria vai voltar à Globo na próxima sexta-feira (9), após mais de dois anos longe das telas. Nesse dia, vai ao ar o primeiro "Globo Repórter" com a jornalista na função de repórter.

No final de 2007, Glória se desligou do "Fantástico", do qual era apresentadora há cerca de dez anos, para um período sabático. A jornalista Glória Maria, que deixou o 'Fantástico' em 2007, volta à televisão na próxima sexta no 'Globo Repórter'.

A volta de Glória será com uma reportagem especial sobre o sultanato de Brunei, no sudeste da Ásia. Ela vai mostrar como vive a população do país. Foi a primeira vez que uma equipe da Globo viajou até o país.

Lá, Glória vê ainda o sultão Hassanal Bolkiak, que raramente aparece em público e é considerado o governante mais rico do mundo. O "Globo Repórter" vai ao ar por volta das 22 horas.

C/ Folha on line

O Blog A volta de Glória Maria (iniciamos a carreira ao mesmo tempo no Rio- eu no jornal O Globo, ela na TV Globo- num tempo em que Gloria dividia com os meus colegas da Irineu Marinho a cobertura de um dos sequestros mais famosos da cidade, o do menino Carlinhos) representa sobretudo a vitória de um talento que construiu a sua própria carreira apoiada apenas na própria coragem e inteligência. Rever a melhor repórter de vídeo do país de novo em ação vai ser um prazer. Pena que não volte também  ao Fantástico para nos livrar da dupla chatíssima formada por Patrícia Poeta e Zeca Camargo.

Projeto que facilita acesso de deficientes à praia chega domingo em Copacabana. O ES aguarda o seu

Enquanto o Espírito Santo aguarda que se torne realidade a proposta idêntica apresentada pelo deputado estadual petista Cláudio Vereza ( veja neste blog), no Rio de Janeiro, o projeto “Praia Para Todos”, que tem por objetivo tornar a praia acessível a pessoas com necessidades especiais, chega neste domingo à Praia de Copacabana, na Zona Sul da cidade.

O projeto, que tem um caráter rotativo, funcionou por três meses na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A proposta é montar, todo domingo, uma infraestrutura com equipamentos como esteira na areia para facilitar a movimentação de cadeiras de rodas, cadeiras “anfíbias” que podem flutuar na água, rampas de acesso à areia, vagas de estacionamento reservadas e tendas de apoio.

Também são oferecidas atividades esportivas adaptadas para deficientes, como vôlei e surfe.

Segundo balanço dos organizadores do projeto, mais de 300 pessoas foram beneficiadas durante a passagem do “Praia Para Todos” na Barra da Tijuca. Na Praia de Copacabana, o projeto ficará instalado durante quatro domingos, ou seja, até o dia 25 de abril. Em maio, as instalações serão levadas para Ipanema, também na Zona Sul, e Piscinão de Ramos, na Zona Norte.

A iniciativa, da organização não governamental Espaço Novo Ser, surgiu a partir da ideia do biólogo e surfista Ricardo Gonzalez, que ficou tetraplégico. Amanhã, o “Praia Para Todos” ficará no Posto 5, das 9h às 14h.

C/ JB on line

O Blog: O deputado petista Cláudio Vereza- ele mesmo portador de necessidade especial- luta para ver implantado no estado o projeto que faz sucesso no Rio e recentemente foi lançado em São Paulo por José Serra, então governador.  Uma iniciativa dessa natureza merece uma mobilização popular para que se concretize. É fantastica!

Roberto Carlos cancela show no México porque mãe continua internada

 Roberto Carlos cancelou o show que faria esta terça-feira (6) no Festival Cultural de Zacatecas (México) devido à hospitalização de sua mãe no Rio de Janeiro por uma infecção pulmonar. Os assessores do cantor, de 68 anos, não se pronunciaram sobre o cancelamento, mas a apresentação foi excluída da agenda de Roberto Carlos no site oficial do cantor na Internet.

A mãe do autor de sucessos como "Detalhes" e "Amigo", Laura Moreira Braga, foi internada na quarta-feira em um hospital do Rio de Janeiro devido a uma infecção pulmonar e seu estado de saúde é considerado delicado.

Roberto Carlos era uma das principais atrações do Festival Cultural de Zacatecas deste ano e sua apresentação seria em um palco ao ar livre com entradas gratuitas. Os assessores do cantor também não se pronunciaram sobre as outras apresentações que Roberto Carlos tem previstas para os próximos dias.

Segundo sua agenda, o cantor se apresentaria em Miami no próximo sábado, data que coincide com o aniversário de sua mãe, e quatro dias depois em Boston. Igualmente, ele tem shows previstos em Nova York nos dias 16 e 17 de abril. A viagem também prevê para apresentações em maio em diferentes cidades do Peru, México e Estados Unidos. 

C/ Efe

Sai resultado de pesquisa Band/ Vox Populi: Serra tem 34% e Dilma 31%

Estes são os resultados divulgados pela TV Bandeirantes, há poucos instantes:

 PRIMEIRO TURNO

Dilma 31%; Serra 34%; Ciro 10%; Marina 5%

PRIMEIRO TURNO SEM CIRO

Dilma 33%; Serra 38%; Marina 7%

Não foi divulgado prognóstico para o segundo turno. O apresentador Boris Casoy falou, textualmente, sobre a pesquisa Datafolha, dizendo que ela é muito diferente da pesquisa Vox Populi.

Morre o ator Buza Ferraz

Recebemos neste sábado (3) uma mensagem do jornalista Marcelo Martins, comunicando o falecimento do ator Buza Ferraz. Tristeza para os capixabas:

"Acabo de ver a notícia da morte do amigo e ator Buza Ferraz, figura atuante no cinema e televisão brasileiras. Buza atuou no cinema capixaba estrelando ao lado de Tamara Taxman o curta-metragem "Mundo Cão", lançado em 2002, dirigido pela cineasta Sáskia Sá, cujo roteiro foi escrito por mim com a colaboração de outros parceiros e que acabou vencedor do 15. Vitória Cine Vídeo. Buza, sabedor das dificuldades de uma produção cinematográfica, ainda mais em Vitória, topou na hora em protagonizar um vilão no filme sem cobrar cachê.

O filme em questão - que rodou o país em diversos festivais - conta a história de Jolly, uma cadelinha bem-nascida e de indiscutível pedigree. Herdeira de uma fortuna, ela descobre que nem tudo no mundo é “bom pra cachorro”, pois vira alvo de cobiça do vilão (Buza) e sua amante (Tamara). Todos, inclusive a cadelinha, morrem no final e a fortuna se perde numa pasta no fundo da baía de Vitória, após dois criminosos em fuga num barco se desentenderem na partilha do dinheiro e jóias.

Se puder fazer um registro dessa passagem do grande Buza pelo nosso cinema, agradeceria muito.

Abraços, Marcelo Martins."

Registro feito. Nossos sentimentos aos familiares e amigos de Buza.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O sono de um discurso


O palco estava armado. Todos os holofotes iluminavam a festa de lançamento do PAC 2, segunda versão do principal programa de infraestrutura do governo Lula. A plateia, composta por 30 ministros, 16 governadores, prefeitos e sindicalistas, acotovelava- se num dos centros de convenções mais sofisticados de Brasília para assistir ao último grande evento de Dilma Rousseff como ministra da Casa Civil. Na visão dos convidados, era uma ótima oportunidade para Dilma dar a partida em sua pré-campanha à Presidência com um discurso mais emocionante. Mas sua fala de 50 minutos não empolgou. Ela, mais uma vez, fez uma apresentação técnica e cheia de números. Alguns integrantes do primeiro escalão do governo caíram em sono profundo e até o presidente Lula acusou o enfado. Foi o caso do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. Sentado atrás do vice-presidente José Alencar, ele dormiu de revirar os olhos durante pelo menos oito minutos.


Outro que apagou foi o chanceler Celso Amorim. Começou a dormir antes mesmo do pronunciamento de Dilma. Ao lado dele, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, cochilava. Os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo, e do Trabalho, Carlos Lupi, também brigaram contra o sono. Enquanto Mantega, Bernardo e Lupi não paravam de esfregar os olhos, Geddel bocejava. Sentado ao lado de Dilma, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixou a cabeça pender sobre o peito por cinco vezes. “Graças a Deus é o último Power Point de Dilma”, brincou um dirigente petista. O staff do PT garante, porém, que os pronunciamentos soporíferos de Dilma acabaram. “Os discursos técnicos de Dilma como ministra eram coerentes com o cargo. Falava a alta executiva do governo. O discurso de campanha será outro”, garantiu à ISTOÉ um guru da ex-ministra. Uma pequena demonstração já foi dada durante solenidade de posse dos novos ministros, evento que também marcou a despedida de Dilma da Casa Civil. Ela falou de improviso e conseguiu arrancar aplausos sinceros. Foi um começo.

C/ IstoÉ

Petkovich entra na guerra dos royalties do petróleo pelo Twitter


O meia sérvio Petkovich defendeu o Estado do Rio de Janeiro em relação à divisão dos royalties de petróleo em sua página do twitter. Na manhã desta sexta-feira (2), o ídolo do Flamengo disse que faz coro a favor dos fluminenses.

Sua atitude beneficia o Espírito Santo, que também é produtor e está na linha de tiro dos políticos interessados em ratear os royalties do petróleo do pré-sal entre todos os estados da federação (confira no blog) através da Emenda Ibsen.

"Galera faço coro a favor do Estado do Rio de Janeiro, com relação ao direito aos royalties do Petróleo", disparou Pet, para sensibilizar os seus seguidores. 

C/ JB Online e foto O Globo

Pela ordem

De Marina Silva, em visita a Garanhuns:

“Aqui Lula chorou, mamou e depois se tornou presidente.”

Necessariamente nessa ordem, por favor!

P/ Tutty Vasques

Corrida presidencial: pesquisa nova a caminho

O instituto Vox Populi concluiu quarta-feira (31) as entevistas de uma pesquisa eleitoral nacional encomendada pela Band. Ela deve ir ao ar sábado no telejornal da emissora. Será com os resultados dela na praça que o PSDB buscará na semana que vem animar a militância a se mobilizar pelo lançamento da candidatura de José Serra à presidência, marcado para o dia 10.

P/ Lauro Jardim- Veja on line

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Projetos do pré-sal recebem 80 emendas no Senado

Os quatro projetos que compõem o pacote do pré-sal receberam no Senado 80 emendas. É um prenúncio de que a tramitação será embalada pela polêmica e tende a consumir mais tempo do que desejaria o governo.

A maior quantidade de emendas (54) foi pendurada na proposta que institui o novo modelo de exploração do petróleo, a “partilha”. Esse pedaço do pacote, que já era o mais cabeludo, tornou-se objeto de apaixonada discussão depois de passar pela Câmara.

Os deputados injetaram no texto original uma emenda de autoria de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG). Ficou estabelecido que os Estados produtores de petróleo –Rio e Espírito Santos à frente –, deixam de receber tratamento diferenciado na divisão dos royalties.

O bolo passaria a ser dividido entre todos os Estados, mesmo os que não produzem nenhuma gota de óleo.

Entre 54 emendas que tratam dessa encrenca, destacam-se duas. Uma traz a assinatura do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Mantém o texto aprovado na Câmara. E obriga a União a abrir os cofres para compensar as perdas impostas aos Estados produtores.

A outra emenda, que deve centralizar as atenções, foi apresentada por uma dupla de senadores eleitos pelos Estados que mais produzem petróleo. Francisco Donelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES) sugerem que seus Estados continuem a receber fatias maiores do bolo dos royalties. Sugerem uma redivisão que impõe prejuízos à União.

As outras emendas apresentadas no Senado foram anexadas à proposta que destina parte do lucro do pré-sal a um Fundo Social (12)...

..Ao projeto que cria a nova estatal batizada de Petrosal (9) e à proposta que estabelece as regras para a capitalização da Petrobras (5).

C/ o Blog do Josias- Folha on line

PT aluga casa para Dilma por R$ 12 mil mensais

A ex-ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) já desocupou o imóvel funcional que ocupava na Península dos Ministros, em Brasília, para morar na casa alugada pelo PT que servirá como residência da pré-candidata do partido durante o período de campanha eleitoral à Presidência da República. O PT vai pagar cerca de R$ 12 mil mensais no aluguel da casa, que será mantida pela legenda ao longo do período de campanha. Na nova residência, Dilma se reuniu nesta quinta-feira (1) com assessores.

Morre Diego, o pequeno violinista do AfroReggae


O AfroReggae confirmou no início da noite desta quinta-feira (1) a morte de Diego Frazão Torquato, 12 anos, violinista e um dos alunos de música clássica das oficinas do grupo.

O menino ficou conhecido durante o enterro do coordenador do AfroReggae Evandro João da Silva, assassinado no Centro do Rio em dezembro do ano passado. Na ocasião, tocou violino chorando muito, sem conseguir conter a tristeza da perda. A foto desse momento de dor o projetou nacionalmente.

Diego estava internado no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, Rio, há mais de duas semanas, devido a infecção generalizada após cirurgia de apêndice. Na quarta-feira passada, os médicos informaram aos pais do garoto que ele sofria de leucemia. A morte de Diego constrangeu o grupo que ainda não se recuperou da morte violenta do seu coordenador.

Vale fecha preços de minério com a maioria dos clientes

A Vale informou nesta quinta-feira ( 1) que fechou acordos provisórios ou definitivos com a maioria dos seus clientes para venda de minério de ferro, dentro do novo regime de preços baseado em referências de mercado com mudanças automáticas a cada trimestre.

A mineradora não divulgou o novo valor negociado para o minério de ferro, que no mercado à vista chinês girava nesta quinta-feira em torno dos 156 dólares a tonelada, mais que o dobro do que custava há um ano.

A empresa brasileira, maior produtora de minério de ferro do mundo, informou por meio de sua assessoria que não comentaria valores.

Segundo comunicado da companhia, 90 por cento dos volumes contratuais já estão sob o novo regime flexível de preços. "Os acordos realizados, definitivos ou provisórios, compreendem 97 por cento de sua base de clientes de minério de ferro em todo o mundo", informou a companhia em nota.

A empresa ressaltou que a mudança na precificação do minério reflete o que foi anunciado anteriormente pela companhia, de que estava buscando a "implementação de uma nova política comercial, envolvendo, entre outros pontos, uma abordagem mais flexível com respeito aos preços".

Vale e as outras duas principais produtoras de minério de ferro do mundo --BHP e Rio Tinto-- estão há meses em negociação com siderúrgicas para chegar a um novo preço para a matéria-prima do aço. Segundo fontes da indústria, o aumento acertado entre a Vale e a BHP com seus clientes seria de cerca de 90 por cento.

O novo sistema gerou anteriormente reação negativa de parte de siderúrgicas chinesas e europeias, contrárias às mudanças no sistema e à magnitude das elevações dos preços.

C/ portal Exame

Meirelles fica no Banco Central

 Em tom solene e acompanhado de toda a diretoria do Banco Central, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, comunicou nesta quinta-feira, 1, a sua decisão de permanecer no cargo. Meirelles disse que a sua decisão atende ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também ao apelo da diretoria do Banco para que ele completasse o trabalho de mais de sete anos de consolidação da estabilidade de preços e de acumulação de reservas.

Ele disse que a estabilidade propicia algo importante para a população, que é o controle da moeda. Ele também destacou que a sua decisão vem no sentido de garantir a estabilidade da economia num ano cheio de desafios.

Meirelles afirmou ainda que a sua decisão de ficar no BC foi motivada pela avaliação de que, nesse cargo, poderia contribuir mais para consolidar a estabilidade e para a racionalidade do debate econômico. Ele disse que "nunca teve ambições políticas" e que considerou a "opção política" como um meio para colaborar para a consolidação da economia, que cresce de forma sustentada. "Meu maior objetivo é colaborar para a perenização da estabilidade", disse Meirelles, que usou essa mesma expressão ontem em seu discurso no evento de comemoração dos 45 anos do Banco Central.

Ao ser questionado sobre a opção eleitoral que fez em 2002 e, mesmo assim, dizer que não tem opção política, Meirelles respondeu que aquela decisão na época partiu do desejo de contribuir para o debate econômico do Brasil no sentido de apoiar o processo de criação de condições para o crescimento sustentável. "Por isso, a decisão de hoje é consistente com aquela decisão", afirmou.

Ao dizer que ficando no BC poderia contribuir mais para a consolidação do crescimento sustentável, Meirelles afirmou que quer concluir sua administração tornando ainda mais sólidos os fundamentos da economia brasileira.

Meirelles disse que não hesitou em tomar nenhuma decisão e afirmou que a sua filiação partidária buscou preservar seus direitos políticos. O presidente do BC disse que não se sentiu inviabilizado politicamente nas negociações sobre seu futuro. "Fiquei para contribuir para a racionalidade econômica."

C/Agência Estado

A emenda “estaca-zero” do pré-sal

O governo Lula já tem uma estratégia para tentar barrar a aprovação da emenda Ibsen no Senado. Essa proposta prevê a partilha de recursos petrolíferos sem distinção entre estados produtores e não-produtores. Numa reunião semana passada no gabinete do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, aliados encontraram uma saída para reiniciar toda a discussão sobre o novo modelo de exploração de petróleo.

O acerto é o seguinte: um senador da base deve apresentar uma espécie de proposta “estaca-zero”. A um dos projetos do pré-sal já aprovados pela Câmara, vai ser incluída uma emenda que, na prática, retorna a proposta inicialmente enviada pelo governo ao Congresso. O projeto original de partilha não continha qualquer definição quanto às alíquotas do pré-sal.

Foi o líder do PMDB e relator do projeto na Câmara, Henrique Eduardo Alves, que incluiu os percentuais na divisão da nova fonte energética. Após essa inclusão, a negociação política degringolou. Os articuladores da emenda “estaca-zero” acreditam que, recomeçando o jogo, será possível ao menos congelar o texto aprovado pela Câmara. Agradariam principalmente ao Rio de Janeiro, estado que poderia perder cerca de 7 bilhões de reais por ano em arrecadação se o texto de Ibsen virar lei.

Além de Lobão, participaram da reunião o líder e o primeiro-vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá e Gim Argello, o líder do PMDB, Renan Calheiros, e o ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha.

C/ Lauro Jardim

Ex-candidata a vice-presidente dos EUA é eleita mentirosa do ano

Um site americano especializado em política, o PolitiFact.com, elegeu a ex-candidata à vice-presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Sarah Palin, como a mentirosa do ano.

De acordo com o site, que é um projeto do jornal St. Petersburg Times, do Estado da Flórida, a declaração da ex-candidata postada em sua página do Facebook, de que o presidente Barack Obama planejava introduzir "jurados da morte" no sistema de saúde americano, foi a grande mentira de 2009.

"Meus pais ou meu bebê com Síndrome de Down terão que comparecer perante aos "jurados da morte" de Obama, para que seus burocratas possam decidir se eles podem ter plano de saúde", escreveu Palin em agosto, no auge do debate sobre a polêmica proposta de Obama de reforma do setor de saúde.

A declaração, que se referia ao suposto plano do governo de criar painéis para determinar se idosos e portadores de deficiência poderiam receber assistência médica, iniciou uma série de debates em jornais, talk-shows, blogs e reuniões políticas, de acordo com o PolitiFact.com.

A página disse que a declaração de Palin foi mencionada quase 6 mil vezes nos dois meses que se seguiram. O PolitiFact.com consultou leitores, especialistas de ambos os lados políticos e descobriu que nunca houve planos de introduzir os chamados "jurados da morte" .

EUTANÁSIA

O PolitiFact.com afirmou que não foi a primeira vez que os opositores dos planos democratas para o sistema de saúde fazem alusões à eutanásia para falar sobre as propostas de reformas.

Em fevereiro, de acordo com o site, um editorial conservador na página do Washington Times comparou os planos de mais verbas para tecnologia de informação em saúde com programas da Alemanha nazista.

No entanto, o programa de reformas proposto pelos democratas na Câmara dos Representantes em julho apresentava uma série de propostas de mudanças, mas não promovia a eutanásia.

Esta foi uma das razões de o PolitiFact.com ter escolhido a afirmação de Palin como a vencedora da primeira pesquisa sobre a "mentira do ano" promovida pelo site.

"Os leitores do PolitiFact.com, em sua grande maioria, apoiaram a decisão. Cerca de 5 mil votaram na pesquisa nacional para indicar a maior mentira e 61% escolheram (a afirmação) os "jurados da morte" entre os oito finalistas", declarou o site.

C/ BBC Brasil

Lula deixa o Palácio da Alvorada e encontro com Meirelles não é confirmado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou há pouco o Palácio da Alvorada e já está no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) onde funciona a sede provisória da Presidência da República. Há pouco, Lula teria recebido na Alvorada o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A expectativa é de que no encontro Meirelles comunicasse a Lula sua decisão sobre seu futuro político. O encontro, porém, não foi confirmado pela presidência da República.

Segundo uma fonte, Meirelles teria chegado ao Alvorada antes mesmo do presidente Lula, que participou até cerca de 13h30 do encerramento da I Conferência Nacional de Educação. A sua presença não foi confirmada oficialmente. Nenhum dos jornalistas que estavam na portaria do Alvorada viu Meirelles sair do Palácio.

Pela manhã, o presidente Lula recebeu no Alvorada os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Defesa, Nelson Jobim. Como os carros oficiais dos ministros têm vidros escurecidos por película, não foi possível identificar os ocupantes dos automóveis.

A agenda do presidente prevê para esta tarde uma reunião com o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage. Em seguida, recebe a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Miriam Belchior; e depois a chefe do gabinete-adjunto de Informações em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal da Presidência, Clara Ant.

Mais tarde, a agenda prevê despacho interno e, depois o presidente ainda reúne-se com o ministro da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. O último compromisso oficial previsto na agenda do presidente é às 18h, quando ele receberá o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg.

C/ Estadão

Ativista da reforma agrária é assassinado no Pará

Um proeminente ativista a favor da reforma agrária na Amazônia brasileira foi assassinado a tiros, informou a polícia de Redenção, no Estado do Pará, nesta quinta-feira, 1. Pedro Alcântara de Souza foi morto com cinco tiros na cabeça por dois pistoleiros na quarta-feira, 31, à noite. Ele era presidente da Federação da Agricultura Familiar (Fetraf).

O crime aconteceu horas depois do anúncio de que o julgamento do suposto assassino da monja estadunidense Dorothy Stang tinha sido adiado pela justiça.

Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, é o único preso dentre os acusados pela morte da missionária.

Grupos defensores dizem que os conflitos locais entre rancheiros e camponeses pobres já provocaram cerca de 1.200 assassinatos nos últimos 20 anos.


CASO DOROTHY STANG: JULGAMENTO É ADIADO.

A ausência de advogado de defesa do acusado de ser o mandante da morte da missionária no caso Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, provocou o adiamento do júri de Vitalmiro Moura, o Bida, que seria realizado nesta quarta-feira, 31, para o próximo dia 12 de abril, de acordo com informações do Tribunal de Justiça do Pará.

Segundo o Tribunal, a ausência do advogado Eduardo Imbiriba foi vista pela Promotoria como uma estratégia para transferir o julgamento. O advogado, em petição encaminhada ao juiz Raimundo Moisés Flexa, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belém, argumentou que o não comparecimento se deu em virtude de que aguardaria, primeiramente, o julgamento de recurso de habeas corpus em favor do réu, pelo Supremo Tribunal Federal, o qual não tem efeito suspensivo.

O juiz lamentou o adiamento da sessão, por conta do alto custo para o Poder Judiciário e de toda a logística para o julgamento e, desde já, com fundamento no artigo 456 do Código de Processo Civil, designou os defensores públicos Alex Noronha e Paulo Bona para atuarem na assistência do réu no julgamento remarcado para o dia 12.

De acordo com o Tribunal, esta seria a terceira vez que Vitalmiro enfrentaria julgamento popular pela morte da missionária. Na primeira, em sessão nos dias 14 e 15 de maio de 2007, o réu foi condenado por decisão do Conselho de Sentença a 30 anos de reclusão.

Como a pena foi superior a 20 anos, Vitalmiro teve direito a novo júri (benefício que ainda vigorava na legislação penal antes da reforma que eliminou essa possibilidade), e foi novamente a julgamento nos dias 5 e 6 de maio de 2008. Dessa vez, o acusado foi absolvido.

O Ministério Público e a Assistência de Acusação recorreram ao segundo grau do Judiciário paraense, requerendo a anulação do julgamento, alegando que a decisão foi contrária à prova dos autos.

C/ Estadão

Meirelles chega ao Palácio da Alvorada para falar com Lula

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, chegou há cerca de uma hora no Palácio da Alvorada, para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é de que, nesse encontro, Meirelles comunicará a Lula sua decisão sobre se fica no BC ou se sai para disputar um cargo eletivo.

Embora muitos ministros tenham deixado no dia 31 de março, como a ex-ministra Dilma Rousseff, o prazo para a desincompatibilização termina em 3 de abril.

C/ Estadão.

The Economist critica "Estado forte" defendido por Lula e Dilma


A revista The Economist critica a postura do governo Lula ao afirmar que o país está "se apaixonando novamente pelo Estado". Na edição que chega às bancas nesta semana, a publicação britânica questiona se o Brasil está aprendendo as lições erradas da recuperação econômica, diante do papel mais forte assumido por empresas estatais após a crise.

A revista destaca declarações da presidenciável Dilma Rousseff sobre o desempenho de instituições como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES após a quebra do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, que impediu um mergulho da economia brasileira. A publicação reconhece que o país reagiu rápido e a breve recessão de 2009 foi como um "pulo no trampolim", já que a previsão é de crescimento de 6% neste ano.

Para a The Economist, as afirmações de Dilma podem ser vistas como retórica pré-eleitoral, para ganhar votos de membros do Partido dos Trabalhadores.

- Durante muito tempo, o PT acreditou em um socialismo fora de moda. Foi somente depois de seu fundador, Luiz Inácio Lula da Silva, ter descartado isso que ele foi eleito presidente, após a quarta tentativa, em 2002 - diz a publicação.

Apesar do discurso de Dilma, a revista não acredita em mudanças no atual balanço entre os setores público e privado no Brasil, já que o Estado não tem recursos suficientes para construir estradas, rodovias e aeroportos. 

- Mas há muita evidência de que Lula, que muitos esperam que continue no poder atrás do trono se Rousseff ganhar, agora acredita que um maior papel para o Estado pode ser bom para o Brasil - escreve.

Conforme a The Economist, Lula criou oito novas estatais, lançou recentemente uma proposta para reviver a Telebrás, "o defunto do monopólio estatal de telecomunicações", e anunciou que a Eletrobras deve ser ampliada para se tornar a "Petrobras do setor elétrico".

Além disso, a Petrobras ampliou a presença na petroquímica Braskem e o BNDES e fundos de pensão de estatais aumentaram as participações em diversas empresas privadas. A revista reconhece que foi útil o papel de instituições como o Banco do Brasil quando o crédito secou, no fim de 2008. Mas avalia que os bancos privados também passaram bem pela crise, sem a necessidade de resgate pelo governo.

Para a publicação, a pressão para reinventar estatais "também ignora o sucesso da privatização". A Petrobras só se tornou líder em exploração em alto-mar depois que dois quintos de suas ações foram listadas em Bolsa, acredita a The Economist. Além disso, avalia, a Vale passou de um conglomerado de tamanho médio para uma das maiores mineradoras do mundo após a sua venda para o setor privado.

C/ Zero Hora

Indefinição de Meirelles tem nome e sobrenome: Nelson Barbosa

A informação é do repórter Luciano Pires, do Correio Braziliense: a demora do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em deixar o cargo para concorrer nas próximas eleições decorre da sua resistência em aceitar Nelson Barbosa (foto), secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, em seu lugar.

Nos últimos dois dias, a agora ex-ministra Dilma Rousseff operou nos bastidores para convencer o presidente Lula a nomear Barbosa para o comando do BC, o que Meirelles vê como uma ameaça à estabilidade do país, devido aos ruídos que criará nos mercados.

Meirelles havia acertado com Lula fazer do diretor de Normas do BC, Alexandre Tombini, o seu sucessor. Mas Dilma resolveu entrar no circuito e premiar o principal formulador de seu programa econômico. Barbosa, no entanto, é visto com ressalvas pelos investidores, por sua postura a favor de uma política monetária mais flexível, ou seja, juros mais baixos.

O presidente do BC ainda acredita que conseguirá demover Lula do que ele classifica como "loucura". Do contrário, preferirá sacrificar seus planos políticos e ficar no BC até o fim do atual mandato.

C/ Blog do Vicente (Correio Braziliense)

Grupo português compra jornal "O Dia', o 4º maior do Rio de Janeiro

Foi fechada ontem (31) à noite no Rio de Janeiro a compra do jornal carioca O Dia pelo grupo português Ongoing, que desembarcou no Brasil no ano passado quando lançou o diário Brasil Econômico. O Ongoing pagou 75 milhões de reais pelo jornal da família Carvalho.

O negócio será oficialmente anunciado hoje (1). Nos últimos anos, várias foram as tentativas de se vender O Dia. Negociaram com a família desde emissários de Anthony Garotinho até o bispo Edir Macedo.

O Dia foi fundado em 1951 pelo ex-governador paulista Adhemar de Barros, mas logo passou para Chagas Freitas, então deputado federal e que depois virou governador (duas vezes), primeiro da Guanabara e depois do Rio de Janeiro. Em 1983, Chagas, com a saúde debilitada e no ocaso político, vendeu O Dia ao empresário gaúcho Ary Carvalho.

O jornal que já foi líder de vendas no Rio de Janeiro, hoje é o quarto mais vendido no estado - embora seja o segundo em faturamento. Com o negócio, os portugueses tornam-se também donos do Meia Hora, tablóide de extrato ultrapopular, e do diário esportivo O Campeão.

O Ongoing enfrentará um desafio de bom tamanho para recuperar o jornal num mercado que é o quartel-general das Organizações Globo. A transação representa também a expansão do grupo Ongoing, que planeja também abrir um diário em Brasília.

(Por Lauro Jardim/ Veja on line)

Projeto da Câmara acelera julgamento de intervenções no STF. ES tem 8 pedidos

Em meio à expectativa de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o pedido de intervenção da União no Distrito Federal, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou ontem (31) projeto que regulamenta o processo envolvendo os Estados.

Atualmente, o STF tem 129 pedidos de intervenção federal. O Espírito Santo ocupa o terceiro lugar no ranking dos estados com maior número de pedidos de intervenção: oito no total, relacionados a precatórios.

Se um recurso com assinatura de 51 deputados não for apresentado em cinco dias, pedindo que o plenário avalie a proposta, o texto segue para sanção do presidente Lula. Pelo texto aprovado, o pedido do procurador-geral da República para intervenção da União poderá ser analisado de forma liminar, portanto, urgente. Neste caso, o relator pode decidir ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, o advogado-geral da União ou o procurador-geral da República, antes da votação do pedido.

O prazo das audiências não pode ultrapassar cinco dias contados a partir do recebimento do pedido de intervenção. Os pedidos de liminares somente serão aprovados pela maioria absoluta dos membros do STF.

Pela proposta, fica estabelecido que a decisão final sobre o pedido terá que ser tomada com a presença de oito dos 11 ministros do STF e contar com o voto de pelo menos seis ministros. Não caberá recurso contra a decisão. Caso o STF decida pela procedência do pedido de intervenção, o presidente da República deverá ser informado para que publique o decreto de intervenção e submeta-o à análise do Congresso em até 15 dias.

O STF tem 129 pedidos de intervenção na fila de julgamento – sendo que a maioria das ações envolve o governo de São Paulo. O caso do Distrito Federal é considerado diferente por envolver uma crise política e terá prioridade no STF porque precisaria ainda que um interventor fosse nomeado.

Nos outros casos, que estão espalhados por 12 Estados, a intervenção poderia ser resolvida com medidas mais simples, como o sequestro das receitas do Estado. Os pedidos em sua maioria têm como órgão de origem os Tribunais de Justiça dos Estados, o Tribunal Superior do Trabalho e o próprio Supremo Tribunal Federal. A maior parte trata da execução de sentença de precatórios.


Estados com maior número de pedidos de intervenção, segundo o STF: São Paulo, 51; Rio Grande do Sul, 41 ; Espírito Santo, 8; Paraíba, 8; Rio de Janeiro, 5, e  Pará, 5.

C/ Zero Hora

Automóvel pode ficar até R$ 2 000 mais caro com a volta do IPI

Após 15 meses, terminou ontem  (31) o último incentivo fiscal para a compra de carros, e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos modelos flex (bicombustíveis) foi elevado. Para os carros 1.0, a alíquota sobe de 3% para 5% a partir de hoje. Já nos veículos com motorização entre 1.0 e 2.0, o imposto passa de 7,5% para 11%.

Com a elevação da carga tributária, a expectativa é que os preços desses veículos tenham um reajuste entre R$ 800 e R$ 2.000, de acordo com concessionários. Nesta quinta-feira (1), algumas montadoras devem começar a divulgar as novas tabelas.

A redução do imposto foi anunciada pelo governo em dezembro de 2008 como medida para contornar a crise global, que secou o crédito e derrubou as vendas do setor automotivo, provocando demissões em massa. Inicialmente, a medida duraria três meses, mas foi prorrogada três vezes.

Em novembro de 2009, nas vésperas da conferência sobre o clima em Copenhague, o governo decidiu manter os benefícios para os modelos flex, enquanto retirava a redução do tributo para veículos a gasolina.

Durante a vigência do IPI reduzido, foram os segmentos de carros 1.0 e 2.0 que tiveram melhor desempenho no mercado, com com aumento de 15% das vendas no período entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2010 -na comparação com os 14 meses imediatamente anteriores. Os licenciamentos de veículos 1.6 cresceram 3,28%, enquanto os com motor 1.8 recuaram 1,57%.

C/ Folha on line

Empresa de dono de boate em Guarapari recebe aditivo em contrato com o GDF

A empresa Juiz de Fora, fornecedora de mão de obra terceirizada, recebeu na semana passada, do Governo do Distrito Federal, juntamente com a Manchester, do mesmo ramo, aditivos que chegam a R$ 9,5 milhões em contratos assinados no ano passado com vigência até 2011. A Juiz de Fora pertence ao dono da boate Multiplace Mais, de Guarapari, Espírito Santo, Nelson Lawall.

As duas empresas operam em Brasília, depois de apontadas como participantes do "mensalão do DEM" no Distrito Federal e citadas no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo reportagem da Agência Estado nesta quinta-feira (1).

No governo interino do deputado Wilson Lima (PR) empresas como Link Net, Politec Tecnologia, Uni Repro, Adler Assessoria, Manchester Serviços e Juiz de Fora Serviços Gerais, entre outras citadas na investigação, permanecem na administração, informa a AE.

Quarta-feira (31), o Diário Oficial do Distrito Federal publicou a prorrogação, até 2011, de um contrato entre a Secretaria de Estado de Governo e a Adler Assessoramento e Representações Ltda. Em três anos, a Adler recebeu, pelo menos, R$ 26,5 milhões do governo, dos quais R$ 9 milhões oriundos dessa secretaria.

Wilson Lima é candidato nas eleições indiretas que vão escolher dia 17 de abril o sucessor de José Roberto Arruda, preso na Polícia Federal e cassado por infidelidade partidária.

Na segunda-feira (29), foi publicada a contratação, sem licitação, da Politec Tecnologia da Informação pelo Banco de Brasília (BRB), dirigido pelo governo do DF. A empresa vai receber R$ 2,1 milhões por seis meses de serviços. O grupo Politec já recebeu, ao menos, R$ 50 milhões nos últimos três anos.
 Ex-secretário de Relações Institucionais e delator do esquema de corrupção, Durval Barbosa afirma em depoimento que a Politec fazia parte do esquema de arrecadação de propina para políticos. A empresa nega as acusações.

Já a Link Net Tecnologia teve um contrato prorrogado semana passada com a Secretaria de Esporte. A empresa ficou conhecida depois que seu dono, Gilberto Lucena, apareceu em um vídeo com Durval Barbosa em que discutem a distribuição de propina a integrantes do governo. Em depoimento, Durval afirma que Lucena entregava o dinheiro em caixas de papelão.

O governador em exercício, Wilson Lima, alegou, por meio de sua assessoria, que os contratos "foram prorrogados pelos titulares das respectivas secretarias, porque os mesmos prestam serviços considerados essenciais".

"As secretarias estão tomando providências para a realização de novo processo licitatório. Tal decisão foi baseada em iniciativa da Corregedoria-Geral da União, que autorizou, excepcionalmente, a prorrogação de contratos", ressaltou.

C/ Agência Estado

quarta-feira, 31 de março de 2010

França proíbe próteses de silicone exportadas para o Brasil

A Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (Afssaps) proibiu a venda, a exportação e a utilização de próteses mamárias de silicone de uma empresa do sul da França, a Poly Implant Prothèse (PIP), por suposta fraude na fabricação do produto.

Os implantes de silicone também eram exportados para vários países, inclusive o Brasil, afirmou uma porta-voz da agência sanitária francesa à BBC Brasil, sem precisar, no entanto, o volume vendido ao país. Em um comunicado divulgado na terça-feira, a Afssaps informa que o fabricante utilizou nas próteses de silicone um gel não autorizado pelas autoridades sanitárias.

A agência afirmou ainda que as investigações sobre irregularidades nas próteses foram iniciadas há duas semanas, quando tomou conhecimento de que o número de casos de reações inflamatórias e de rompimento das próteses da marca PIP era acima da média normal dos demais fabricantes do setor.

De acordo com Jean-Claude Ghislain, diretor de equipamentos médicos da Afssaps, os casos de trocas das próteses da PIP por motivo de rompimento representam “quase o dobro dos seus concorrentes”. Segundo as autoridades de segurança sanitária, cerca de 30 mil mulheres na França utilizaram os implantes dessa marca em cirurgias plásticas. As autoridades recomendam que as pacientes que usam essa marca de prótese consultem seus médicos.

“Temos dúvidas sobre as propriedades do gel utilizado por essa empresa, que pode justamente atravessar o implante e se espalhar pelo corpo. Por isso foi necessário proibi-lo rapidamente”, disse Ghislain.

Contatada pela BBC Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que está entrando em contato com as autoridades francesas e com os distribuidores da prótese no Brasil e só depois de conhecer mais detalhes sobre o caso irá se pronunciar sobre o assunto.

C/ BBC Brasil

Anistiados políticos já receberam R$ 2,8 bilhões, Lula e Dilma aguardam

Para se retratar dos prejuízos causados aos perseguidos pelo golpe militar de 1964, a União desembolsou, desde 2003, cerca de R$ 2,8 bilhões com o pagamento de pensões e indenizações aos anistiados políticos. Só neste ano, já foram gastos R$ 77,7 milhões, um sexto do que foi gasto no ano passado – R$ 465 milhões.

Em média, a União pagou R$ 383,6 milhões por ano, pouco mais de R$ 1 milhão ao dia, em pensões aos anistiados políticos desde o primeiro ano de vigência da atual lei de anistia (10.559/2002). Em 2008 o valor pago foi o maior da série, quando R$ 857,1 milhões foram pagos em pensões, indenizações únicas e do chamado retroativo.No ano passado, a média diária de gastos caiu para R$ 1,3 milhão.

Do montante pago até agora, pouco mais de R$ 2,6 bilhões (95%) foram destinados a civis, cidadãos comuns que tiveram, na avaliação da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, suas carreiras profissionais interrompidas pela repressão. Outros R$ 153,6 milhões foram pagos a militares das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) considerados dignos do direito à reparação econômica por serem contrários ao regime de exceção.

A Comissão de Anistia recebeu mais de 66 mil requerimentos, tendo julgado quase 55 mil deles. Em 14 mil  casos foi concedido algum tipo de reparação econômica; outros 22,5 mil receberam o pedido oficial de desculpas do Estado (anistia) e eventualmente algum outro direito. Outros 18 mil pedidos foram negados.

Ainda restam cerca de 11 mil processos a serem analisados. Segundo o balanço da Comissão, de 2001 a 2006, foram apreciados, em média, 4.463 por ano. Entre 2007 e 2010, a média foi elevada para 10 mil processos por ano.

Entre muitos processos aprovados pela Comissão de Anistia, estão os de algumas personalidades como o jornalista Franklin Martins (foto)– ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República –, Carlos Heitor Cony, Ziraldo Alves Pinto e Sérgio Jaguaribe, o Jaguar.

Além deles, os filhos do líder comunista Luiz Carlos Prestes, do ex-presidente João Goulart e do ex-governador Leonel Brizola também já tiveram os pedidos de anistia aprovados. Ainda aguardam a apreciação da Comissão de Anistia os processos de outros celebres, como é o caso do presidente  Lula e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

C/ Contas Abertas

Sarney passa bem e continua com o bigode

Operado na noite de terça-feira (30) para a remoção de um cisto benigno no lábio superior, o presidente do Senado, José Sarney, deve receber alta ainda nesta quarta-feira (31) do Hospital Sírio Libanês. A cirurgia durou uma hora e, às 23h30, ele já estava no quarto. O presidente do Senado deve ficar em São Paulo durante a páscoa, aguardando a retirada dos pontos.

Num procedimento semelhante a uma cirurgia plástica, em razão da delicada região em que se situava o cisto, a remoção foi feita dispensando-se a retirada do bigode do presidente. A incisão foi feita pela parte interna do lábio. Na próxima semana, Sarney já deve retomar seu trabalho em Brasília.

O problema foi constatado há duas semanas pelos médicos que atendem o presidente do Senado em Brasília. Os exames detectaram cisto benigno e Sarney seguiu para uma avaliação em São Paulo, onde optou-se pela remoção.

C/ Agência Senado

O Blog: Sarney costuma usar até arma quando se fala em tirar o seu bigode ( veja post neste blog), conforme ele mesmo confessa. Os médicos do Sírio Libanês não avaliam o risco que correram.

Líder do Governo diz que decisão sobre "royalties" deve ficar para depois das eleições

O líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a decisão sobre os royalties dentro do projeto (PLC 16/10) que estabelece o regime de partilha para a exploração de petróleo deverá ficar para depois das eleições, porque vai exigir uma negociação lenta e cuidadosa.

Jucá informou que todas as propostas serão analisadas com cuidado, inclusive a chamada emenda Ibsen Pinheiro, que modifica a distribuição dos recursos entre estados e municípios, afetando os contratos firmados no sistema de concessão, e que estão em vigor.

Sobre a proposta dos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES), que aumenta ainda mais a participação dos seus estados e diminui a parte que cabe à União, Jucá disse que o governo federal não poderá perder a participação que já possui. "Teremos uma negociação bem ampla, e em que todos terão que sair ganhando", disse o líder.

C/ Agência Senado

Brasil é líder em pensão por morte: gasta o equivalente a 3,2 do PIB.

O Brasil gastou R$ 101,605 bilhões com pensões por morte em 2009, o equivalente a 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O montante corresponde a 25% da despesa total da Previdência Social e é 3,5 vezes superior à média gasta pelos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a 4,5 vezes à das economias da América Latina.

No ano passado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) despendeu R$ 54 bilhões com pensões por morte. A União, por sua vez, gastou R$ 24,331 bilhões. Como as regras de acesso à pensão nos Estados e municípios são as mesmas da União, o economista Marcelo Abi-Ramia Caetano, do Ipea, calcula que em 2009 eles desembolsaram R$ 22,937 bilhões.

A razão para o gasto elevado está nas regras generosas de acesso ao benefício. A legislação brasileira diz que, quando morre, todo segurado da Previdência deixa pensão por morte para seus dependentes. Não há exigência de tempo mínimo de contribuição do segurado morto, ao contrário do que ocorre na maioria das nações pesquisadas no estudo. Também não se exige que o candidato à pensão por morte seja casado nem há limite de idade, enquanto muitos países restringem a concessão a pessoas jovens. Pela legislação brasileira, a pensão por morte se mantém inalterada em caso de novo matrimônio.

C/ Valor on line

"Lady Laura", mãe de Roberto Carlos, está internada no Rio

A mãe do cantor Roberto Carlos, Laura Braga, conhecida como Lady Laura, 94, foi internada por volta das 2h da madrugada desta quarta-feira (31), no Hospital Copa D´Or, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Segundo a família, o cantor acompanhou a mãe na ambulância.

Laura foi imortalizada na canção "Lady Laura", composta em parceria com Erasmo Carlos em 1978. Lady Laura é discreta e quase não é vista em público. Boletim médico divulgado nesta tarde informa que ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva do hospital com diagnóstico de infecção pulmonar. "Encontra-se em uso de ventilação mecânica e tratamento com antibióticos. Estável nas últimas 12 horas."

C/ Agência Estado

Cabral critica Gabrielli em NY por declarações sobre royalties


NOVA YORK - O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), criticou nesta quarta-feira o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, pelas declarações dele na véspera (30) a respeito da distribuição dos royalties no País, nas quais se mostrou contrário à destinação de 80,9% dos royalties para o Rio.

Para Cabral, o modelo atual funciona perfeitamente. "Gabrielli não devia falar sobre isso. A Petrobrás tem sua sede no Rio de Janeiro. Ele foi indelicado", disse o governador, durante o evento "Invest in Rio", para investidores estrangeiros, no The Plaza Hotel, em Nova York.

Cabral mostrou-se confiante na possibilidade de que a decisão da Câmara sobre royalties seja revertida. "Tenho certeza de que os deputados vão refletir sobre o que fizeram." Ele se referia à aprovação, pela Câmara, da chamada emenda Ibsen, que redistribui a receita de royalties de petróleo entre Estados e municípios e tira do Rio cerca de R$ 7 bilhões. Cabral disse ainda que uma mudança no marco regulatório do País seria "um equívoco".

C/ Agência Estado

'Governamos para o povo, não para os partidos', afirma José Serra na despedida

Com uma hora de atraso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), começou o discurso do balanço de seu governo à frente do Palácio dos Bandeirantes. "Governo, como as pessoas, tem que ter alma. A nossa alma, a alma desse governo é a vontade de melhorar a vida das pessoas, para que todos tenham oportunidade de melhorar", declarou Serra. "Governamos para o povo, não para os partidos", completou. Ele também negou a fama de centralizador. "Não sou centralizador. O pessoal de Brasília ri ironicamente. Mas o pessoal de São Paulo me conhece e sabe que não sou centralizador", acrescentou. 

O tucano iniciou seu discurso saudando a cúpula nacional do DEM, do PSDB e do PPS, principais partidos de sua base, todos presentes ao evento. Entre eles, Sergio Guerra e Tasso Jereissati (PSDB), Kátia Abreu, Rodrigo Maia e Gilberto Kassab (DEM), além de Roberto Freire (PPS).

Foram instalados dois telões no gramado que fica na frente do palácio, onde ficarão os filiados do partido. No Auditório Ulysses Guimarães, são esperadas cerca de 2.000 autoridades, como prefeitos, presidentes das câmaras municipais e líderes tucanos e de partidos aliados - foram enviados 4.000 convites oficiais pelo palácio, mas a expectativa é que apenas a metade compareça.

Em frente ao Palácio dos Bandeirantes, o governador destacou: "Me sinto revigorado, fortalecido, porque nós fizemos as coisas acontecerem em São Paulo." E completou: "Ainda temos 9 meses pela frente, e o governo será conduzido por um homem honrado, um patriota, que lutou pela democracia."

Anteontem, o diretório estadual expediu aviso aos militantes para que evitem ir com bandeiras e símbolos ao evento para não caracterizar campanha eleitoral antecipada.

Serra antecipou no Twitter que lembraria de seus "compromissos de vida" no discurso, repetindo o histórico profissional que traçou na última terça-feira, 30, em evento de vistoria das obras do trecho sul do Rodoanel Mário Covas. Nessa visita, o tucano afirmou que o seu único sentido de vida é dedicar-se às questões do povo e que saía do governo "contentíssimo" por suas realizações no comando do Estado.

STF arquiva inquérito contra Meirelles

Seja qual for a decisão sobre seu futuro político, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, tirou um peso das costas. O Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou um inquérito contra ele, por suspeita de crime contra a ordem tributária.

A decisão foi técnica. O relator do caso, Joaquim Barbosa, seguiu entendimento da Procuradoria-Geral da República, que solicitara o arquivamento. "Os fatos eram os mesmos que constavam de um inquérito anterior, que já tinha sido arquivado pelo ministro Marco Aurélio (Mello)", explicou o magistrado.

Barbosa arquivou o inquérito na segunda-feira. Em Brasília, a expectativa é que o Meirelles diga ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva se deixa ou não o governo ainda nesta quarta-feira. Ele teria pedido a Lula mais tempo para decidir se vai se candidatar.

O caso - Há uma semana, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou parecer ao Supremo pedindo o arquivamento. Ele argumentou que os fatos são os mesmos de outro inquérito, arquivado em 2007, que investiga a remessa de dinheiro para o exterior por meio de contas CC-5. "O Código de Processo Penal impõe o arquivamento, salvo se houvesse fato novo. E não havia nenhum fato novo", explicou Gurgel.

Segundo o procurador-geral, a Justiça Federal no Paraná reuniu casos que envolviam pessoas com domicílio em várias unidades da federação e mandou remetê-los para esses locais. A investigação chegou à Justiça Federal no Distrito Federal, que o remeteu ao STF. Por ter status de ministro, Meirelles tem foro privilegiado. "O fato deste objeto (o inquérito contra o presidente do BC) é um daqueles fatos contidos naquele (outro) inquérito. E aquele inquérito já havia sido arquivado", disse.

Na semana passada, o presidente Lula chegou a dizer que a investigação era "uma coisa do arco da velha". Meirelles divulgou nota no início do mês afirmando ver o caso "com serenidade".

C/ Veja Online

Madonna diz que a filha deveria usar roupas mais 'conservadoras'

Quem ouve o discurso de Madonna para a filha Lourdes Maria hoje em dia quase nem lembra de sua figura provocante no início da carreira na música. A cantora afirmou à revista US Weekly que gostaria que Lola, de 13 anos, escolhesse roupas mais "recatadas" ao se vestir.

"Torço para que ela seja mais conservadora na escolha das roupas. Isso não é irônico?", disse a diva da música pop. Ela fez questão de ressalvar, porém, que não teria coragem de impor qualquer mudança ao estilo da filha - que é inspirado, segundo a mãe, numa mistura do que a menina vê em hip-hop e nas aulas de balé com influências europeias e nas bandas que ela ouve.

"Pode-se dizer que está no DNA", confessa Madonna, que deve lançar com a filha, em agosto, uma coleção de roupas para jovens, chamada Material Girl. Toda a criação das peças ficará a cargo de Lola. "Tenho uma menina de 13 anos cheia de energia e com gás para criar. Ela está realmente trabalhando, e eu só fico orientando pelo celular", contou.

C/ Veja Online

James Cameron no Brasil

O diretor de cinema canadense James Cameron está no Brasil e afirmou, no último sábado, 27, em entrevista diretamente do coração da Amazônia, que seu último filme, "Avatar", foi feito para combater o ceticismo e conscientizar as pessoas sobre a necessidade de fazer algo contra a mudança climática. "Essa é a magia dos filmes: podem mudar a percepção da realidade" disse Cameron, que participou em Manaus do Fórum Internacional sobre Sustentabilidade da Amazônia. O cineasta explicou que as pessoas tendem a negar as consequências negativas da mudança climática expostas pelos cientistas ou em documentários como "Uma verdade inconveniente" do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, que também participou ontem do Fórum.

Cameron ressaltou que os argumentos racionais dos cientistas "não servem contra a carga emocional da negação" mas que, por outro lado, a emotividade de um filme pode sim mexer com as consciências. "Não pretendo ser um cientista nem um especialista, mas talvez seja preciso um artista para falar sobre a mudança climática", afirmou o cineasta, que acrescentou que "Avatar" pretende retratar a forma como a sociedade tecnológica trata a natureza. 

O diretor explicou que da mesma forma que os "Na'vi" (moradores do planeta em que se passa "Avatar") acham que todos os seres viventes estão conectados, os ambientalistas atuais demonstraram que todos os sistemas do planeta afetam uns aos outros e que, por esse motivo, nossas ações têm repercussões globais.

APELO AO PRESIDENTE LULA

O cineasta James Cameron, estrela do Fórum Internacional de Sustentabilidade, fez um apelo ao presidente Luis Inácio Lula da Silva em relação à construção da hidrelétrica de Belomonte. "A barragem vai destruir a vida das populações ribeirinhas. Eles são povos ameaçados como os Navi, mas não tem aquelas criaturas aladas para ajudar na luta", disse.

Cameron, que fez um sobrevoo sobre a floresta nos arredores de Manaus até o complexo de Anavilhanas, disse estar maravilhado com a floresta, mas descartou qualquer possibilidade de filmar fora de estúdios. "Talvez pense numa possibilidade de usar imagens da floresta em um documentário ou filme, mas não em fazer cenas dentro da mata".

Em seu discurso no Fórum, Cameron mostrou defesa engajada à proteção do meio-ambiente e disse querer ver seu filme mais recente como um ícone de defesa às florestas. "Avatar não é uma condenação à humanidade, mas um convite à ação".

Em sua visão, as mortes no Haiti não foram nada frente ao que vai acontecer com a humanidade com as mudanças climáticas nos próximos anos. "Só com os dois graus a mais na temperatura que o IPCC apontou para este século há pelo menos 42 espécies de plantas na Amazônia que não iriam sobreviver, além de comunidades ribeirinhas que devem desaparecer com a água dos rios de volume aumentado pelo degelo", destacou. "Estamos apenas em dúvida quanto ao quando, não ao se".

Pontuando sua fala com diversos elogios à gestão do governador Eduardo Braga (PMDB), "que administra o Estado brasileiro coma a floresta mais preservada", Cameron sugeriu que o mundo precisaria de seus "clones".

Não conheço nenhum outro lugar como o Brasil, onde o governo e as indústrias tenham essa preocupação ambiental, que é ainda maior no Amazonas". Mas, para o cineasta, são os países industrializados que deveriam se mobilizar para financiar a floresta em pé.

C/ Outros - foto Estadão

Serra convoca reunião com parlamentares e secretários antes de despedida

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), convocou uma reunião na tarde desta quarta-feira, 31, com todos os parlamentares e secretários que irão participar da despedida do tucano do governo do Estado.

Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra quer se despedir do governo de São Paulo falando diretamente ao eleitor paulista. O discurso que fará hoje, no Palácio dos Bandeirantes, não será um balanço recheado de números, mas uma prestação de contas em tom político, que lhe permita falar com emoção. "Eu não vou fazer balanço. Numeralha não vai ter", afirmou o governador.

O PSDB mobilizou 5 mil militantes para prestigiar a cerimônia em que ele anunciará a saída do governo e, por tabela, assumirá a candidatura presidencial. A ideia é mostrar que, no cenário nacional, ele "fará acontecer" muito mais por São Paulo e pelo Brasil.

C/ Estadão

Lula admite que Temer é nome para vice de Dilma

Foram duas as consultas de Henrique Meirelles ontem para decidir se fica ou se sai do governo, o que anunciará nas próximas horas. Antes de ir ao presidente Lula, ele esteve com o presidente do PMDB, Michel Temer.

De ambos ouviu que não é realista continuar sonhando com o lugar de vice na chapa de Dilma Rousseff. De Lula ouviu uma avaliação reveladora de que o presidente já se conforma com a idéia de Temer como vice de Dilma.

“A realidade política caminha para isso”, disse o presidente, segundo um interlocutor a quem Meirelles relatou o encontro.

De Temer, a quem disse que jamais disputaria o lugar de vice, Meirelles teve o apoio para se candidatar ao Senado, por Goiás.

Temer acha que ele somaria na campanha de Íris Resende contra Marconi Perillo – este também um desafeto político de Lula.

A última pesquisa Datafolha, que deu a Serra uma dianteira de nove pontos sobre a candidata do governo, desenhou o cenário esperado por Temer: Dilma precisa de um vice que traga votos. Meirelles traz segurança para a estabilidade econômica, mas não é do que mais necessita o governo. Temer, com o PMDB, dá substância eleitoral, que é do que a candidata de Lula mais precisa agora.

A reflexão a que Meirelles se dedica desde ontem, após o encontro com Lula, só considera portanto duas possibilidades: Senado ou BC.

A primeira não lhe encanta tanto quanto a vice-presidência.

Ao pedido de Lula para que fique no BC, soma-se a perspectiva nada desprezível de vir a ser uma das principais autoridades monetárias do mundo, caso se mantenha na carreira técnica.

Meirelles tem posição privilegiada no BIS, o órgão que reúne os bancos centrais de todo o mundo, o que o projeta seguramente para um cargo internacional de grande poder e visibilidade.

C/ João Bosco Rabello - Estadão

Dilma Rousseff se despede do governo para disputar a Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje o documento que empossa os 10 novos ministros durante solenidade no Palácio Itamaraty nesta quarta-feira, 31, para substituir os titulares candidatos. Lula assinou o documento que empossa os novos ministros. Depois de sete anos e três meses no governo, a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), deixa o cargo oficialmente.

No início de seu discurso, a pré-candidata disse que não irá falar de improviso porque "vão acontecer duas coisas: uma parte vou esquecer, e eu vou chorar muito". Dilma exaltou Lula ao afirmar que o presidente é "o mais brasileiro" dos líderes da história do País.

Sem conter a emoção, a agora ex-ministra-chefe da Casa Civil disse que "o governo do senhor é um momento importante, de ápice, de vitória", afirmou. "Talvez o mais longo momento de vitória de todos esses que lutaram experimentaram em sua vida." Ela citou as lutas contra a ditadura e por redemocratização, direitos, igualdade, justiça e liberdade. "A geração que me sucedeu conseguiu realizar seus sonhos. Seu governo mostrou que um País só pode ser soberano se seu povo tiver condições de sonhar".

Dilma também criticou aqueles que ela classificou como "os viúvos do Brasil que crescia pouco". Segundo ela, essas pessoas fingem ignorar que as mudanças no Brasil são substanciais. "Elas têm medo. Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados", disse.

A pré-candidata acrescentou que, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o povo não é coadjuvante. "É o centro das nossas atenções."

"Sob a sua liderança, presidente, que fez tanto, o Brasil está pronto pra fazer muito mais", afirmou a pré-candidata do PT. "Nós nos despedimos, mas não somos aqueles que estão dizendo adeus, somos aqueles que estão dizendo até breve", declarou.

"Nós fizemos parte da Era Lula. Vamos carregar essa história e contar para os nossos netos." De acordo com Dilma, "nós participamos da mudança do Brasil, mas nós também mudamos. Cada um de nós é uma pessoa melhor do que entrou".

Ao término de sua fala, a ex-ministra agradeceu ao presidente "por permitir esse encontro com o povo brasileiro, que fez o Brasil mais próximo do seu povo e provou o que nos sempre acreditamos, que o povo brasileiro é um povo extraordinário, que só precisava de apoio".

C/ Outros

terça-feira, 30 de março de 2010

"A sociedade não é palhaça", diz mãe de Isabella sobre pedido de anulação de júri.


A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, afirmou na noite de terça-feira (30), durante missa em memória da menina, que não acredita na possibilidade de anulação do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da garota, condenados pelo assassinato. "Na verdade, nada que foi feito (no julgamento pela acusação) foi errado. As pessoas que trabalharam foi com todo o empenho e toda a capacidade. Para falar alguma coisa, até mesmo na imprensa, tem que haver o mínimo de respeito com as pessoas. Tem que procurar manter o respeito mesmo porque a sociedade não é palhaça", disse, ao ser questionada sobre o pedido de anulação do júri pela defesa do casal Nardoni.

Sobre a condenação do pai e da madrasta de Isabella, Ana Carolina afirmou que "valeu a pena" esperar dois anos. "Era o que eu realmente esperava. Eu esperei muito por isso", enfatizou. Ana Carolina mostrou-se emocionada com as centenas de pessoas que compareceram à missa em memória de Isabella, cuja morte completou dois anos. "Não tenho como explicar. É muito carinho. É isso que me dá coragem para continuar", afirmou.

Além dela, o promotor Francisco Cembranelli, que foi convidado a acompanhar a celebração pela família, também refutou a possibilidade de um novo júri. "Não vai acontecer novo julgamento. Este júri foi o primeiro e último. Acredito que os tribunais (superiores) vão interpretar dessa maneira." Sobre a sentença proferida pelo juiz Maurício Fossen - 31 anos de prisão para Alexandre Nardoni e 26 anos para Anna Carolina Jatobá -, ele disse que "foi suficiente". "O resultado do julgamento para mim foi plenamente satisfatório", completou.

Aplaudido por cerca de 500 pessoas que participam da celebração em memória aos dois anos da morte de Isabella, ele abraçou a mãe da menina, o avô e outros familiares.

O avô materno de Isabella, José Oliveira, disse antes de o padre iniciar a cerimônia que a família "está saindo de uma ressaca de tensão que foi o julgamento".

Ele afirmou ainda que a defesa deu "um tiro no pé" ao "prender sua filha no fórum". Ana Carolina ficou isolada durante quatro dias em uma sala a pedido do advogado Roberto Podval para uma eventual acareação, que não ocorreu.

Antes do início da missa, realizada pelo mesmo padre que batizou a garota, Humberto Robson de Carvalho, foi formada uma fila imensa na porta da igreja para a distribuição de camisetas com a foto da garota.

C/ Informações e fotos G1

Tarifa de serviço bancário sobe até 33 vezes acima da inflação, diz Idec

As tarifas avulsas de serviços bancários subiram até 328% entre abril de 2008, quando o Banco Central (BC) instituiu novas regras para o segmento, e fevereiro deste ano de 2010. O porcentual supera em 33 vezes a inflação do período (9,88%). No caso dos pacotes de serviços, a maior variação foi de 65,8%, sete vezes superior à inflação.

Os números integram estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo. O levantamento, realizado pela economista Ione Amorim, foi feito com base nas informações que as instituições publicam em seus sites na internet. Participaram da amostra os dez bancos brasileiros que têm mais de 1 milhão de clientes.

"A principal conclusão que tiramos é de que as maiores variações são explicadas pelo realinhamento das tarifas com a média do setor", diz Ione. "Isso mostra que os bancos não trabalham pela menor tarifa, mas sim para estar junto dos outros, o que demonstra pouca concorrência."

No ranking de tarifas avulsas, o campeão do reajuste é o Banrisul, que pertence ao Estado do Rio Grande do Sul. Das dez primeiras posições, seis são ocupadas pelo banco estatal. Em primeiro lugar, com variação de 328,6%, ficou o fornecimento de folhas avulsas de cheques. Em abril de 2008, cada folha custava R$ 0,35. Em 28 de fevereiro deste ano, R$ 1,50.

No ranking de pacotes de serviços, o resultado foi mais pulverizado, mas também com preponderância do Banrisul – dono de cinco das dez colocações. Nesse levantamento, o campeão do reajuste foi o Banco Real, com o pacote Real Serviços Simples. A tarifa, que custava R$ 12,00 em abril de 2008, passou para R$ 19,90 no dia 5 de março deste ano – variação de 65,8%.

Os altos ganhos com tarifas e a falta de um padrão de cobrança levaram o BC a reorganizar as normas do segmento. A principal mudança se deu pela Resolução 3.518, que entrou em vigor em 30 de abril de 2008.

Guerra dos royalties: emenda de Casagrande e Dornelles não mexe em áreas licitadas

Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES) apresentaram nesta terça-feira (veja no blog) uma emenda para modificar a distribuição dos royalties da exploração do petróleo. Pela proposta, não se mexe na distribuição dos recursos das áreas já licitadas, cujos contratos de exploração já foram firmados.

Vamos discutir a distribuição dos royalties de agora para frente", disse o senador Dornelles. "Ao se alterar as regras vigentes está criando insegurança jurídica para os estados e municípios afetados, agredindo inclusive, princípios federativos", acrescentou.

Segundo o senador Dornelles, a emenda dá tratamento diferenciado a estados e municípios produtores e maior participação dos estados e municípios não produtores na questão dos recursos.

Pelo texto, no caso da exploração do petróleo em terra, os estados produtores ficarão com 6,125 %, os municípios produtores com 1,75 %, os municípios afetados por embarque e desembarque com 0,875 % e a União com 6,25 %. Isso, no caso da manutenção do percentual dos royalties ser de 15 % do que for arrecadado com a exploração, mesmo percentual aprovado pela Câmara, anteriormente era 10%.

O percentual a ser repassado à União de 6,25 % deverá ser distribuído com estados e municípios não produtores, de acordo com as regras dos fundos de participação, sendo 2,5% para estados e 2,5 % para os municípios e 1,25 % para o Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural, dos biocombustíveis e à indústria petroquímica.

Para a exploração do petróleo no mar, mantido o mesmo percentual de 15 %, a distribuição seria de 4,5 % para os estados produtores, 3,125 % para os municípios produtores, 0,875 % para os municípios afetados por embarque e desembarque e 6,5 % para a União distribuir 2,5 % para estados e igual percentual para municípios não produtores de petróleo, de acordo com as regras dos fundos de participação especial, 0,5 % para a Marinha, 0,5 % para o Ministério da Ciência e Tecnologia e 0,5 % para o Fundo especial do meio Ambiente.

Ainda de acordo com a emenda, a receita da União proveniente da comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos, obtida nos contratos de partilha de produção será destinada à formação do Fundo Social, no percentual de 55%, sendo 21,5% para a constituição do fundo especial, distribuído a todos os estados e Distrito Federal obedecendo as regras dos fundos de participação e os outros 23,5% destinados aos municípios pelas regras do Fundo de Participação dos Municípios.

A emenda terá agora que ser apreciada pelas comissões técnicas por onde o projeto que trata da exploração do petróleo sob o sistema de partilha está tramitando. Os senadores Dornelles e Casagrande disseram que essa emenda foi discutida entre os representantes do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e também de outros estados. Eles informaram que agora vão começar a negociar a proposta com representantes de outros estados e também com lideranças da Câmara.

Caso a emenda seja aprovada, o texto retornará à Câmara onde passara por nova apreciação.

C/ Folha on line