quinta-feira, 1 de abril de 2010

Empresa de dono de boate em Guarapari recebe aditivo em contrato com o GDF

A empresa Juiz de Fora, fornecedora de mão de obra terceirizada, recebeu na semana passada, do Governo do Distrito Federal, juntamente com a Manchester, do mesmo ramo, aditivos que chegam a R$ 9,5 milhões em contratos assinados no ano passado com vigência até 2011. A Juiz de Fora pertence ao dono da boate Multiplace Mais, de Guarapari, Espírito Santo, Nelson Lawall.

As duas empresas operam em Brasília, depois de apontadas como participantes do "mensalão do DEM" no Distrito Federal e citadas no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo reportagem da Agência Estado nesta quinta-feira (1).

No governo interino do deputado Wilson Lima (PR) empresas como Link Net, Politec Tecnologia, Uni Repro, Adler Assessoria, Manchester Serviços e Juiz de Fora Serviços Gerais, entre outras citadas na investigação, permanecem na administração, informa a AE.

Quarta-feira (31), o Diário Oficial do Distrito Federal publicou a prorrogação, até 2011, de um contrato entre a Secretaria de Estado de Governo e a Adler Assessoramento e Representações Ltda. Em três anos, a Adler recebeu, pelo menos, R$ 26,5 milhões do governo, dos quais R$ 9 milhões oriundos dessa secretaria.

Wilson Lima é candidato nas eleições indiretas que vão escolher dia 17 de abril o sucessor de José Roberto Arruda, preso na Polícia Federal e cassado por infidelidade partidária.

Na segunda-feira (29), foi publicada a contratação, sem licitação, da Politec Tecnologia da Informação pelo Banco de Brasília (BRB), dirigido pelo governo do DF. A empresa vai receber R$ 2,1 milhões por seis meses de serviços. O grupo Politec já recebeu, ao menos, R$ 50 milhões nos últimos três anos.
 Ex-secretário de Relações Institucionais e delator do esquema de corrupção, Durval Barbosa afirma em depoimento que a Politec fazia parte do esquema de arrecadação de propina para políticos. A empresa nega as acusações.

Já a Link Net Tecnologia teve um contrato prorrogado semana passada com a Secretaria de Esporte. A empresa ficou conhecida depois que seu dono, Gilberto Lucena, apareceu em um vídeo com Durval Barbosa em que discutem a distribuição de propina a integrantes do governo. Em depoimento, Durval afirma que Lucena entregava o dinheiro em caixas de papelão.

O governador em exercício, Wilson Lima, alegou, por meio de sua assessoria, que os contratos "foram prorrogados pelos titulares das respectivas secretarias, porque os mesmos prestam serviços considerados essenciais".

"As secretarias estão tomando providências para a realização de novo processo licitatório. Tal decisão foi baseada em iniciativa da Corregedoria-Geral da União, que autorizou, excepcionalmente, a prorrogação de contratos", ressaltou.

C/ Agência Estado

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