domingo, 6 de junho de 2010

Ataque à flotilha com mortes: 10 oficiais da Armada de Israel exigem de Netanyahu uma investigação

Dez oficiais da Armada israelense tornaram pública uma carta em que exigem do primeiro ministro, Benjamín Netanyahu foto), que designe uma comissão independente para investigar o ataque à Flotilha da Liberdade e deixe de responsabilizar os ativistas.

Na carta que colocaram na internet e que está também dirigida ao chefe do Exército, o general Gaby Ashkenazi, os oficiais, todos com patente de major, denunciam que a operação nas águas internacionais "terminou em uma tragédia militar e diplomática".

"Não estamos de acordo com o argumento de que houve um erro na informação de inteligência... e não aceitamos os argumentos de que houve más relações públicas. Cremos que o plano estava destinado ao fracasso desde o começo", diz a carta.

Os signatário são todos comandantes de patrulhas como as que perseguiram os seis barcos que formavam a Flotilha da Liberdade, em que morreram nove ativistas, no ataque pelos comandantes da elite militar israelense.

Israel sustenta que os ocupantes do barco 'Mavi Marmara', onde se registraram as mortes, não eram pacifistas, mas extremistas islâmicos que apoiam o terrorismo e cuja intenção era provocar um enfrentamento com os soldados. Como exemplo, Netanyahu cita a pacifica abordagem do 'Rachel Corrie' , no bado, sétimo barco de ajuda humanitária que tentava romper o boicote a Gaza.

A carta foi publicada quando Netanyahu estava reunido em Jerusalém com seus ministros mais importantes para decidir se Israel aceita ou não a oferta do secretário da ONU, Ban Ki-Moon, de criar uma comissão internacional para investigar os acontecimentos.

Depois de quatro horas de reunião, Netanyahu finalmente declinou da proposta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, de criar uma comissão internacional para investigar o ataque. "Eu disse ao secretário-geral da ONU que a investigação deve ser conduzida de forma responsável e objetiva e  que estamos buscando outras alternativas", declarou Netanyahu em encontro com os ministros do governo que militam em seu partido- Likud. (C/El Mundo- tradução de Maura Fraga)

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