sábado, 17 de outubro de 2009

Presos em contêineres: CNJ volta ao ES para inspeção

O Governo do Espírito Santo não solicitou ao CNJ o relaxamento do compromisso firmado para a retirada gradual dos presos de contêineres.

Por isso, o Conselho dará início nas próximas semanas a mais uma inspeção em presídios capixabas para verificar se as medidas para ampliar e higienizar o sistema carcerário estadual, previstas no compromisso, estão sendo cumpridas.

A decisão foi anunciada na noite de sexta-feira (16) após uma comissão especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos, constatar em visitas que as celas de contêineres do presídio de Novo Horizonte, que deveriam estar desativadas desde julho, permanecem em funcionamento e más condições de higiene da Casa de Custódia de Viana.

"Faz parte do termo de compromisso uma inspeção periódica do CNJ para verificação do cumprimento. Essa inspeção está prevista para ser feita ainda este mês ou no mais tardar no início do mês que vem. Seguramente o conselho está atento a esse tema e vai dar ampla publicidade à inspeção”, afirmou o juiz ErivaldoRibeiro, coordenador nacional dos mutirões carcerários promovidos pelo CNJ nos estados.

"Chegou a nós essa notícia de que o termo não está sendo cumprido, mas não temos essa informação oficial. Procuramos ouvir todas as partes envolvidas, porque eventualmente esta demora pode ocorrer pela segurança dos próprios presos”, disse Ribeiro.

Apesar de reconhecer que a criação de unidades prisionais, desativação de celas e demais providências constantes no termo firmado com o governo capixaba são “complexas e demandam tempo e investimento”, Ribeiro ressalvou que uma eventual intenção de não cumprir o acordo pode trazer outras consequências para o governo estadual.

"De início, não acreditamos que haja má vontade no cumprimento desse termo”, assinalou o juiz.Em relação especificamente às más condições higiênicas das unidades, Ribeiro reiterou ser um problema cuja solução não demanda grandes investimentos.

C/ o Correio Braziliense.

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