Em termos absolutos, o Brasil é o país sul-americano com o maior número de crianças desnutridas, com 1,129 milhão de casos. Esse número, entretanto, representa apenas 7% de todas as crianças com até cinco anos do país.
A informação faz parte do relatório divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que revela a existência de cerca de 195 milhões de crianças com até cinco anos em países em desenvolvimento com problemas de crescimento por causa da desnutrição.
De acordo com o documento, há nesses países também 129 milhões de crianças abaixo do peso na mesma faixa etária. A diferença nos números indica que algumas crianças podem estar recebendo alimentos de baixa qualidade que, embora as deixe com o peso aceitável, compromete seus crescimentos.
O Unicef calcula que um terço da mortalidade infantil em crianças até cinco anos em países em desenvolvimento tem relação com a desnutrição.
O novo relatório, que analisou 136 países em desenvolvimento, foi divulgado a poucos dias do início da Cúpula sobre Segurança Alimentar, que reunirá chefes de Estado em Roma, na Itália, entre os dias 16 e 18.
Das regiões analisadas no documento, a América do Sul é uma das que mais fez progresso para cumprir a Meta de Desenvolvimento do Milênio de diminuir pela metade as taxas de crianças desnutridas entre 1990 e 2015.
Segundo o estudo da Unicef, quase todos os países sul-americanos estão no caminho de atingir a meta. A África é a região do mundo com os piores resultados. Em termos absolutos, o Brasil é o país sul-americano com o maior número de crianças desnutridas.
O estudo concluiu que 63 dos 117 países que disponibilizaram dados sobre os esforços para cumprir a Meta do Milênio devem cumpri-la no prazo previsto. Há três anos, o Unicef havia calculado que 46 países dentre os 94 que forneceram dados cumpririam a meta.
Desde 1990, a proporção de crianças desnutridas em países em desenvolvimento caiu em um sexto, segundo dados da Unicef e fornecidos por outros órgãos como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Banco Mundial.
C/ a BBC Brasil
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