sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lobista que denunciou José Ignácio reaparece com "mensalão mineiro"

O lobista Nilton Monteiro, autor de denúncias que levaram a Assembléia Legislativa do Espírito Santo a abrir uma CPI para investigar o Governo José Ignácio, volta à cena nesta sexta-feira (13) atirando contra personagens envolvidos no "mensalão mineiro".

Monteiro afirma que o publicitário Marcos Valério ( foto) participou pessoalmente da elaboração das planilhas de caixa 2 que deram origem à investigação do mensalão.

O lobista é o responsável por abastecer a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) com documentos que levaram à denúncia contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) por participar do esquema.

Segundo ele, as planilhas, com detalhes de repasses de dinheiro a políticos aliados durante a campanha do parlamentar tucano ao governo de Minas Gerais, em 1998, foram preparadas em 2005, logo depois de estourar notícias sobre o suposto mensalão do PT.

O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, nega a acusação. "Qualquer coisa que venha desse senhor eu vou dizer que não é verdade", disse.

Monteiro explicou que a ideia de fazer a lista partiu de Marcos Valério e de Cláudio Mourão, ex-tesoureiro de campanha de Azeredo, e tinha dois objetivos.

Mourão queria usar os papeis para cobrar de Azeredo uma dívida remanescente da campanha e Marcos Valério, por sua vez, tentaria emparedar o PSDB com as provas de que, bem antes de atuar para o PT, havia prestado os mesmos serviços aos tucanos mineiros.

"Marcos Valério queria fazer com que o PSDB parasse com as acusações contra ele, por causa do mensalão petista", disse o lobista.

Para preparar os relatórios, destacou o lobista, Mourão e Valério recuperaram toda a memória do caixa 2 da campanha de 1998.

O plano inicial, disse, era utilizar os documentos só nos bastidores. Monteiro afirmou que foi convidado por Valério e Mourão para apresentar os papeis ao PSDB e tentar um acordo.

"Eu fui chamado para ser o negociador." Pelas mãos do próprio lobista, os documentos foram parar, depois, na PF e no MP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

C/ informações de O Estado de S. Paulo

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