quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CBF recusa patrocínio da Vale e Petrobrás para a Seleção


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve anunciar no início de 2010 mais dois patrocinadores para a seleção brasileira de futebol. Essas empresas vão se juntar a uma lista que já tem Volkswagen, Itaú, AmBev, Vivo, Nike, TAM, Gilette e o hipermercado Extra.
A seleção tem se mostrado um negócio tão bom que a CBF está fechando 2009 com o maior faturamento de sua história, de 200 milhões de reais. A confederação presidida por Ricardo Teixeira não revela quem serão os novos patrocinadores, mas já se pode saber de antemão que não serão nem a Vale nem a Petrobrás.

Segundo uma fonte da CBF, as duas empresas tentaram fechar com a entidade nos últimos meses, mas as negociações não prosperaram, e não foi por causa de dinheiro. O presidente Lula até teria pedido a Teixeira que aceitasse o apoio da Petrobrás.

Mas o cartola teria respondido a Lula que não quer associar a seleção a estatais - nem para-estatais, que é como o cartola vê a Vale. O veto é uma clara tentativa de blindar a seleção contra possíveis escândalos políticos ligados a patrocínio.

E tem a ver com a estratégia de recuperação de sua imagem pós CPI da CBF, que investigou os contratos entre a CBF e a Nike entre 2000 e 2001. Oficialmente, tanto a Vale como a Petrobrás negam que tenham tentado patrocinar a seleção. As duas empresas, no entanto, fizeram ações de marketing ligadas ao futebol recentemente.

A Vale apoiou o amistoso do mês passado do Brasil contra Omã, no Oriente Médio. Segundo a empresa, foi só para atender ao pedido do sultão de Omã (a mineradora tem investimentos de 1 bilhões de dólares em Omã). A cota, estimada em 2 milhões de reais, deu à Vale o direito de estampar a marca no ônibus que levou a seleção ao estádio.

Já a Petrobrás patrocinou o Brasileirão de 2009 e vai patrocinar o campeonato de futebol feminino do ano que vem. A Copa de futebol feminino é de responsabilidade da CBF, mas sua organização é terceirizada. Mais uma forma de
blindar a seleção contra possíveis contaminações de estatais.

C/ o portal Exame

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