Dez cidadãos americanos foram presos, acusados de tráfico no Haiti. As prisões ocorreram na sexta-feira (29), em Malpasse, principal passagem de fronteira entre o Haiti e a República Dominicana, quando os funcionários inspecionaram o veículo que levava os americanos e encontraram 33 crianças com idade entre 2 meses e 12 anos. A polícia suspeita que esta possa ser uma rede de adoção ilegal.
Os presos, cinco homens e cinco mulheres que estão sob custódia em Port-au-Prince, dizem pertencer a uma instituição de caridade, embora no momento da prisão não tivessem documentos para justificar a adoção de crianças ou provar que realmente eram órfãs.
Um dos presos alegou pertencer a uma organização de caridade chamada Refúgio de Vida Nova Juvenil e sustenta que não fez nada de errado. "Nós tivemos a permissão do Governo da República Dominicana para levar as crianças para um orfanato. Temos um pastor batista cujo orfanato aqui entrou em colapso total e ele nos pediu para levar as crianças para a República Dominicana", disse na cela da sede da Polícia Judiciária haitiana. "Eu estava voltando aqui para fazer a papelada. Nós somos acusados de tráfico de crianças. É algo que eu nunca faria".
O secretário haitiano de Assuntos Sociais, Yves Crystal, disse que essas ações são completamente ilegais. "A criança não pode deixar o Haiti sem a devida autorização e essas pessoas não tinham permissão para levá-las".
O caos no Haiti desde 12 de janeiro, devido ao forte terremoto, teve como consequência o tráfico de seres humanos, especialmente as crianças, muitas das quais ficaram orfãs. Organizações como Unicef e Cruz Vermelha já fizeram soar o alarme e os voluntários têm viajado para os campos de refugiados para alertar as mães a fim de que não percam de vista os seus filhos.
C/ El País
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