terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Operação Castelo de Areia: Casagrande reage contra denúncia do MPF-SP


O senador Renato Casagrande (PSB-ES), em entrevista ao Valor Econômico, reagiu contra o fato de ser apontado pelo Ministério Público Federal, em São Paulo, por supostamente receber propina da Construtora Camargo Correa. Apenas dois senadores constam da lista com 200 nomes, segundo a imprensa que não identificou o outro, do PSDB.

Segundo o jornal de São Paulo, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) criticou a atitude do MPF: “É uma irresponsabilidade muito grande o Ministério Público divulgar uma coisa dessas, sem dizer quem são os investigados, levantando suspeitas. Eu nunca tive relação alguma com a Camargo Corrêa, nunca recebi doações e minha única atuação em relação ao Aeroporto de Vitória foi buscar meios para que a obra, que estava parada, andasse e se fizesse uma nova licitação".

O MPF/SP encaminhou 18 representações, a diferentes autoridades, pedindo a abertura de investigações sobre 14 obras da Camargo Corrêa, em diferentes localidades do país e sobre o conteúdo da planilha que indica pagamentos a parlamentares supostamente beneficiados pela construtora. No Espírito Santo é citado o novo aeroporto de Vitória.

São casos em que há suspeita de crimes, improbidade administrativa e irregularidades eleitorais, mas que o MPF/SP não é competente para investigar por serem da esfera estadual ou por envolverem autoridades com prerrogativa de foro.

As obras sob suspeita são mencionadas nas planilhas e outros documentos apreendidos pela Polícia Federal, em 5 de maio deste ano, na construtora e com os diretores da empresa. Ao lado das menções às obras, são citadas autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo.

Os documentos levantam suspeitas da prática de corrupção ativa e passiva, crimes financeiros, além de atos de improbidade administrativa e eventuais ilícitos eleitorais. Menções a pagamentos a autoridades com prerrogativa de foro ocorrem na maioria de obras.

Foram encaminhadas à Procuradoria Geral da República, em Brasília, seis representações sobre obras em que são apontados pagamentos para senadores, deputados federais e membro(s) do Tribunal de Contas da União.

E também a cópia da planilha apreendida na busca e apreensão, que contém nomes de obras da Camargo Corrêa e indicações dos supostos beneficiados, dentre os quais parlamentares, por pagamentos em dólares e reais feitos pela construtora entre 1995 e 1998.

À PGR foi solicitado, ainda, que cópias sejam encaminhadas à corregedoria da Câmara e do Senado. Os nomes dos políticos e demais autoridades citados nos documentos apreendidos não serão revelados neste momento por tratar-se de fase indiciária, que requer investigação mais aprofundada na jurisdição e foro correspondentes.

No Espírito Santo será investigado o Aeroporto de Vitória -" com suposto envolvimento de senador do PSB", conforme informa o site oficial do órgão nesta segunda-feira (8).

C/ o MPF e Valor Econômico

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