A comitiva também falou com alguns adolescentes internos da Unis palco de recentes rebeliões. De acordo com Lúcia Elena Rodrigues, coordenadora-geral do Programa de Implantação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Pró-Sinase) da SEDH, os internos se queixam de um grande número de horas presos nas celas, porque não há espaço onde possam circular.
A falta de espaço é causada pela construção de novas alas na unidade. Boa parte do pátio é usada para guarda e uso do material de construção. Além da falta de espaço de circulação, os adolescentes não têm uma área adequada para tomar banho de sol.
“Esse lugar onde eles tomam banho de sol tem aquela concepção de presídio, com espaço aéreo gradeado, que cria um clima de opressão permanente. Isso para um adolescente é enlouquecedor”, assinala Lúcia Elena.
Na avaliação da coordenadora, a Unis “reproduz uma concepção do espaço físico que se assemelha a uma unidade prisional para adultos”. Ela avalia que o ideal é a que unidade seja desativada.
“A solução principal que a gente postula é que a Unis seja desativada. Para isso, outras unidades precisam ser edificadas. Isso já vem acontecendo”, reconheceu Lúcia Elena citando a construção de uma nova unidade em Cariacica e outras em Linhares e Cachoeiro do Itapemirim.
As duas últimas deverão ser entregues em fevereiro e a licitação para a construção da primeira já foi feita, informa a Secretaria de Justiça.Segundo o secretário de Estado de Justiça, Ângelo Roncalli, a Unis não será desativada, “mas vai deixar de existir nos moldes do que era. Não irá passar de 200 internos, divididos em três áreas independentes.
C/ a Agência Brasil
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