domingo, 4 de outubro de 2009

Lula rumo ao BIRD: o desafio de não ser "americano"

Um acordo informal de longa data determina que um cidadão dos Estados Unidos seja o presidente do Banco Mundial (BIRD), enquanto o diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) seja de um país europeu. Lula pretende quebrar a tradição.
Porém, embora o Estatuto Constitutivo não estabeleça a nacionalidade do presidente, existe outra barreira diante dele: tradicionalmente o diretor executivo dos Estados Unidos é quem faz a indicação para o cargo.
Se vencer esses desafios, Lula presidirá um banco não no sentido corrente, mas uma fonte vital de assistência financeira e técnica para os países em desenvolvimento de todo o mundo. Uma organização internacional de propriedade de 186 países-membros ( acionistas).
A sigla BIRD vem de "Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento". Sua união à Associação Internacional para o Desenvolvimento (AID) dá origem ao que é tradicionalmente conhecido como “Banco Mundial”.
O BIRD faz empréstimos para os países em desenvolvimento com renda per capita média, como o Brasil, a AID faz doações e empréstimos sem juros para os países mais pobres do mundo.
Para o comando do Banco Mundial, os países-membros elegem um representante e um adjunto para a Junta de Governadores, normalmente um ministro de estado, para um mandato de cinco anos.
Uma diretoria de 24 diretores executivos acompanha o trabalho, em reuniões duas vezes por semana em Washington para aprovar projetos e revisar as operações e as políticas do Banco.
Cinco desses diretores representam os países com maior número de ações no Banco, atualmente: Alemanha, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido. Os demais representam grupos de países; cada qual é eleito por um país ou um grupo de países a cada dois anos.
O estatuto do Banco determina que cada país subscreva obrigações de capital reembolsável que poderão ser requeridos de seus acionistas como reserva, caso venha a ser necessário. O valor depende do tamanho da economia do país. Esses recursos determinam o peso dos votos de cada país na Diretoria Executiva.
O Brasil subscreve US$ 4,02 bilhões do capital do BIRD, ou 2,07% dos votos. Com os demais países do grupo (Colômbia, Equador, Filipinas, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago), o peso do voto do Brasil sobe para 3,59%.
Robert Zoellick é o décimo primeiro Presidente do Grupo Banco Mundial. Ele é também o Presidente da Diretoria Executiva do Banco Mundial e preside as cinco agências do Grupo.
C/ o site do Banco Mundial.

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