A companhia prevê expansão da capacidade de celulose em 3 milhões de toneladas até 2020, volume inferior ao almejado na apresentação da empresa resultante da fusão em setembro, de adição de até 6,7 milhões de toneladas.
Conforme a direção da Fibria, não há intenção de se desfazer de outros ativos.
A unidade gaúcha foi vendida para reduzir a alavancagem do grupo, depois de perdas bilionárias com derivativos de câmbio e dispêndios relacionados à fusão que deu origem à companhia.
De acordo com o diretor de Tesouraria e Relações com Investidores da Fibria, Marcos Grodetzky, a companhia está trabalhando em operações de crédito com prazos de 5 a 10 anos junto a bancos, e anunciará em breve o novo perfil de seus passivos. A empresa terminou junho com dívida líquida de 13,4 bilhões de reais.
"Até o final de outubro teremos o total alongado", afirmou o executivo.
A Fibria informou nesta quinta-feira ter assinado contrato de venda da unidade Guaíba para a rival CMPC, semanas depois de um memorando de intenções firmado com o grupo chileno.
O pagamento por Guaíba será em duas parcelas, a primeira de 1 bilhão de dólares na conclusão do negócio, o que deve ocorrer em 15 de dezembro.
Os ativos vendidos pela Fibria à CMPC incluem uma fábrica de celulose de 450 mil toneladas e licenças e autorizações para um projeto de expansão que pode elevar a capacidade anual para 1,75 milhão de toneladas. Além disso, uma unidade de papel de 60 mil toneladas e terrenos com área de 212 mil hectares.
"A CMPC iria crescer de qualquer maneira, na Argentina, no Uruguai ou no Brasil", disse o presidente da Fíbria, Carlos Aguiar, ao ser questionado sobre a presença de mais uma concorrente em território brasileiro.
Apesar da venda de Guaíba, a Fibria manteve equipamentos industriais avaliados em 180 milhões de dólares que foram comprados para a expansão da unidade. Tais ativos serão usados em projetos futuros da companhia.
C/ o portal Exame.
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