A Fibria (fusão da Aracruz/VCP), maior fabricante de celulose de mercado do mundo, tem estratégias bastante distintas para os mercados de papel e celulose. Enquanto a produção do insumo é considerada prioritária, o mercado de papel é apontado como um segmento no qual a presença da Fibria é restrita.
A prioridade da Fibria para a próxima década é ampliar a atual capacidade de produção de celulose de 5,4 milhões de toneladas anuais para 9 milhões de toneladas por ano.
A produção de papel, por outro lado, deve se manter em pouco mais de 400 mil toneladas anuais de papel, caso nenhum ativo seja vendido.
A posição da direção da Fibria em relação ao segmento alimenta os rumores de que a companhia poderia vender as duas fábricas de papel, instaladas em Piracicaba e Limeira, ambas em São Paulo.
A unidade instalada praticamente na divisa entre Limeira e Americana é controlada pela Fibria e a concorrente Suzano Papel e Suzano, e por isso é considerado o ativo mais propício a ser negociado.
A venda da participação de 50% no Conpacel, no entanto, deve ser acompanhada da venda da fábrica de Piracicaba.
Apesar dos discursos de que os ativos de papel são atrativos, a decisão da Fibria de não traçar novos investimentos para o segmento pode ser encarado como desinteresse por parte da empresa.
Outro indicativo de que a venda das fábricas de papel é provável é o fato de que o negócio ajudaria a reestruturar o perfil da dívida da Fibria e minimizaria a necessidade de a empresa promover algum aumento de capital caso opte por acelerar o ciclo de expansão no segmento de celulose.
C/ o Portal Exame.
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