quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ministro da Defesa afirma que Ipea errou na avaliação dos aeroportos brasileiros


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou severamente o estudo sobre os aeroportos brasileiros apresentado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no dia 31 de maio. Para o Ipea, boa parte dos aeroportos está operando no limite da capacidade. “O Ipea partiu de diversas falsas premissas e apresentou dados absolutamente errados, resultando em um trabalho totalmente desqualificado”, afirmou o ministro.

Segundo ele, o estudo apresentou erros relativos à capacidade operativa dos aeroportos, além de informações sobre tributos que, há mais de dez anos, não mais incidem sobre peças e componentes de aeronaves. “Quando eu ainda era ministro do STF [Supremo Tribunal Federal] já havíamos decidido que alguns impostos citados pelo Ipea [como prejudiciais para a indústria aeronáutica] foram anulados ou reduzidos a zero”, disse o ministro.

Segundo o Ipea, nenhum dos dez aeroportos pesquisados – todos localizados em cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 – tem capacidade para dar conta dos pedidos de pousos e decolagens nos horários de pico.

Jobim rebateu praticamente todos os dados relativos aos slots (sistema de alocação de horários de chegadas e partidas de aeronaves). “O Ipea disse que em Brasília a capacidade era de operar 36 voos [por hora]. Errado! São 45 slots. Em Manaus disse que são nove. Errado também. São 12. Erraram também nos dados sobre os aeroportos de Guarulhos, da Pampulha e em outros”.

Segundo Jobim, para fazer a pesquisa, o IPEA só ouviu o setor empresarial. “A nós interessa o usuário. Ao Ipea interessa as empresas. Eles ouviram apenas o sindicato das empresas e deixaram de lado outros setores”.

Sobre a  Infraero, o ministro disse que ainda não é hora de tornar a estatal uma empresa de capital aberto. “Por enquanto, a Infraero é uma mera gestora e não possui patrimônio. Precisamos antes fazer um trabalho de reestruturação da empresa e conceder alguns aeroportos a ela, para aumentar seu capital e ajustá-la a um modelo empresarial típico”. (C/ informações do Correio Braziliense)

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