quarta-feira, 2 de junho de 2010

Adriano depõe no Rio e MP defende quebra de sigilo telefônico e bancário do atleta

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) considerou "gravíssimos" os fatos que colocam o atacante Adriano como "suspeito" no caso que investiga crimes de tráfico ilícito de drogas, associação para fins de tráfico e posse ilegal de arma de fogo praticados por integrantes da organização criminosa Comando Vermelho.

Após o depoimento do atleta, na sede do órgão, nesta quarta-feira, o MP-RJ divulgou nota afirmando que existem fortes indícios de que Adriano tenha repassado dinheiro ao traficante Fabiano Atanásio da Silva, conhecido como FB, líder da organização. O jogador deixou a sede do MP sem falar com a imprensa. Depois da divulgação de fotos em que Adriano aparece segurando um suposto fuzil, o empresário do atacante, Gilmar Rinaldi, disse que seu cliente é vítima de extorsão.

O depoimento durou cerca de duas horas. O promotor de Justiça Alexandre Themístocles, que ouviu o atleta, disse que encaminhará o inquérito policial à 26ª Vara Criminal. O MP-RJ disse que é favorável à quebra dos sigilos telefônico e bancário do atleta, segundo pedido feito pela 38ª Delegacia de Polícia, responsável pelo inquérito.

Themístocles pediu que a Justiça tome providências junto à corregedoria de Polícia Civil sobre o vazamento do conteúdo das interceptações telefônicas para a imprensa. Ele fixou o prazo máximo de 60 dias para o 38ª DP conclua as investigações e apresente o relatório final. De acordo com o MP, Adriano foi questionado sobre o relacionamento com FB e se dois mantinham contatos telefônicos. O atleta foi indagado sobre a retirada de R$ 60 mil, em dezembro de 2009, e se o dinheiro foi repassado ao traficante.

O MP perguntou ainda se o atleta frequenta o complexo da Penha, se conhece algum traficante, e se já colaborou, direta ou indiretamente, com o Comando Vermelho. Themístocles perguntou a Adriano que motivos o levaram a posar para fotos fazendo gestos que representam as iniciais do Comando Vermelho, como publicou o jornal O Dia e se vinha sendo vítima de crime de extorsão.

O atacante respondeu, ainda, se possuía armas de fogo, se tem programada alguma viagem para o exterior e por que não compareceu à 38ª Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos. (C/ Portal Terra)

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