quinta-feira, 3 de junho de 2010

China se torna maior mercado para celulose brasileira

Depois de se transformar no maior destino das exportações brasileiras de minério de ferro e soja, a China assumiu o primeiro lugar nas vendas de outra commodity, a celulose, com 34% dos embarques no primeiro quadrimestre deste ano. O porcentual é o dobro da participação que o país asiático tinha nas exportações do produto até o ano passado, quando sua demanda deu um salto de 135%, para 1,5 milhão de toneladas, uma participação de 33% no total.

Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), disse que os chineses começaram a aumentar suas compras no começo do ano passado, quando o preço internacional caiu em razão da crise mundial. Em junho de 2009 a cotação ficou em menos de US$ 400 a tonelada, comparada a US$ 840 do ano anterior. Atualmente já está em torno de US$ 920.

Segundo ela, a demanda chinesa assumiu natureza "estrutural" no segundo semestre, quando o país anunciou a instalação das três maiores máquinas de papel do mundo, uma das quais com capacidade de fabricar 1 milhão de tonelada por ano.

Em 2009, o Brasil respondeu por 50% das importações de celulose da China, que anualmente produz 90 milhões de toneladas de papel e quer se tornar um dos líderes mundiais do setor. Para atender ao aumento da demanda chinesa e de outros países emergentes, as indústrias brasileiras de celulose planejam investir US$ 22 bilhões no período 2010-2016, o que poderá levar o Brasil da quarta para a terceira posição no ranking global, à frente da China.

O CEO da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, disse anteontem em Xangai que a empresa investiu R$ 8 bilhões em duas novas fábricas, no Maranhão e no Piauí, que terão 50% de sua produção destinada à China. A companhia produz 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano e vai elevar o volume para 4,3 milhões de tonelas quando as duas plantas estiverem em operação, no fim de 2014.

Com os investimentos previstos para o período 2010-2016, Carvalhaes estima que a produção brasileira de papel poderá subir para 14 milhões de toneladas. A presidente da Bracelpa lembrou que o Brasil tem a maior floresta plantada do mundo, com 7 milhões de hectares, certificada por organismos internacionais. (Com informações de O Estado de S.Paulo)

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