segunda-feira, 31 de maio de 2010

Partidos que apoiam Dilma têm reunião tensa em Brasília

Os partidos aliados em torno da pré-candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência patrocinaram uma tensa reunião na noite desta segunda-feira (31). Segundo relatos, houve reclamação de falta de apoio do PT a aliados nos Estados, ameaça de adiamento da convenção nacional do PMDB por causa da situação em Minas e até cobrança de liberação de verbas federais para as emendas dos congressistas.

Participaram do encontro, em um hotel de Brasília, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais/foto), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e representantes do PMDB, PP, PC do B, PDT e PRB.

O principal assunto foi a divergência entre PT e PMDB para a montagem da chapa em Minas. Ficou decidido que após ficarem prontas as pesquisas encomendadas pelas duas legendas, haverá reunião no domingo, em Minas, para que haja a escolha entre os nomes de Hélio Costa (PMDB) e Fernando Pimentel (PT).

Caso isso não aconteça, a palavra final será dada pela direção nacional das duas legendas na segunda-feira, dia 7. Os peemedebistas afirmam que essa é a data limite e pressionam pelo nome de Costa, ameaçando inclusive adiar a convenção nacional da legenda que no dia 12 deve oficializar o apoio a Dilma.

Integrantes do PT, entretanto, argumentam que a ameaça é apenas uma forma de pressão e que não há risco para a aliança. Apesar disso, houve relatos na reunião de que Pimentel, um dos coordenadores nacionais da campanha de Dilma, estaria "tensionando" a situação.

O deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), pré-candidato ao Senado, também abordou a questão do seu Estado e chegou a levantar a voz contra os petistas, reclamando da manutenção da candidatura de José Pimentel (PT) ao mesmo posto, situação que ele trabalha para eliminar.

Além das divergências PT-PMDB, houve reclamações generalizadas de que o governo não estaria liberando recursos para as obras que os congressistas aliados incluem no Orçamento. Padilha teria dito que a coalizão é grande e que não dá para controlar tudo de uma tacada só.

Até o nanico PRB reclamou. Seus integrantes disseram que o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) está sendo abandonado. Ele ficou sem lugar para disputar a reeleição na chapa do governador Sérgio Cabral (PMDB), já ocupada por PT e PMDB. A solução estudada é alocá-lo na chapa de Anthony Garotinho (PR). (Com Folha on line)

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