sábado, 5 de junho de 2010

Delegado revela que ganharia R$ 1, 6 milhão para espionar José Serra

Onézimo Sousa, delegado aposentado da Polícia Federal, ganhou súbita notoriedade como chefe de um grupo de espionagem que se tentou montar no porão do comitê de campanha de Dilma Rousseff. O policial de pijamas foi trazido à boca do palco pelos repórteres Policarpo Junior e Daniel Pereira. Entrevistaram-no. E levaram o conteúdo da conversa às páginas de Veja.

Onézimo contou que participou de uma reunião de planejamento e que, por ter discordado dos métodos e do tipo de operação, refugou a oferta de trabalho. Previa dois movimentos.

Num, desejava-se identificar um membro da campanha de Dilma a quem se atribuía o vazamento de informações estratégicas do comitê. As suspeitas recaíam sobre Rui Falcão (PT-SP). Noutro, planejava-se espionar o presidenciável tucano José Serra, familiares, amigos e o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ).

Onézimo relatou que foi convocado para uma reunião com Fernando Pimentel (PT-MG), amigo de Dilma e um dos coordenadores da campanha petista. No local combinado, a área reservada de um restaurante fino de Brasília, apareceu o jornalista Luiz Lanzetta. É dono da Lanza Comunicação, contratada pelo PT para atuar no setor de comunicação da campanha.

Segundo Onézimo, Lanzetta lhe disse que falava em nome de Pimentel. A conversa desceu às cifras. Onézimo receberia R$ 1,6 milhão, em parcelas mensais de R$ 160 mil por mês.

Não haveria contrato. O dinheiro seria provido por Benedito de Oliveira Neto, um dono de empresas que prosperou sob Lula, prestando serviços ao governo. Benedito estava presente à reunião. Também tomou parte da conversa um repórter chamado Amaury Ribeiro Jr. (C/ o Blog de Josias de Souza- Folha on line)

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