sábado, 5 de junho de 2010

Em busca de apoio às suas ambições internacionais, Lula já abriu 68 embaixadas e consulados


Em busca de apoio às suas ambições internacionais e pela vontade de possuir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Governo Lula já abriu 68 novas embaixadas e consulados informa a revista Veja desta semana.

No Arquipélago de São Cristóvão e Névis, no Caribe, paraíso de praias, cuja população não ultrapassa 55.000 habitantes, foi constituída uma das mais recentes embaixadas brasileiras desde o ano passado. Sem escritório definitivo, o diplomata despacha de sua suíte do Marriott, na Frigate Bay.  Essa é uma das 68 representações diplomáticas, entre embaixadas e consulados,  abertas desde 2003.

Sob Lula e sua pretensão de ampliar a participação brasileira na diplomacia internacional, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, tornou-se uma das pastas mais valorizadas no Planalto. Não se pouparam recursos na contratação de diplomatas, na melhoria de seus salários e também na abertura de representações. O Brasil possui atualmente embaixadas em 133 nações.

A maior parte dessas novas representações foi aberta em países pequenos e pouco relevantes no cenário político e econômico mundial, quase todos ex-comunistas, nações africanas paupérrimas ou ilhotas caribenhas. São lugares como Albânia e Coreia do Norte, esta uma das nações mais fechadas do planeta; os africanos Benin e Togo; ou Dominica, Bahamas e Santa Lúcia, no Caribe.

Por trás dessa multiplicação global dos "itamaratecas" (como são apelidados os alunos formados pelo Instituto Rio Branco, a escola pública de diplomatas) há um misto de ideologia e ambição do governo brasileiro. Pela cartilha da diplomacia, a instalação de representações no exterior se justifica pelos interesses econômicos em jogo, pelo papel geopolítico ou pela presença de uma grande comunidade de imigrantes.

Quem conduziu as reformulações na diplomacia brasileira foi o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty até 2009 e agora chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Guimarães é um dos principais mentores da política externa petista, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. A ideia do trio foi transformar o Brasil num porta-voz dos fracos e oprimidos do planeta – oferecendo um contrapeso às nações mais ricas – e, ao mesmo tempo, estreitar as transações comerciais com nações emergentes.

A obsessão, manifestada desde o início do governo Lula, é conquistar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, hoje um privilégio de Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Pelos cálculos do Itamaraty, a ampliação do número de embaixadas traria mais votos favoráveis ao Brasil. Até agora, a iniciativa foi em vão. (C/ informações da Veja e foto do Blog Geomundi)

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