quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ativistas são recebidos como heróis na Turquia; Itamaraty confirma chegada de brasileira

Centenas de ativistas deportados de Israel foram recebidos como heróis na Turquia no começo da quinta-feira (noite de quarta-feira em Brasília), após terem sido detidos por Israel em um comboio que tentava furar o bloqueio naval rumo à faixa de Gaza. Parentes e apoiadores esperam pelos ativistas no aeroporto de Istambul.

A cineasta brasileira Iara Lee estava em um dos voos, confirmou a assessoria de imprensa do Itamaraty. Lee está sendo recebida pelo Cônsul-Geral do Brasil, Michael Gepp. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, a Chancelaria tinha que ajudar nos trâmites de liberação da brasileira e, agora, cabe a ela decidir se pretende seguir viagem ao Brasil ou aos EUA.

O vice-premiê da Turquia, Bulent Arinc, e vários parlamentares turcos receberam os ativistas no aeroporto de Istambul. "Eles enfrentaram barbaridades e opressão, mas voltaram com orgulho", disse Arinc. Parentes e apoiadores, com bandeiras da Turquia e da Palestina, aplaudiram do lado de fora do aeroporto, entoando "Deus é grande", "A Turquia tem orgulho de vocês" e "Abaixo Israel". Uma multidão também enchia as ruas do centro de Istambul.

Três aviões pousaram em Ankara antes trazendo os feridos, que foram levados para tratamento médico, informou a TV NTV. Aviões estavam sendo usados para deportar 527 ativistas para a Turquia e a Grécia, informou a porta-voz do Ministério do Interior israelense, Sabine Haddad. Sete ativistas permaneceram em hospitais israelenses para tratamento.

Após todos os vôos partirem, o Ministério de Relações Exteriores israelense informou que três ativistas permaneceram detidos no país por causa de "documentação e outros assuntos", sem dar detalhes. Eles são da Irlanda, Austrália e Itália.

A cineasta brasileira Iara Lee estava na prisão de El'A, em Be'er Sheva. Ela partiu de Tel Aviv com destino a Istambul em um dos três aviões que transportam os integrantes da "Flotilha da Liberdade", na noite desta quarta-feira.  Além de militar pela paz e pelo diálogo entre culturas, Iara Lee é uma produtora e cineasta brasileira de ascendência coreana radicada nos EUA.

Entre suas obras estão os documentários "Synthetic Pleasures" (1995), que trata do impacto da alta tecnologia sobre a cultura de massas, e "Modulations" (1998), considerada uma das obras cinematográficas mais importantes sobre música eletrônica. Iara é divorciada e não tem filhos.

A brasileira explicou ontem ao diplomata do Brasil que as autoridades israelenses exigiram, como condição para a sua libertação, que ela assinasse termo declarando ter entrado ilegalmente em Israel. Iara Lee informou que não pretende assinar o documento, uma vez que foi presa pelas forças israelenses em águas internacionais. (C/Folha on line)

O Blog: Confesso- e peço desculpas à cineasta- a minha ignorância em relação ao seu trabalho. 

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