segunda-feira, 31 de maio de 2010

Frota atacada não tinha apenas 'fins humanitários', diz israelense na ONU


NOVA YORK - O representante do governo de Israel afirmou nesta segunda-feira (31), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), que "não há crise humanitária em Gaza" e que a frota atacada por militares israelenses no Mar Mediterrâneo não tinha apenas fins humanitários, informou a agência AFP.

"Apesar de os meios de comunicação apresentarem a frota como uma missão humanitária para entregar ajuda a Gaza, os barcos não tinham nada de humanitário", disse o israelense Daniel Carmon (foto, depondo). "Não eram ativistas pacíficos nem mensageiros de boa vontade. Utilizaram cinicamente uma plataforma humanitária para enviar uma mensagem de ódio e implementar a violência", disse.

O embaixador de Israel, cujo país não integra atualmente o Conselho de Segurança da ONU, foi autorizado a se expressar na reunião de emergência convocada pelo órgão após o ataque das forças militares israelenses contra barcos da organização Gaza Livre. Pelo menos 10 pessoas morreram no episódio, segundo a mídia israelense, embora o governo confirme nove mortos.

Segundo Carmon, "não há crise humanitária em Gaza". Ele ainda disse que o território "está ocupado por terroristas que expulsaram a Autoridade Nacional Palestina (ANP) mediante um violento golpe e que recebe armas pelo mar". O israelense referiu-se ao grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007. "Os resultados dos eventos da madrugada são trágicos e desafortunados, e Israel lamenta a perda de vidas inocentes", disse o embaixador, acrescentando que o país "não pode passar por cima de sua própria segurança".

O governo de Israel havia dito durante a semana que não permitiria a entrada de quaisquer embarcações em águas da costa da Faixa de Gaza. Os israelenses, que permitem a entrada de ajuda humanitária a Gaza por fronteiras terrestres controladas, disse que a frota poderia desembarcar no porto de Ashdod. O Estado judeu mantém o bloqueio à Faixa de Gaza desde que o grupo militante palestino Hamas tomou o controle do território. (Com Agência Estado)

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