segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fibria busca saída para dívida de R$ 13 bilhões

A Fibria, resultado da compra da Aracruz pela VCP, braço de celulose e papel do grupo Votorantim, surge como a maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, com quase 6 bilhões de reais de faturamento e capacidade de produção de 5,8 milhões de toneladas de celulose por ano - o dobro da chilena Arauco, segunda colocada no ranking.
Mas tem pela frente um desafio proporcional ao seu tamanho: a divida liquida de R$ 13 bilhões.

O portal Exame , nesta segunda-feira (28), numa ampla matéria sobre a situação da empresa, avalia que a dívida resulte de uma tripla soma: as perdas da Aracruz com derivativos mais o endividamento da VCP para a compra da concorrente, na qual já tinha participação acionária, mais os débitos passados das duas companhias.
Os cinco projetos de expansão da empresa já desenhados -- e que, juntos, acrescentariam quase 7 milhões de toneladas à atual capacidade de produção -- não devem sair do papel tão cedo. " A dívida está no nosso foco. Neste momento analisamos possibilidades de amenizá-la", diz Carlos Aguiar, ex-presidente da Aracruz e atual presidente da Fibria, ao portal.

Para os analistas entrevistados, sem fôlego para investir, a companhia corre o risco de não aproveitar um cenário especialmente favorável para o setor. Com o atual endividamento, a Fibria só deve começar a investir em novas fábricas em 2012, com aumento de produção somente em 2014.

No entanto, é justamente daqui a três anos que o mercado mundial de celulose deve registrar sua melhor fase desde o início da crise financeira.

A matéria revela ainda que o departamento financeiro da Fibria tem se dedicado a encontrar alternativas para se livrar da camisa de força imposta pela dívida.

Nas últimas semanas, duas possibilidades começaram a ser ventiladas no mercado. Uma diz respeito à emissão de ações. A outra, à venda da divisão de produção de papel da Fibria -- o que levaria a empresa a concentrar suas atividades exclusivamente em celulose.
Ambas as possibilidades são negadas pela empresa.

C/ o portal Exame.

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