O portal da ONG Contas Abertas abre a caixa-preta do pagamento das despesas hospitalares dos senadores do Brasil, nos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanes.
Revela também gastos dos ministérios com as duas instituições. Dá arrepios ver a grana desembolsada pelo contribuinte que recorre ao hospital da rede pública quando adoece.
A matéria lembra que na década de 70, o senador mineiro Magalhães Pinto (Arena), cunhou um bordão: "O melhor médico de Brasília é a ponte aérea".
De lá para cá, embora os médicos brasilienses afirmem que a cidade possui a mesma estrutura médica dos centros avançados, "quem pode" não se trata na Capital.
Para confirmar a ONG levantou os gastos com saúde do Senado e descobriu que os valores pagos aos hospitais mais famosos do país, o Sírio Libanês e o Israelita Albert Einstein, alcançam R$ 7,5 milhões desde 2005.
Em 2088, os hospitais de São Paulo receberam R$ 1,4 milhão do Senado referentes a despesas com saúde.
Este ano, os gastos dos servidores efetivos e comissionados, entre ativos e inativos, senadores e ex-senadores e seus dependentes somam R$ 403,6 mil.
Em média, o Senado gasta R$ 1,3 milhão por ano com os dois hospitais.
Nos últimos meses, o Sírio Libanês ganhou destaque graças a seus dois pacientes politicamente mais ilustres: o vice-presidente José Alencar e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que fazem tratamento contra o câncer no Centro Oncológico do hospital.
Dos R$ 3,9 milhões repassados ao Sírio desde 2005, por toda a administração federal, mais de R$ 2 milhões (55%) foram pagos por serviços prestados ao Senado.
Mas de longe o Albert Einstein é mais favorecido que o Libanês. No ano passado, recebeu R$ 544, 6 mil por serviços prestados ao Senado Federal. No ano de 2008, o valor foi três vezes maior, R$ 1,9 milhão.
A União (Executivo, Legislativo e Judiciário) pagou, de 2005 até o início desta semana, quase R$ 11 milhões para a entidade.
A saúde dos senadores, ex-senadores e dependentes é regulamentada por ato da comissão diretora do Senado e tem como base de preço as tabelas de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, a Guia Farmacêutico Brasíndice e a Revista Simpro Hospitalar para materiais.
Para pedir o ressarcimento de despesas médicas, o parlamentar deve apresentar nota fiscal de serviços, a fatura ou recibo de honorários médicos.
O Ministério da Defesa, embora mantenha o Hospital das Forças Armadas (HFA), que tem a missão de prestar assistência hospitalar aos militares das três Forças e à Presidência da República, é o órgão que mais repassa recursos aos dois hospitais.
Para o Albert Einstein foram R$ 5,2 milhões desde 2005, enquanto neste mesmo período o Sírio Libanês recebeu pouco mais de R$ 1,2 milhão da Defesa.
As despesas dos ministérios com as duas instituições, segundo o Siafi- controlador dos gastos públicos- não é pequena. Verifique - clique na imagem acima para ver ampliada.
C/ Informações do Contas Abertas
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