segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sol, praia, surfe: seleção joga sexta-feira na cidade mais brasileira da Copa


“Temos duas estações”, diz uma placa em Durban: “Verão e verão”. A cidade que vende calor como publicidade agora será a casa do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul. É ali, no suntuoso estádio Moses Mabhida, que a seleção de Dunga duelará com Portugal na próxima sexta-feira. Depois de sofrer com o frio de Joanesburgo, os atletas verde-amarelos conhecerão a sede mais brasileira do Mundial.

Durban não chega a ter aquele jeitão de Rio 40 graus, mas é uma cidade com ares tropicais. A temperatura, no inverno, fica acima dos 20 graus durante o dia. No início da manhã e à noite, bate um frio, especialmente na chamada Golden Mile, os seis quilômetros de calçadão à beira-mar, ponto mais turístico da sede. O mar é bonito, com águas cristalinas, mas o banho no oceano índico é desencorajado por diferentes motivos: desde limitações de área para surfe e pesca até a temperatura da água, passando pela possível presença, nada animadora, de tubarões – mais ou menos como acontece no Recife.

A cidade, pico mundial de surfe, pulsa na beira da praia. É ali que os turistas se reúnem para comprar os produtos zulus vendidos em barracas nas calçadas. Artistas aproveitam para fazer apresentações aos visitantes: tem batucada coletiva, danças, homens se equilibrando em pernas de pau e réplicas, com a areia da praia, dos estádios que recebem os jogos da Copa. Para quem não tem ingresso, um telão à beira-mar mostra as partidas. O espaço chegou a receber mais de 30 mil pessoas na abertura do Mundial, em África do Sul x México.

A população da cidade aguarda o Brasil para fazer um contraste à grande presença de portugueses na região. Com os tropeços dos Bafana Bafana na Copa, os sul-africanos de Durban já começam a adotar a seleção brasileira, em uma identificação que não se resume à cor da camisa, amarela nos dois casos. A cidade tem a maior população no planeta de indianos fora do país de origem deles. Como não estão no Mundial, eles torcem pela África do Sul e pelo Brasil – pelo menos é o que costumam dizer aos brasileiros, seja por simpatia natural, seja para vender seus produtos típicos, espalhados por ruas e mercados de Durban.

A seleção brasileira, quando conhecer o palco da partida, no treino de quinta-feira, pisará naquele que talvez seja o estádio mais chamativo da Copa. O Moses Mabhida leva o nome de um líder comunista da região. E esbanja opulência. Tem até um arco de mais de 100 metros, com um teleférico que passa por ele e oferece vista panorâmica da cidade – mas, por questões de segurança, não durante o Mundial. (Por Alexandre Alliatti -GloboEsporte.com)

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