sábado, 26 de junho de 2010

Seleção alemã demonstra muito respeito pela rival Inglaterra que enfrenta neste domingo

Para o técnico Joachim Löw, nenhuma seleção na Europa tem tanta qualidade quanto a da Inglaterra. Contudo, ele confia no entusiasmo de seus jovens jogadores para vencer o clássico e passar às quartas de final.

Nenhuma das partidas das oitavas de final da Copa do Mundo põe em campo tanta tradição quanto Alemanha x Inglaterra, que se enfrentam neste domingo (27/06) em Bloemfontein. A seleção alemã não poderá contar com o brasileiro Cacau, que sofreu uma contusão no abdômen.

Dos oito duelos no mundial de 2010, este é o único que envolve dois campeões mundiais e também o único que já aconteceu na decisão do Mundial – em 1966, ano da única conquista inglesa.

A história do clássico favorece a equipe inglesa. Em 31 jogos, ela venceu 15, empatou seis e perdeu dez – esta estatística considera como empates jogos que foram decididos nos pênaltis.

A primeira vez que as duas seleções se enfrentaram foi em 20 de abril de 1908, em Berlim, e a Inglaterra venceu por 5 a 1. No ano seguinte, mais uma goleada britânica, a maior da história do confronto: 9 a 0, em Oxford. Somente em 1968 os alemães conseguiram vencer pela primeira vez os inventores do futebol: 1 a 0, em Hannover, num amistoso.

Num outro aspecto, a história indica uma vantagem para a Alemanha. Desde 1954, a seleção ficou entre as oito melhores em todas as Copas do Mundo. Ela só foi eliminada nas oitavas de final uma vez – no longínquo ano de 1938.

Não só história e rivalidade fazem com que este seja um jogo especial. A qualidade técnica das duas equipes as coloca entre os favoritos para ganhar a Copa. A Alemanha é a atual vice-campeã europeia, enquanto a Inglaterra tem alguns dos jogadores mais valorizados do mundo.

"O eixo Terry, Lampard, Gerrard e Rooney é a mais alta qualidade que existe na Europa", disse o técnico Joachim Löw sobre os principais astros do rival. "Se não conseguirmos nos manter compactos, eles vão explorar os espaços e vai ser difícil para-los", alertou.

Wayne Rooney é um dos craques da Inglaterra. Löw teceu ainda elogios a Fabio Capello, o italiano que comanda o English Team. "Ele conseguiu disciplinar o time e dar a ele boa organização. Eu já disse antes do torneio que, para mim, a Inglaterra é um dos principais favoritos ao título", disse o técnico alemão.

Contudo, Löw confia na capacidade de seus jogadores para o confronto entre o "entusiasmo juvenil" dos alemães e a "categoria individual" dos ingleses, como ele mesmo definiu. "Nós temos condições de vencê-los. Como sempre fazemos nos jogos importantes, não entraremos com medo, mas com coragem. Ninguém vai se intimidar nem dar para trás", garantiu.

O capitão Philipp Lahm também cobra disposição dos companheiros. "Nós temos que entrar com convicção e deixar a bola correr melhor. Na defesa, não podemos permitir tantas chances e acima de tudo não cometer tantos erros como contra Gana. Qualquer erro pode ser decisivo. É um grande desafio", afirmou o lateral.

Além da chance de levar o time adiante na Copa do Mundo, os jogadores alemães terão um incentivo especial por parte da Federação Alemã de Futebol (DFB). Cada atleta receberá um prêmio de 50 mil euros em caso de classificação para as quartas de final.

Do lado da Inglaterra, a preocupação é com o trauma da disputa por pênaltis. Nas últimas duas vezes em que os dois times se enfrentaram em torneios importantes, a Alemanha venceu assim – semifinais da Copa de 1990 e da Euro 1996. Foi também desta forma que os ingleses se despediram do Mundial, eliminados por Portugal.

O goleiro David James está fazendo sua parte e estudando os cobradores alemães, e viu que o sérvio Stojkovic defendeu o único pênalti que a Alemanha teve a seu favor, cobrado por Podolski.

" O dever de casa em relação aos pênaltis será feito, mas não jogaremos com a intenção de ir para esta disputa. Estou confiante de que conseguiremos vencer em 90 minutos", disse James. "A Alemanha tem uma camisa de tradição, mas nós temos a confiança de quem foi a Berlim a dois anos e venceu por 2 a 1", lembrou o goleiro, referindo-se ao último jogo entre as duas seleções. (C/ DW)

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