terça-feira, 22 de junho de 2010

Petrobras, Vale e outras 33 empresas divulgam pela primeira vez emissões de gases efeito estufa.

A mudança global do clima é um dos mais significativos desafios da atualidade e exige reduções drásticas das emissões de poluentes. De olho na economia de baixo carbono, que poderá ser imperativa nos próximos anos, 35 empresas brasileiras começam a divulgar, a partir desta terça-feira (22), suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Os inventários são voluntários e fazem parte do primeiro Registro Público de emissões de GEE do país, lançado em São Paulo durante evento de avaliação do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (Gvces).

Com dois anos de atuação no país, o programa reúne 60 empresas de grande porte e busca promover a cultura corporativa de mensuração, publicação e gestão voluntária de emissões. A plataforma online para consulta e publicação de inventários do primeiro grupo de empresas, que inclui a Petrobras e a Vale, está disponível no site www.fgv.br/ces/registro

Somadas, as emissões diretas das 35 empresas respondem por 89 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e, medida utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa baseado no potencial de aquecimento global de cada um). Trata-se de um volume equivalente ao liberado por um carro a gasolina, motor 1.0, que tivesse percorrido 630 bilhões de quilômetros - ou 16 mil voltas à Terra. Ou, ainda, ao estoque de carbono de 356 milhões de árvores da Amazônia.

Entre as empresas inventariadas, as do setor de transformação são as que mais emitem (89%), seguida do setor de mineração (10%). Saneamento, energia, agrícola e serviços financeiros somam o 1% restante.  De acordo com o coordenador do GVces, Mario Monzoni, o registro auxiliará os agentes privados e públicos na definição de estratégias para mitigação dos gases de efeito estufa. O GHG Protocol foi desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) em parceria com o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD). (C/ Portal

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