segunda-feira, 14 de junho de 2010

Direitos Humanos: EUA criticam governo brasileiro por tráfico de pessoas e trabalho escravo

O governo brasileiro voltou a ser criticado nos EUA por não cumprir padrões mínimos para eliminar o tráfico de pessoas e o trabalho escravo, apesar de terem sido reconhecidos esforços do país para se adequar no último ano. Em relatório divulgado nesta segunda-feira pela secretária de Estado Hillary Clinton, o governo americano estima em 12,3 milhões o número de vítimas de trabalho e prostituição forçados no mundo.

O Brasil é classificado como "fonte de homens, mulheres, meninos e meninas para prostituição forçada no país e no exterior e trabalhos forçados" em solo nacional. O texto diz que o governo fez "grandes esforços" para resgatar milhares de trabalhadores em situação de escravidão e expandiu serviços oferecidos a vítimas de tráfico sexual.

Alerta, porém, para o fato de que o número de condenações aos responsáveis caiu e que abrigos e proteções às vítimas continuam inadequados. Mulheres e crianças brasileiras, particularmente de Goiás, são citadas como vítimas de prostituição forçada em países como Espanha, Itália, Reino Unido, Portugal, Suíça, França e mesmo os EUA. Já a indústria têxtil de São Paulo é mencionada como destino de trabalhadores forçados de Bolívia, Paraguai e China.

O Brasil ficou no segundo de uma escala de quatro níveis (no primeiro estão os que cumprem padrões mínimos). A posição é a dos que "não cumprem totalmente padrões mínimos", mas "fazem esforços significativos" para chegar lá. É uma posição constante desde 2007 e superior a dos demais membros do grupo dos Brics (China, Rússia e Índia). (C/ Folha on line)

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