A surpresa, na corrida para o Governo do Rio de Janeiro, é o apresentador do "Balanço Geral", da Rede Record, Wagner Montes, de 55 anos.
Autor de bordões como, "pra mim, bandido bom é que nem mandioca: de cabeça para baixo e enterrado no chão", deputado estadual mais votado do Rio, pelo PDT, dispara nas pesquisas com a bandeira da segurança pública.
Montes ocupa o segundo lugar nas primeiras pesquisas de intenção de voto para a eleição de 2010, de acordo com o Instituto GPP. Tem 21% de intenção de voto, atrás apenas do governador Sérgio Cabral, com 27,3%, e à frente de Anthony Garotinho e Fernando Gabeira.
Apesar do discurso linha-dura na tevê, Montes tem boa relação com colegas progressistas como Alessandro Molon (PT) e Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e luta contra as milícias e grupos de extermínio.
"Na televisão ele faz um personagem do qual discordo em quase tudo. Surpreendentemente, aqui na assembleia é um aliado da defesa dos direitos humanos", comenta Freixo. Montes se diz contra a pena de morte porque "só seriam condenados os pobres e os pretos".
A postura dúbia é criticada por especialistas em segurança pública. "Esse tipo de atitude tem efeito devastador, é uma das maiores contribuições à cultura da violência", ataca o antropólogo Luiz Eduardo Soares.
Na última eleição à Prefeitura do Rio, Montes apareceu bem cotado nas pesquisas, mas acabou fora da disputa.
Na época, comentou-se que sua desistência teria acontecido por ordem de Edir Macedo, dono da Record e cabeça da Igreja Universal do Reino de Deus, para não atrapalhar os planos do senador Marcelo Crivella, bispo da mesma igreja, que concorreu pelo PRB. Wagner Montes desmente.
C/ informações da IstoÉ
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