
Uma última tentativa de aproximação será feita na terça- feira 9, com a chegada do secretário de Comércio americano, Gary Locke. Mas também não deve frutificar, pois Amorim anunciou que a lista de produtos americanos sujeitos a represálias autorizadas pela OMC contra os subsídios dos EUA ao algodão será divulgada na véspera.
A OMC autorizou o Brasil a retaliar em até US$ 830 milhões anuais os produtos americanos e o governo trabalha numa lista de até 120 itens que sofrerão sobretaxa de importação. Sobre a possibilidade de uma contrarretaliação americana, Amorim abusou da ironia: “Desse susto eu não morro. Não posso imaginar que os EUA, que promoveram a criação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio, da OMC, vão usar um instrumento fora das regras internacionais”, disse.
Hillary demonstrou boa vontade: “Temos tempo para tentar resolver isso de maneira pacífica e produtiva.”
O cancelamento da visita de Obama se deve ao insucesso da visita de Hillary. A “agenda positiva” que a secretária de Estado americana pretendia inaugurar em sua passagem por Brasília, na quarta- feira ( 3), deverá ser esquecida no fundo da gaveta. Pelo menos até o final do mandato de Lula.
Apesar do banquete protocolar, a recepção a Hillary no Itamaraty foi muito pouco diplomática. Tanto Lula quanto o chanceler Celso Amorim preferiram usar o encontro para marcar posições em defesa das negociações com o Irã e abordar, de forma franca, os conflitos comerciais que envolvem as barreiras tarifárias ao etanol e a retaliação autorizada pela OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC) no caso do algodão.
Hillary, que esperava um contato amistoso no qual convenceria o governo brasileiro a comprar caças F-18 Super Hornet, foi embora decepcionada. “Os brasileiros dizem que falta confiança na relação com os EUA”, lamentou ela com seus assessores.
O pior para a secretária de Estado foram as declarações de Amorim a respeito do apoio de Lula ao Irã. “Não podemos nos curvar. Temos de pensar com nossa própria cabeça”, bradou Amorim. Lula, por sua vez, afirmou que não se pode “emparedar o Irã”.
C/ IstoÉ
Eu concordo em gênero, número e grau com Celso Amorim.
ResponderExcluirChega de imposição.
Podemos comprar os caça da França e vender nosssos proutos para o Irã e outros países.
Eles nem sõ tão bons assim.
Só não fazem uma guerra ao Irã porque estão sem dinheiro agora, visto que já estão em duas guerras: Iraque e Afeganistão.