sábado, 6 de março de 2010

Bancoop diz que suspeita de desvio de verba é fantasiosa e nega esquema

Em nota divulgada neste sábado em seu site, o Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) negou a existência de um esquema de desvio de verba, conforme apontou reportagem da revista "Veja" desta semana.

Ontem, o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ex-diretor financeiro e ex-presidente da cooperativa. Blat também pediu o bloqueio das contas da cooperativa.

Segundo reportagem, o promotor analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.

"A matéria é extremamente fantasiosa quanto aos fatos, como demonstra a informação de que teriam sido emitidos, para saque em dinheiro, cheques nominais à própria Bancoop em valor total superior a R$ 31 milhões", diz a nota da cooperativa.

"Na verdade, há uma intensa movimentação bancária entre contas da própria Bancoop, já que cada empreendimento da cooperativa, por força inclusive do Acordo Judicial celebrado com o Ministério Publico, tem conta bancária específica, sendo necessária a transferência de recursos utilizados para o custeio das respectivas obras", argumenta.

Vaccari Neto será o responsável pelas finanças da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. A reportagem não localizou o petista para comentar as suspeitas do Ministério Público.

A Promotoria já investiga o esquema de desvio de recursos da Bancoop desde junho de 2007. O esquema teria beneficiado campanhas eleitorais do PT e diretores da cooperativa. A fraude teria prejudicado cerca de 3.000 mil mutuários da entidade e causado um rombo financeiro de aproximadamente R$ 100 milhões.

Segundo a denúncia, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral. Tanto a legenda, quanto a cooperativa negam as acusações.

C/ Informações da Folha de S. Paulo

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