quarta-feira, 3 de março de 2010

Eike quer transformar OSX na "Embraer dos Mares"

Uma "Embraer dos mares". Assim, orgulhosamente, o empresário Eike Batista referiu-se à OSX, empresa de construção naval do seu grupo, na apresentação para agentes do mercado financeiro.

A empresa anunciou que fará sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo no próximo dia 19. Se as ações forem todas adquiridas no preço máximo, inclusive o lote adicional, este poderá ser o segundo maior IPO do País, alcançando R$ 9,9 bilhões, ficando atrás apenas da operação do Santander, de R$ 14,1 bilhões, em outubro 2009.

A aposta da nova empresa do grupo EBX, segundo ficou claro na apresentação aos investidores, repete o modelo que vem sendo aplicado nas demais empresas de Eike: um time de primeira linha, um projeto arrojado e um IPO grande o suficiente para garantir os investimentos.

A OSX já nasce com 48 plataformas contratadas pela OGX, a petroleira do grupo de Eike e chamada de "empresa-irmã" pelo diretor financeiro do grupo, Roberto Monteiro. E um contrato de venda de 10% da divisão de estaleiros para a coreana Hyundai Heavy Industries, com direito a intercâmbio de tecnologia. Além desse braço, a companhia terá também uma divisão de leasing e uma de serviços. Atualmente, o controle está com a EBX, mas o plano é de que 40% das ações sejam negociadas no IPO.

A previsão é de que as plataformas construídas no estaleiro comecem a ser entregues em 2013. Seriam quatro no primeiro ano; sete em 2014; até chegar a 13 em 2016. Em dez anos, apenas para a OGX, seriam 48, com um custo de cerca de US$ 30 bilhões. A estimativa da própria empresa é que, no Brasil, no período, serão construídas 182 plataformas para atender à demanda, inclusive para a região do pré-sal.

O estaleiro da OSX, com 3,2 milhões de metros quadrados, será construído em Biguaçu, em Santa Catarina, a 20 minutos de Florianópolis. Segundo a apresentação, será o "maior estaleiro das Américas", com capacidade para processar 220 mil toneladas de aço. De acordo com o diretor de operações, Luiz Eduardo Carneiro, os investimentos serão da ordem de US$ 1,7 bilhão. A expectativa é de que, já no segundo semestre, as licenças sejam liberadas e as obras comecem.

C/ Portal Exame

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