O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) fez um protesto, em discurso, contra o que chamou de "indecisão do governo federal" sobre a duplicação da BR-262, que liga Vitória (ES) a Belo Horizonte (MG), segundo ele conhecida pelo apelido de "rodovia da morte".
Explicou que o governo anunciou que a rodovia seria incluída no programa de concessões, para que os futuros administradores fizessem as obras. Agora, o governo "diz que mudou tudo" e a rodovia não será mais objeto de concessão e a duplicação ficaria a cargo do governo, "mas coisa para o futuro".
Azeredo disse que os parlamentares de Minas Gerais e Espírito Santo vêm lutando pela obra há anos, "mas o governo federal está titubeando, pois uma hora diz que é uma coisa e em outra diz que é diferente". Afirmou que o governo não colocou a obra no orçamento deste ano e, portanto, não pode agora receber "um centavo sequer".
- Não interessa se a duplicação será feita pela iniciativa privada ou pelo governo federal. Há horas em que o governo federal não faz e nem deixa fazer. O Presidente Lula, que tem vários ministros mineiros, não podia deixar que acontecesse isso com Minas Gerais. Onde está a Ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil], que agora diz que é mineira? Onde estão realmente os interesses em Minas da parte do governo federal? Não vejo- continuou.
Eduardo Azeredo disse ainda que "esse descaso" se soma ao metrô de Belo Horizonte, onde "não há um metro feito" pelo governo Lula. Em aparte, ele recebeu a solidariedade do senador Renato Casagrande (PSB-ES), da base do governo.
Casagrande informou que tem tentado incluir cerca de 55 quilômetros da duplicação no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a partir da região metropolitana de Vitória, mas não obteve sucesso. Lembrou que BR-262 é a mais importante ligação do Espírito Santo com o Oeste do país e seu tráfego se tornou tão intenso nos últimos anos que justifica o apelido de "estrada da morte".
C/Senado Federal
O Blog: A bancada federal do Espírito Santo foi eleita para defender o Estado, mas está sem poder de fogo junto ao Governo Federal, como admite o senador Renato Casagrande (PSB), da base aliada de Lula. O Espírito Santo agora é defendido pela bancada mineira.
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