O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) informou que vai anunciar neste sábado (13) um ato público para a próxima quarta-feira em protesto contra a emenda, aprovada na Câmara, que redistribui os royalties da exploração do petróleo e impõe ao Estado do Rio e 90 municípios fluminenses a perda de R$ 7,2 bilhões anuais. O governador quer promover uma passeata entre a Candelária e a Cinelândia, no Centro do Rio, com a participação de organizações sociais e até de adversários políticos.
Nesta sexta-feira (12), ao falar num programa de rádio no interior, Cabral apoiou a prefeita de Campos dos Goytacazes, a ex-governadora Rosinha Garotinho (PMDB), que ontem usou recursos públicos para ajudar no bloqueio da rodovia BR-101, no Norte Fluminense, por 12 horas. A prefeitura instalou tendas e banheiros químicos no local e emprestou um caminhão para transportar pneus que foram queimados pelos manifestantes, boa parte formada por funcionários públicos.
Rosinha, que lidera a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), afirmou que um grupo de empresários e as prefeituras das cidades mais afetadas pela emenda oferecerão transporte para integrar manifestantes do interior ao ato de Cabral. O presidente da Assembleia do Rio, Jorge Picciani (PMDB), disse esperar 30 mil pessoas na passeata.
O secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, afirmou que a causa supera disputas eleitorais. Rosinha é mulher do ex-governador Anthony Garotinho (PR), desafeto de Cabral e pré-candidato ao governo estadual. O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), líder da Minoria no Congresso, defendeu que seja retirado o caráter de urgência do projeto para dar tempo à negociação.
C/Agência Estado
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