A decisão do Brasil de aumentar as tarifas de importação de produtos americanos, após uma autorização da Organização Mundial do Comércio (OMC), ameaça provocar uma guerra comercial entre os dois países, afirma nesta terça-feira (9) o diário econômico britânico Financial Times.
O governo brasileiro anunciou na segunda-feira uma lista de 102 produtos americanos que deverão ter sua tarifa elevada, totalizando cerca de US$ 591 milhões em sobretaxas. A medida foi anunciada após uma decisão favorável da OMC ao Brasil sobre uma disputa em relação aos subsídios pagos pelo governo americano aos seus produtores de algodão. A OMC autorizou o Brasil a impor até US$ 829 milhões em sobretaxas.
A medida deve entrar em vigor no próximo mês, mas o governo americano espera conseguir um acordo nos próximos 30 dias para revertê-la. O Financial Times observa que a questão deverá ser objeto de discussões entre as autoridades brasileiras e o secretário de Comércio americano, Gary Locke, e o assessor adjunto de segurança nacional para assuntos econômicos, Michael Froman, que chegam ao Brasil nesta terça-feira.
“O Brasil deixou claro que está aberto a um acordo antes de as novas tarifas entrarem em vigor, mas as autoridades enfatizaram que qualquer acordo deverá ser aplicado especificamente ao algodão. Uma possibilidade pode envolver transferência de tecnologia dos Estados Unidos para os produtores de algodão brasileiros”, diz o jornal.
Mas a reportagem observa que é incerta a margem de manobra do governo americano para negociações, já que alterações significativas no programa de subsídios ao algodão demandariam mudanças na legislação agrícola.
“Conseguir a aprovação do Congresso poderia ser difícil”, diz o jornal.
Em outro texto, o Financial Times comenta que “cada vez mais os parceiros comerciais dos Estados Unidos reagem à pressão”. Apesar disso, o jornal observa que as economias dos Estados Unidos e do Brasil “são menos dependentes do comércio do que os investidores podem temer”.
A reportagem cita um levantamento da Economist Intelligence Unit segundo o qual as exportações de bens e serviços do Brasil representam apenas 14% do PIB, em comparação com 40% no Chile e na China e 30% no México. A proporção das importações, mesmo tendo dobrado desde 1990, ainda é de apenas 13% do PIB.
Do outro lado, para os Estados Unidos o Brasil representou apenas 2,5% de suas exportações de bens no ano passado.
C/BBC Brasil
O governo brasileiro anunciou na segunda-feira uma lista de 102 produtos americanos que deverão ter sua tarifa elevada, totalizando cerca de US$ 591 milhões em sobretaxas. A medida foi anunciada após uma decisão favorável da OMC ao Brasil sobre uma disputa em relação aos subsídios pagos pelo governo americano aos seus produtores de algodão. A OMC autorizou o Brasil a impor até US$ 829 milhões em sobretaxas.
A medida deve entrar em vigor no próximo mês, mas o governo americano espera conseguir um acordo nos próximos 30 dias para revertê-la. O Financial Times observa que a questão deverá ser objeto de discussões entre as autoridades brasileiras e o secretário de Comércio americano, Gary Locke, e o assessor adjunto de segurança nacional para assuntos econômicos, Michael Froman, que chegam ao Brasil nesta terça-feira.
“O Brasil deixou claro que está aberto a um acordo antes de as novas tarifas entrarem em vigor, mas as autoridades enfatizaram que qualquer acordo deverá ser aplicado especificamente ao algodão. Uma possibilidade pode envolver transferência de tecnologia dos Estados Unidos para os produtores de algodão brasileiros”, diz o jornal.
Mas a reportagem observa que é incerta a margem de manobra do governo americano para negociações, já que alterações significativas no programa de subsídios ao algodão demandariam mudanças na legislação agrícola.
“Conseguir a aprovação do Congresso poderia ser difícil”, diz o jornal.
Em outro texto, o Financial Times comenta que “cada vez mais os parceiros comerciais dos Estados Unidos reagem à pressão”. Apesar disso, o jornal observa que as economias dos Estados Unidos e do Brasil “são menos dependentes do comércio do que os investidores podem temer”.
A reportagem cita um levantamento da Economist Intelligence Unit segundo o qual as exportações de bens e serviços do Brasil representam apenas 14% do PIB, em comparação com 40% no Chile e na China e 30% no México. A proporção das importações, mesmo tendo dobrado desde 1990, ainda é de apenas 13% do PIB.
Do outro lado, para os Estados Unidos o Brasil representou apenas 2,5% de suas exportações de bens no ano passado.
C/BBC Brasil
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