sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Compra das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar será decidida pelo Cade

A união das duas empresas gigantes do varejo brasileiro só será oficializada após o Pão de Açúcar submeter a operação ao Sistema Brasileiro da Concorrência formado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça, e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
E pode não passar facilmente pelos órgãos de fiscalização da concorrência, como prevê o portal Exame, porque cria uma potência nacional do setor de móveis e eletroeletrônicos, com 1.015 lojas e faturamento proforma de 18,5 bilhões de reais em 2008.
O Pão de Açúcar tem 15 dias úteis para apresentar a operação ao Sistema e os especialistas em concorrência dão como certo que o Cade adotará como medida preventiva um Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro). “Quando o Pão de Açúcar comprou o Ponto Frio, não foi necessário um Apro”, afirma uma fonte a par do sistema de concorrência. “Mas agora é diferente”.
A possibilidade do Apro ganha força, quando se considera a estratégia anunciada pelo Pão de Açúcar para posicionar as duas bandeiras de varejo que passou a controlar. A empresa pretende fazer uma pesquisa de mercado para determinar em que regiões as marcas Casas Bahia e Ponto Frio são mais fortes.
Onde prevalecer Casas Bahia, as lojas do Ponto Frio serão convertidas para essa bandeira. E vice-versa. A estratégia pretende melhorar o potencial de cada marca nas regiões em que já seja líder. “Justamente por envolver a conversão de lojas, a estratégia anunciada reforça a chance de um Apro”, diz uma fonte graduada do sistema de concorrência.
C/ o portal Exame

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