quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vice José Alencar libera o PRB para alianças nos estados


Não vai nada, nada bem a relação política do PRB com o PT para apoiar Dilma Rousseff na sua candidatura à Presidência.

Maior nome do partido, o vice-presidente José Alencar chegou a dizer: “Ofensa ao meu partido é ofensa a mim elevada à décima”. Em síntese, o PRB hoje é aliado do presidente Lula, não de Dilma. A cúpula do partido reclama de ingerências do comando petista e da falta de diálogo para compor a chapa. Prova disso é que o PRB já libera seus diretórios e faz coligações com partidos alinhados ao tucano José Serra em seis estados. Sérgio Guerra, presidente do PSDB, comanda as conversas.

Para completar o cenário sinistro para o PT, Vitor Paulo, o presidente do PRB, foi secretário de Ação Social do governo Marcello Alencar. Começou a vida no PSDB do Rio, onde tem bom trânsito. E tem conversado com o grão-tucano.

Depois de perder Ciro Gomes (PSB), o PT de Dilma corre risco de ficar sem o PRB e os votos de grande parte dos evangélicos do país. O maior desafio para o PT na campanha, dizem caciques, será aguentar Ciro e Alencar em uníssono nas críticas ao partido.

José Serra já conta com o apoio do pastor Wellington Dias, comandante das Assembléias de Deus no país. Se o PRB aderir ao tucano, leva os milhões de votos dos fiéis da Igreja Universal, ligada à legenda.

Ontem, no Twitter, Dilma deleitou-se em elogios a Alencar. Na véspera, abandonou a sessão em que ele foi homenageado na Câmara dos Deputados.

Convidados pelo PT para o lançamento de Lindberg Farias ao Senado, no Rio, e para a reunião de partidos que apoiam o governo, em Brasília, na segunda, os líderes do PRB não apareceram nem mandaram representantes.

Em São Paulo, o PRB deixou o PT de Aloizio Mercadante e vai apoiar para o governo Paulo Skaf (PSB). Em Minas Gerais, o partido já fechou com o peemedebista Hélio Costa, apesar dos apelos de petistas.

Em Goiás, o tucano Marconi Perillo conquistou o partido de Alencar para a chapa ao governo. E o PRB pode abandonar também o apoio a Zeca do PT no Mato Grosso do Sul, Jaques Wagner (Bahia), e Ideli Salvatti (Santa Catarina).

O PT começou a se movimentar para evitar a debandada do PRB. Há esperanças de manter a legenda aliada.  (Com Informe JB)

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