(Por Julio Cezar Leo/ Velejar é preciso)
"Sou velejador assíduo na costa do ES, onde gosto de velejar juntamente com meus amigos e quero fazer a seguinte denúncia:
Em 17/10/2009, estava com cinco amigos a bordo de meu veleiro passeando pelo canal de Vitória, nas proximidades da 3ª Ponte, quando resolvemos nos aproximar da praia do Ribeiro que fica em uma pequena baía onde existe uma ilhota conhecida com “Ilha da Baleia”.
É um dos raríssimos locais bem abrigados dos ventos no ES onde ficam ancorados diversos barcos pesqueiros e de onde se tem uma fantástica vista das Baías de Vitória e Camburi, mas de repente ao nos aproximarmos fazendo manobras para adentrar pela baía na direção da Praia do Ribeiro, percebemos um caseiro responsável pela pequena ilha e por uma propriedade que existe por ali, gesticulando em nossa direção para avisar-nos que havia um obstáculo intransponível.
Olhamos para todas as direções e finalmente avistamos o obstáculo: cabos elétricos possivelmente de alta tensão cruzavam toda a extensão do canal impedindo que nossa embarcação seguisse o curso. O mastro já iniciava uma pressão enorme sobre o cabo quando conseguimos engatar a marcha à ré no motor do barco e nos safamos sem danos.
Meu barco – um veleiro oceânico de 32 pés possui um mastro de alumínio com 12 metros de altura acima do casco e não teria condições de passar sem derrubada do mesmo ou sem o corte do cabo. Quase tivemos um terrível acidente que poderia derrubar o mastro sobre os tripulantes.
Sou capitão amador e já naveguei por diversos locais tanto na costa brasileira, quanto em lagos e represas e nunca presenciei tal situação. Pelo que me consta é proibida a utilização de qualquer objeto ou cabo que impeçam a navegabilidade em locais públicos. A ilha não é particular (decisão tomada pela União, conforme matéria veiculada no endereço http://maurafraga.blogspot.com/2009/04/uniao-vence-briga-pela-ilha-da-baleia que cita uma ação negada pelo TRF da 2ª Região.
Gostaria de chamar a atenção do novo comandante da Capitania dos Portos para alertá-lo da seriedade dessa situação esperando que algo seja feito e que os culpados pela manutenção do obstáculo sejam severamente punidos. Imaginem se não tivéssemos visto o obstáculo a tempo: certamente poderíamos estar agora chorando os amigos que poderíamos ter perdido caso o mastro caísse sobre suas cabeças.
Um mastro de 12 metros com diâmetro de 25 cm em alumínio tem peso suficiente para fraturar a cabeça e dilacerar o corpo de qualquer tripulante, isso para não falar sobre um possível choque elétrico causado pelos fios de energia.
A Marinha Brasileira deverá tomar a frente da situação e mandar remover o obstáculo urgentemente. Ninguém pode arbitrariamente impedir a navegação lançando cabos elétricos que impeçam a navegabilidade em qualquer situação. Rogo Marinha do Brasil e em especial à Capitania do Portos do ES, para que esta reclamação seja averiguada e encaminhada aos responsáveis, para bem zelar pela segurança da navegação em nossos mares.
(O leitor Júlio Cezar Léo é capitão amador e reside no Jardim da Penha, em Vitória, ES)
Este blog: O Blog procurou contato com a Capitania dos Portos, na época do fim de ano. O militar que recebeu a ligação - embora atencioso - encaminhou a outro setor onde o telefone não foi atendido. O Blog fica aberto a esclarecimentos da Capitania.
Simplesmente um absurdo!
ResponderExcluirComo alguém pode ser tão egoísta.
E as autoridades estão sabendo deste fato?
Como a ESCELSA permitiu tal instalação?
“ Veja só, uma vez tentei colocar energia em uma casa de campo, e a Escelsa não fez a ligação pois a linha deveria passa por cima da uma outra propriedade (devidamente autorizado pelo dono) me fez da uma volta de 2000 metros , e agora vem esse ai e passa por cima do mar e ninguém fala nada ”.