sábado, 23 de janeiro de 2010

Fora do tom




(Maura Fraga)

Além da vocação para a política, que o elevou de funcionário do Banco do Brasil a postos importantes na vida pública do Estado,  como os de ex-deputado estadual, ex-secretário de Agricultura e Educação, ex-prefeito de Ibitirama,  entre outros, o diretor- geral  do Detran, Paulo Lemos, sempre foi muito aplaudido por sua voz. Consagrou-se desde cedo como cantor de serestas em rodas sociais.

Mas agora, no episódio que pode ocasionar o seu afastamento do Detran e outras punições (veja no blog), somado à demissão do funcionário encarregado de supervisionar o setor de multas que o comprometia, desafinou. E vai ter que dar contas disso segunda-feira (25) à Comissão de Ética criada pelo governador Paulo Hartung  para manter todos o funcionalismo sob a sua regência.

A história do governador não comporta decisões favoráveis a assessores ou amigos que caem em situação pública de desmoralização. Pragmático, Hartung parece adotar uma frase de Getúlio Vargas, que Tancredo Neves costumava repetir: "Não tenho inimigo de quem não possa me aproximar nem amigo de quem não possa me distanciar".

Paulo Lemos não deve, portanto, esperar proteção palaciana. Sobretudo, num ano eleitoral, em que as autoridades do primeiro escalão, a começar pelo governador, estão empenhadas na reconquista de mandatos. E, por isso, cautelosas em evitar comprometimentos públicos, que possam resultar em prejuízo eleitoral. Vai ter que se virar sozinho.

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