sábado, 23 de janeiro de 2010

Caetano solta o verbo e fala outra vez de Lula



Caetano Veloso voltou a falar de Lula e a defender a música de carnaval da Bahia, popularizada como axé, em entrevista coletiva dada sexta-feira (22) à noite, depois de se apresentar no 12º Festival de Verão, em Salvador, conta a Agência Estado.

No palco,  segundo a reportagem, o compositor e cantor baiano homenageou os 60 anos do trio elétrico, criado por Dodô e Osmar, interpretando um de seus maiores sucessos, que fala justamente do tema em questão: “Atrás do Trio Elétrico”. Vale conferir o que anda dizendo o ícone baiano, que recentemente criou a maior confusão ao dizer as suas próprias verdades sobre Lula. Veja alguns trechos:

LULA- : “Tenho pouquíssimas relações com o presidente Lula, exceto as que você tem, porque vivo no país de que ele é presidente. Votei nele pra se eleger, não votei nem pra se reeleger, mas acho que é admirável o que vem acontecendo com o Brasil, desde que Collor abriu o mercado. E aí Fernando Henrique, com um governo espetacular, a criação do real. O plano real está dando certo até hoje, porque Lula também foi esperto. Acho que se fosse Serra poderia mudar. Lula foi esperto, chamou Meirelles, botou no Banco Central, ficou uma política mais parecida com a do Chile, que foi Pinochet que implantou”.

IMAGEM  DO PRESIDENTE- “Então a nossa história é complexa, não pode ficar simplificando ‘eu sou de esquerda, eu sou direita, odeio você, você me apetece’. É muito pobre, entendeu? Eu não sou pobre. Acho o seguinte: Lula é uma figura histórica, com grandeza épica, pra entrar na lista de Fernando Pessoa de ‘Mensagem’. Foi o que eu disse em Lisboa, repeti aqui, nem o embaixador de Portugal entendeu, o imbecil.”

O FILME (“Lula – O Filho do Brasil”, de Fábio Barreto)- "Achei os atores maravilhosos, o tema é muito bom, a fotografia é muito bonita, a direção de arte é maravilhosa. Aquele cara que faz o Lula é espetacular. Ele é tão bom que fica ali batendo na Glorinha, e todo mundo está bem. Mas o filme é mal escrito, o roteiro e os diálogos são mal escritos. O Lula que eu tenho na minha cabeça é muito maior do que aquilo, uma grande figura que poderia entrar na lista de ‘Mensagem’ de Fernando Pessoa”, reafirmou. “É assim que eu vejo Lula. Não pode ser pequeno não. Ser pequenininho não tem graça. Mas o filme é bacana, mas poderia ser mais empolgante.”

CARNAVAL-  “Quero fazer cada vez menos coisas no carnaval. É muito tumulto. Eu não gosto. Gosto de trio elétrico, mas como folião. Eu sou pipoca de nascença. Detesto cantar no trio elétrico. É uma coisa horrível pra mim, acho chato.”

CARNAVAL DA BAHIA-  “O que aconteceu com a música de carnaval da Bahia, desde que Dodô e Osmar começaram com o negócio do trio elétrico, que eu me lembro desde criança, é um negócio extraordinário na história da cultura brasileira, na história do carnaval brasileiro, que é importante para a nossa nacionalidade e na história da música de carnaval”.

CARNAVAL DO RIO- “Porque o Rio de Janeiro produzia carradas de música de carnaval e depois o negócio caiu. Você tem os sambas-enredos das escolas e não havia mais as marchinhas e os sambas de carnaval que todo mundo canta e dança até hoje. Você vai pra uma festa de carnaval no Rio, todo mundo canta “Mamãe Eu Quero”, “Ala-la-ô”, “Cidade Maravilhosa”, “Cabeleira do Zezé”, que eu odeio. Aqui não, há décadas que há uma riqueza enorme de composição, de interpretação e execução de canções de carnaval."

SOBRE ESQUECER AS LETRAS DE TRÊS MÚSICAS- “É que aqui na Bahia me dá preguiça. Esqueci tudo.”

C/Informações da Agência Estado

Um comentário:

  1. Parabens pelo blog!
    Trio eletrico comemora 60 anos
    2010 é o ano do trio eletrico no Brasil
    trioeletrico.info

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