Georges de Paris toma medidas do homem mais poderoso do planeta. Vestir o presidente dos Estados Unidos não é novidade para ele: comparece à Casa Branca para confeccionar trajes desde 1963. Mas nem sempre foi assim: quando chegou à América, este alfaiate de Marselha dormía nas praças sem outras posses que não fossem o ofício aprendido na França.
Hoje, aos 75 anos, 1,60 de estatura, com longos cabelos brancos, confessa: "A primeira vez que vi Obama, fiquei nervoso. Ele é amável e me perguntou a razão pela qual eu não cortava os cabelos. Eu disse, se corto perco a força".
Georges não gosta que o tratem à distância, como assegura que faziam os democratas Jimmy Carter e Bill Clinton, "o menos simpático". Ainda que não fale de política, jornalistas destacam sua predileção pelos republicanos. De Obama não tem queixa: "Falamos de futebol e de basquetebol. Ele gosta muito de jogar basquetebol". O favorito de Georges é o ex-ator Ronald Reagan: "Era muito bom, muito simpático. falávamos de tudo. De família, de futebol. Ele sabia tudo, conhecia minha história".
"Eu fui um vagabundo. Dormia na rua". Mas isso foi só nos primeiros meses em que chegou à América. Pouco a pouco saiu adiante. Conheceu uma mulher, começou a trabalhar no que sabia e insitiu com um congressista para que vestisse um dos seus trajes. Em pouco tempo, ele recomendou seus serviços ao vice- presidente Lyndon Johnson. Em 1963, após o assassinato de John F. Kennedy, Johnson chegou à presidência e converteu o imigrante anônimo em protagonista do que iria se tornar uma longa tradição. Uma mudança de vida no estilo de Hollywood, talvez além do sonho americano.
"Fui à Igreja e agradeci a Deus". Desde então ter no armário um Georges de Paris é um costume indispensável para o inquilino da Casa Branca. Nove presidentes usaram seus trajes.
George W. Bush confiou sua imagem para o debate sobre o Estado de 2003. Barack Obama assistiu ao funeral de Ted Kennedy e recebeu o Nobel da Paz com seus modelos. O alfaiate assegura que se mantém fiel ao seu estilo desde que começou: "moderno clássico", chave do seu sucesso. "Durante todos estes anos tenho seguido o mesmo modelo".
Ele se desculpa e não fornece detalhes sobre o seu trabalho: "Se me permitem, tenho a instrução de não responder quanto custam os meus modelos. Os preços que os jornais informam [segundo Vanity Fair, o traje mais barato sai por 3.500 dólares], não é certo. Eu não cobro issso".
O alfaiate que tem nacionalidade americana corrige aos que pensam que nada em abundância. "Tenho uma hipoteca a pagar". Quando o telefone toca e ele atende, do outro lado pode estar o seu cliente mais famoso, mas também pode ser um cidadão anônimo ou outro presidente. Ele se encanta que seus trajes façam parte da imagem que o mundo tem de personalidades tão diferentes como Richard Nixon ou Barack Obama: "É maravilhoso trabalhar para o presidente que tem o poder do mundo". Mas enquanto o presidente utiliza esse poder para tentar melhorar a imagem dos EUA, George de Paris dá agulhadas para que sua roupa esteja à altura.
C/ informações do El País ( Reportagem especial dos alunos da Escola de Jornalismo UAM / El País 2009)
Hoje, aos 75 anos, 1,60 de estatura, com longos cabelos brancos, confessa: "A primeira vez que vi Obama, fiquei nervoso. Ele é amável e me perguntou a razão pela qual eu não cortava os cabelos. Eu disse, se corto perco a força".
Georges não gosta que o tratem à distância, como assegura que faziam os democratas Jimmy Carter e Bill Clinton, "o menos simpático". Ainda que não fale de política, jornalistas destacam sua predileção pelos republicanos. De Obama não tem queixa: "Falamos de futebol e de basquetebol. Ele gosta muito de jogar basquetebol". O favorito de Georges é o ex-ator Ronald Reagan: "Era muito bom, muito simpático. falávamos de tudo. De família, de futebol. Ele sabia tudo, conhecia minha história".
"Eu fui um vagabundo. Dormia na rua". Mas isso foi só nos primeiros meses em que chegou à América. Pouco a pouco saiu adiante. Conheceu uma mulher, começou a trabalhar no que sabia e insitiu com um congressista para que vestisse um dos seus trajes. Em pouco tempo, ele recomendou seus serviços ao vice- presidente Lyndon Johnson. Em 1963, após o assassinato de John F. Kennedy, Johnson chegou à presidência e converteu o imigrante anônimo em protagonista do que iria se tornar uma longa tradição. Uma mudança de vida no estilo de Hollywood, talvez além do sonho americano.
"Fui à Igreja e agradeci a Deus". Desde então ter no armário um Georges de Paris é um costume indispensável para o inquilino da Casa Branca. Nove presidentes usaram seus trajes.
George W. Bush confiou sua imagem para o debate sobre o Estado de 2003. Barack Obama assistiu ao funeral de Ted Kennedy e recebeu o Nobel da Paz com seus modelos. O alfaiate assegura que se mantém fiel ao seu estilo desde que começou: "moderno clássico", chave do seu sucesso. "Durante todos estes anos tenho seguido o mesmo modelo".
Ele se desculpa e não fornece detalhes sobre o seu trabalho: "Se me permitem, tenho a instrução de não responder quanto custam os meus modelos. Os preços que os jornais informam [segundo Vanity Fair, o traje mais barato sai por 3.500 dólares], não é certo. Eu não cobro issso".
O alfaiate que tem nacionalidade americana corrige aos que pensam que nada em abundância. "Tenho uma hipoteca a pagar". Quando o telefone toca e ele atende, do outro lado pode estar o seu cliente mais famoso, mas também pode ser um cidadão anônimo ou outro presidente. Ele se encanta que seus trajes façam parte da imagem que o mundo tem de personalidades tão diferentes como Richard Nixon ou Barack Obama: "É maravilhoso trabalhar para o presidente que tem o poder do mundo". Mas enquanto o presidente utiliza esse poder para tentar melhorar a imagem dos EUA, George de Paris dá agulhadas para que sua roupa esteja à altura.
C/ informações do El País ( Reportagem especial dos alunos da Escola de Jornalismo UAM / El País 2009)
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