segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pré -sal e o dilema eleitoral

O fato de a votação de três dos quatro projetos de lei sobre o petróleo do pré-sal ter ficado para o ano que vem deixou um clima de incerteza em relação ao futuro do Rio de Janeiro.

A expectativa da base governista é votar logo na primeira semana de fevereiro a “emenda Ibsen”, que redistribui entre todos os estados os royalties que o estado já recebe e os que receberia da exploração do pré-sal. Independentemente do futuro, isso resultaria em um rombo imediato de 7 bilhões de reais por ano nas contas do estado.

Para não enlouquecer o aliado Sérgio Cabral, que ficaria com um rombo no caixa, os aliados de Lula vêm dizendo que, se passar, a emenda será vetada. Esse é o discurso, mas na bancada fluminense há grande ceticismo. Tudo por causa do calendário eleitoral.

Como os projetos ainda levarão alguns meses para serem votados no Senado, os parlamentares do Rio temem que o texto final chegue às mãos de Lula em pleno processo eleitoral - entre julho e outubro.

E têm sérias desconfianças sobre a real disposição de Lula de contrariar 24 estados em benefício dos três produtores com sua candidata chegando às urnas.

Por Lauro Jardim/ Veja on line

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