Suzano se prepara para reagir à fusão VCP-Aracruz. Tem prontos os projetos para investir mais de US$ 4 bilhões e reduzir a distância que a separa da rival.
A união entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, no início deste ano, criou a maior empresa de celulose de eucalipto do mundo.
A conclusão do acordo abalou a maior rival brasileira da nova empresa: a Suzano Papel e Celulose, que também quis comprar a Aracruz e chegou a contratar como assessor o banco de investimentos Lazard. O preço aceito pela VCP para a aquisição enterrou seus planos.
A conclusão do negócio com a rival gerou no mercado a impressão de que a Suzano ficou pequena: sua produção prevista em 1,75 milhão de toneladas de celulose em 2009, representa pouco menos de um terço das 5,8 milhões de toneladas da VCP-Aracruz.
Para enfrentar o desafio da concorrência, a Suzano tem prontos projetos para aumentar a capacidade de produção de celulose para 6 milhões de toneladas anuais. Prepara a instalação de duas novas fábricas e tem um terceiro projeto pronto para sair do forno.
Felipe Reis, analista de papel e celulose da corretora do Santander, crê que a debilidade financeira da VCP-Aracruz dará à Suzano o tempo necessário para desenvolver esses projetos e atender ao crescimento de demanda nos próximos anos.
Ele explica que a VCP-Aracruz não está com musculatura financeira fortalecida para voltar a investir. Terá que equacionar uma dívida relativamente alta. Por isso, vários projetos de investimento que as duas tinham, quando separadas, foram no mínimo postergados.
E alinha outro motivo para sustentar sua previsão, como o fato de que a VCP-Aracruz terminou o primeiro semestre com uma dívida líquida superior a 13 bilhões de reais.
"Além das perdas com derivativos que quase quebraram a Aracruz no ano passado, a VCP aceitou pagar um preço alto para a aquisição da rival. As famílias Safra e Lorentzen receberam da VCP, cada uma, 2,7 bilhões de reais pela venda de suas participações na Aracruz" observa ainda, acrescentando:
"O valor pode ser considerado salgado porque foi acertado entre julho e agosto do ano passado, antes que a Aracruz registrasse o prejuízo bilionário com derivativos".
Para o analista, a empresa terá de usar o caixa futuro para reduzir esse endividamento.
"Será difícil para a empresa ter uma geração de caixa bastante positiva descontando os custos de produção, o pagamento mínimo de dividendos e as parcelas da dívida", diz Reis, do Santander.
Por esse motivo, o mercado tem dúvidas se a VCP-Aracruz conseguirá cumprir a meta de produzir 9,3 milhões de toneladas de celulose por ano até 2020.
C/ o portal Exame.
A união entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, no início deste ano, criou a maior empresa de celulose de eucalipto do mundo.
A conclusão do acordo abalou a maior rival brasileira da nova empresa: a Suzano Papel e Celulose, que também quis comprar a Aracruz e chegou a contratar como assessor o banco de investimentos Lazard. O preço aceito pela VCP para a aquisição enterrou seus planos.
A conclusão do negócio com a rival gerou no mercado a impressão de que a Suzano ficou pequena: sua produção prevista em 1,75 milhão de toneladas de celulose em 2009, representa pouco menos de um terço das 5,8 milhões de toneladas da VCP-Aracruz.
Para enfrentar o desafio da concorrência, a Suzano tem prontos projetos para aumentar a capacidade de produção de celulose para 6 milhões de toneladas anuais. Prepara a instalação de duas novas fábricas e tem um terceiro projeto pronto para sair do forno.
Felipe Reis, analista de papel e celulose da corretora do Santander, crê que a debilidade financeira da VCP-Aracruz dará à Suzano o tempo necessário para desenvolver esses projetos e atender ao crescimento de demanda nos próximos anos.
Ele explica que a VCP-Aracruz não está com musculatura financeira fortalecida para voltar a investir. Terá que equacionar uma dívida relativamente alta. Por isso, vários projetos de investimento que as duas tinham, quando separadas, foram no mínimo postergados.
E alinha outro motivo para sustentar sua previsão, como o fato de que a VCP-Aracruz terminou o primeiro semestre com uma dívida líquida superior a 13 bilhões de reais.
"Além das perdas com derivativos que quase quebraram a Aracruz no ano passado, a VCP aceitou pagar um preço alto para a aquisição da rival. As famílias Safra e Lorentzen receberam da VCP, cada uma, 2,7 bilhões de reais pela venda de suas participações na Aracruz" observa ainda, acrescentando:
"O valor pode ser considerado salgado porque foi acertado entre julho e agosto do ano passado, antes que a Aracruz registrasse o prejuízo bilionário com derivativos".
Para o analista, a empresa terá de usar o caixa futuro para reduzir esse endividamento.
"Será difícil para a empresa ter uma geração de caixa bastante positiva descontando os custos de produção, o pagamento mínimo de dividendos e as parcelas da dívida", diz Reis, do Santander.
Por esse motivo, o mercado tem dúvidas se a VCP-Aracruz conseguirá cumprir a meta de produzir 9,3 milhões de toneladas de celulose por ano até 2020.
C/ o portal Exame.
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