quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Lina x Dilma: monitoramento do Planalto custou R$ 4 bilhões

Custou R$ 4,1 bilhões à viúva a contratação do sistema encarregado de rastrear o movimento e garantir a segurança na Presidência da República, que deleta imagens em apenas 30 dias. A informação está no portal da ONG Contas Abertas, nesta quarta-feira.

O edital de contratação da empresa paulista Telemática Sistemas Inteligentes (TSI), responsável pela implantação do sistema, previa que os registros de acesso de pessoas e veículos ao Palácio do Planalto deveriam ser guardados em um banco de dados específico, com capacidade de armazenamento por um período "mínimo de seis meses”.

A partir de então, os dados deveriam ser “transferidos definitivamente para uma unidade de backup".

Segundo o edital, o banco de dados faz parte do Centro de Supervisão, que concentra "todos os servidores, matrizes de gravação, estações de operação e monitoramento, gravadores digitais, controles e equipamentos de recepção".

O edital informa, porém, que as gravações das câmeras deveriam ser armazenadas "por um período não inferior a 30 dias, devendo ainda os mesmos (gravadores digitais) ser apoiados por um sistema de backup".

Sexta-feira (21), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pelo controle da movimentação do Planalto, disse que não havia mais imagens de novembro e dezembro de 2008, período em que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira diz ter se reunido com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Palácio. A ministra nega o encontro.

De acordo com a GSI, as imagens da movimentação de pessoas e carros daquele período já teriam sido apagadas, pois o gabinete afirma que o equipamento de vigilância tem capacidade para guardar os registros por cerca de 30 dias.

A informação não foi confirmada nem desmentida pela empresa prestadora do serviço.

Por este sistema de segurança contratado em 2004 pela Casa Civil, foram pagos R$ 3,2 milhões.

Em junho de 2005, foi assinado um aditivo no valor de R$ 810,4 mil, totalizando quase R$ 4,1 bilhões. A empresa afirma que, pela regra de sigilo e confidencialidade, não pode dar informações sobre o contrato com a Presidência.

A advogada da empresa acrescenta ainda que “o contrato já foi expirado e cumprido”.

“O período de garantia dele também já foi cumprido e nem a manutenção nós fazemos mais na Presidência”, frisa.

C/Informações do Contas Abertas.

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