O Brasil será o primeiro país do mundo a comprar os caças construídos pela francesa Dassault Aviation, negócio que traz ao país o presidente francês Nicolas Sarkozy, numa visita de apenas 24 horas que começa neste domingo (6) e termina na segunda-feira (7).
Na França há grande expectativa em torno do negócio. Como Lula retarda a manifestação oficial, o Le Monde revela neste domingo (6) receio de que ainda não seja definido: " A pior opção, sem dúvida, é que o sr. Sarkozy volte a Paris, depois de duas travessias do Atlântico Sul, sem ter recebido uma confirmação categórica"- comenta o jornal.
Outros grandes contratos estão sendo discutidos entre a França e o Brasil. Mas à sombra dos caças, pois o Brasil precisa renovar sua frota aérea militar (entre 120 e 150 aviões) e a primeira parte abrange 36 caças multifunção.
Em 2008, o Brasil anunciou o trio de "finalistas" nessa corrida: o F-18 Super Hornet da Boeing, o sueco Saab Gripen e o Rafale. A três empresas travam uma luta feroz, com ajuda de seus governos, para ganhar o contrato estimado entre 3 e 4 bilhões de euros.
O favoritismo do francês Rafale- segundo o Le Monde- se deve à disposição dos franceses em oferecer aos seus clientes o máximo possível de transferência tecnológica. Mais do que comprar um caça de nova geração, o Brasil quer adquirir o know-how e tecnologia para construir esta aeronave.
A França se apresenta como o único país capaz de garantir essa perspectiva hoje e sem restrições, como foi recordado nos últimos meses pelo ministro da Defesa, Hervé Morin, e o presidente do Senado, Gerard Larcher.
Durante a visita do Presidente Sarkozy no Rio de Janeiro, em dezembro de 2008, França e Brasil selaram uma parceria estratégica. A França vai ajudar o Brasil a construir 50 helicópteros EC-725, vender quatro submarinos Scorpene e ajudar a desenvolver um submarino de propulsão nuclear.
Para o Le Monde, tudo isso poderia ser coroado através da escolha do Rafale, o que representaria também um marco na realização do Ano da França no Brasil, que começou em abril e termina em novembro.
C/o Le Monde.
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