sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Nada a declarar

Procurado pela imprensa para se manifestar sobre a crise do Senado (mais especificamente sobre a sugestão da deputada federal Iriny Lopes de se fechar a instituição) o prefeito de Vitória, João Coser (PT), mandou dizer pela assessoria que não iria se manifestar .

Com o bumerangue da Operação Navalha (empresário Zuleido Veras, dono da Gautama) rodando no ar, o prefeito parece que evita exposições.

Vale lembrar que o empreiteiro Zuleido Veras, dono da Gautama, foi apontado como suspeito de fraudar licitações em troca de apoio a campanhas eleitorais. A Operação Navalha da PF apurou as denúncias que resultaram em prisões no país.


A "CPI das Obras Inacabadas", feita para apurar desvios em obras públicas, em 2001, que investigou a Gautama, teve a participação do então deputado federal João Coser (PT) autor de um pedido de informações à Gautama, sobre a construção de uma adutora do Rio São Francisco, em Sergipe, obra em que a CPI detectou graves irregularidades.


No relatório final da CPI, porém, não apareceu qualquer restrição à construtora, como revelou o jornal Correio Braziliense. Três anos depois, segundo o jornal de Brasília, Coser foi eleito prefeito de Vitória, com ajuda de R$ 100 mil doados pela Gautama e declarados à Justiça Eleitoral.


A obra de Sergipe caiu na malha fina da PF, em 2006, na Operação Navalha, planejada para por fim nas fraudes em licitações públicas. A PF e a Controladoria Geral da União descobriram que Veras, dono da Gautama, estava pronto a receber mediações irregulares da Secretaria de Infra-Estrutura do Sergipe. O convênio entre sua empresa e o Estado teve o valor de R$ 28 milhões.


À época, o prefeito João Coser declarou ao Correio Braziliense que a CPI não investigou empresas, mas obras. Disse também que fez vários requerimentos não só à Gautama, e que não mantinha relações pessoais com a empresa, nem com Veras.


Coser justificou a doação de R$ 100 mil afirmando ter obedecido a critérios legais, com a prestação de contas aprovada pelo TRE e atendendo ao diretório do partido. Ainda acrescentou que, em 2004, a Gautama doou R$ 150 mil ao comite único do PT, em São Paulo, e que a empresa não mantinha contratos com a PMV.


C/Informações da Veja, Blog do Josias e Correio Braziliense.

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