sexta-feira, 2 de julho de 2010

Disputa entre Alemanha e Argentina esquentou já antes do jogo


Durante a semana, alemães e argentinos se provocaram com declarações polêmicas. Além disto, sul-americanos querem revanche pela eliminação em 2006. Equipes se estudaram e estão prontas para o clássico.

Argentina e Alemanha se enfrentam neste sábado (03/07) pelas quartas de final da Copa da África do Sul, em 2010. As duas seleções se enfrentaram no último Mundial exatamente na mesma fase. Foram noventa minutos de tempo normal, mais trinta de prorrogação, mais a tensão da disputa por pênaltis. De certa forma, é um jogo que ainda não acabou.

Na ocasião, foi a Alemanha quem avançou às semifinais, com o goleiro Jens Lehmann defendendo duas cobranças. A Argentina não nega que o resultado ainda esteja engasgado na garganta. "Meus meninos só pensam no jogo e na possibilidade de terem a revanche", disse Diego Armando Maradona, técnico da seleção argentina.

Aquela partida terminou com uma confusão no gramado, alemães e argentinos trocaram empurrões, socos e pontapés. O meio-campo Bastian Schweinsteiger estava em campo naquele dia e disse nesta semana que não gosta de enfrentar este adversário. "Já começa antes do jogo, como eles gesticulam e tentam influenciar o árbitro. É falta de respeito, mas os argentinos são assim", disparou.

Maradona, sempre polêmico, e sempre confiante em seu time, respondeu prontamente: "Nós vamos atacar a Alemanha e ganhar, é isso que deixa Schweinsteiger nervoso".

Por dentro do adversário

O zagueiro argentino Martín Demichelis joga no Bayern de Munique, mesmo clube de Schweinsteiger, e disse que eles são "bons amigos, bons colegas". Antes do jogo, ele tentou diminuir o clima de tensão. "Não se deve dar tanta importância para isto, não deveria virar uma polêmica", opinou.

Campeão da Bundesliga e da Copa da Alemanha na última temporada, Demichelis é o especialista em futebol alemão entre os argentinos. "É óbvio que eu conheço os pontos fracos, mas também os pontos fortes dos alemães. Falei sobre isto com o técnico e com meus colegas, mas é em campo que nós temos que mostrar do que somos capazes", contou.

Do outro lado, é verdade que nenhum alemão atua no futebol argentino, mas isto não impede o conhecimento do adversário. A comissão técnica tem uma equipe de profissionais que fornecem relatórios detalhados sobre cada seleção que enfrenta a Alemanha, com cerca de 200 páginas cada, além de vídeos.

Devidamente informado, Joachim Löw elogiou o adversário, que venceu todos os seus jogos na Copa do Mundo. "Eu espero um jogo incrivelmente disputado. Não podemos cometer nenhum erro porque eles têm muitos jogadores capazes de fazer gols. Mas dá para atingir a Argentina, nós achamos alguns detalhes de suas fraquezas", disse o treinador alemão.

Os nomes do jogo

Löw tem um desfalque para esta partida: o atacante Cacau teve uma distensão num músculo abdominal. Porém, ele é reserva de Miroslav Klose e não chega a ser um problema tão grande para Joachim Löw. Quem dá dor de cabeça ao treinador é Lukas Podolski que não treinou por causa de um estiramento na perna e é dúvida.

Outro que não treinou foi o meia Mesut Özil. Mas ele está confirmado, precisava apenas de um descanso. Pela Argentina, o astro Lionel Messi, gripado, voltou a treinar nesta sexta.

Os dois jovens e habilidosos jogadores estão entre os destaques da Copa até o momento. Özil, no entanto, não quer saber de duelo particular e nem de comparações, e disse que seu estilo não tem nada a ver com o do argentino. Aproveitou também para elogiar o adversário: "Messi provou nos últimos anos o jogador que é. Não é o melhor jogador do mundo no ano (prêmio que lhe foi concedido pela Fifa) à toa".

A tarde será especial também para o jogador mais velho entre os convocados por Löw. Com 32 anos recém-completados, Klose completará 100 jogos com a camisa da seleção alemã. Mesmo tendo feito má temporada, o atacante recebeu confiança total do treinador e já marcou dois gols no Mundial – somando 12 na história do torneio, apenas três a menos que o recordista Ronaldo. (C/ Deutsche Welle)

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