sexta-feira, 9 de abril de 2010

Prefeitura sabia de risco em Niterói, mas nada fez

O deslizamento no morro do Bumba em Niterói ocorreu em área instável, de risco conhecido há pelo menos seis anos, informa a reportagem de Fábio Grellet e Elvira Lobato publicada nesta sexta-feira (9) pela Folha.

Bombeiros recolheram 17 corpos e calculam que pode haver mais de cem mortos.

Entre 1970 e 1985, o morro foi depósito de lixo de Niterói e São Gonçalo. Nos 25 anos seguintes, a área foi ocupada por mais de cem casas, segundo os moradores. Cerca de 50 delas foram soterradas.

Em 2004, o Instituto de Geociência da Universidade Federal Fluminense fez um estudo, a pedido do Ministério das Cidades, e constatou que a área tinha alto risco de acidentes e exigia monitoramento constante.

O prefeito Jorge Roberto da Silveira (PDT) disse que ''há estudos a respeito de tudo na cidade''. Em 2004, o prefeito era o atual vice, Godofredo Pinto (PT), que não foi localizado ontem.

Horas antes do deslizamento anteontem, parte de uma casa havia desabado. A Defesa Civil não indicou que a área fosse evacuada.

Em todo o Estado, desde segunda-feira, foram resgatados 182 corpos.

VÍTIMAS 

A maioria das vítimas foi registrada em Niterói (107). Também há mortos na cidade do Rio (55), em São Gonçalo (16), em Magé (1), em Nilópolis (1), em Petrópolis (1) e na região de Paracambi (1).

As chuvas também fizeram com que mais de 14 mil pessoas deixassem suas casas em todo o Estado, segundo levantamento da Defesa Civil. Desse total, mais de 11,4 mil pessoas são desalojadas --estão em casas de parentes e amigos-- e outras 3.200 estão desabrigadas, ou seja, dependem de abrigos públicos.

No morro do Bumba, em Niterói, 60 casas foram interditadas ontem pela Defesa Civil. Os moradores foram para abrigos ou casa de parentes.

C/ Informações Folha de S Paulo

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